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A Pedagogia Hospitalar

Por:   •  10/9/2020  •  Trabalho acadêmico  •  2.173 Palavras (9 Páginas)  •  130 Visualizações

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PEDAGOGIA HOSPITALAR

RESUMO

Este trabalho tem como finalidade apresentar a história, evolução, atuação e importância de educadores em um ambiente antigamente incomum, mas que faz a total diferença na vida de jovens e crianças afastados do âmbito escolar devido a internação. Também valorizar a continuidade no processo letivo, aprendizado, auto estima dos pacientes.

Buscando valorizar atuação deste profissional, que busca com a atividades pedagógicas diferenciadas favorecer a recuperação e estabilidade , dando não somente ao paciente o suporte necessário, mas também toda a sua família que ali vê um tratamento igualitário e natural como em qualquer instituição de ensino.

HISTÓRIA DA PEDAGOGIA HOSPITALAR

A pedagogia hospitalar tem como finalidade garantir a educação a crianças e adolescentes afastados das instituições de ensino por motivos de internação prolongada provocadas por enfermidades que requerem tratamento continuo e hospitalização, conforme a Resolução nº. 41 de outubro de 1995, no item 9, o qual salienta o “Direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programas de educação para a saúde, acompanhamento do currículo escolar durante sua permanência hospitalar.

Esta atividade iniciou-se em 1935, quando o ministro da saúde da França, inaugurou uma escola para crianças que afastaram-se da escola por motivos de saúde. Houve uma expansão dessa ideia por toda a Europa e Estados Unidos. Após a segunda guerra mundial em 1945 essas escolas foram transferidas para dentro dos hospitais, devido ao grande número de feridos que foram impossibilitados de frequentar as escolas.

Primeiramente esta prática iniciada pela França foi para atender enfermos acometidos pela tuberculose, devido seu atingimento a uma grande massa da população, e a estatística de mortes crescia imensamente. Com a segunda guerra mundial as escolas transferiram-se para dentro dos hospitais graças ao numero de feridos, isso impulsionou a prática pedagógica hospitalar. Assim a visão na época não era de apenas em focar na melhora do indivíduo, mas amenizar a sensação de doença, modificando as características naturais de um hospital, mudando as características psicológicas e físicas do paciente por meio da educação.

No Brasil, essa prática começou por volta do ano de 1931 na Santa casa de Misericórdia de São Paulo que já indicavam desenvolvimentos pedagógicos em seus relatórios individuais de pacientes, que a primeiro momento era feito a deficientes físicos. Porém essa prática foi oficializada no ano de 1950 no hospital Municipal de Jesus, no Rio de Janeiro, que atendia crianças acometidas por poliomielite.

A principal meta nessa ideia era transferir o máximo de conhecimento possível a crianças e adolescentes afastados da sociedade dentro de hospitais por longos períodos, garantindo-lhes educação dentro de sua impossibilidade de uma escola formal.

A pratica pedagógica sofreu uma transformação nesse período, que culminou na quebra das paredes do conhecimento resumindo-o que existia apenas no âmbito escolar. Profissionais da época perceberam que a finalidade não era apenas transmitir conteúdos acadêmicos, mas influenciar permanentemente a formação de um cidadão.

Entretanto, apesar dessa prática ter sido iniciada em 1931 ela apenas ganhou força  no estado do Paraná com o projeto “Hospitalização Escolarizada” esse projeto de certa forma iniciou a pedagogia hospitalar no Brasil, tendo suporte pela Secretaria de Educação e Saúde, desde então vem-se tendo muitos debates em relação a esse segmento, pois ele visa garantir a continuação da educação escolar com os devidos ajustes as necessidades individuais.

Porém, atualmente mesmo havendo respaldo em lei esse direito não está sendo cumprido, sendo mínima as crianças que recebem esse atendimento, existem pouquíssimos hospitais com classes hospitalares, tendo sido encontradas apenas 50 classes hospitalares distribuídas em 19 das 31 unidades federadas do país. Isso tem tornado o caminho da pedagogia hospitalar tortuosa, mesmo dispondo de cursos preparatórios para essa área, como há pouco investimento nesse quesito torna-se escasso o conhecimento dessa modalidade. Com isso o Ministério da Educação em conjunto com a Secretaria de Educação Especial vem conscientizando profissionais da área da saúde e da pedagogia para que haja a garantia desse direito como realidade.

O trabalho do professor a crianças e adolescente dentro do âmbito hospitalar vai mais além de mantê-los no ritmo escolar, mas motivar o desenvolvimento e humanizar o indivíduo.

CONCEITO E IMPORTÂNCIA

A pedagogia hospitalar tem como finalidade garantir a criança e o adolescente hospitalizado acesso a educação escolar interrompida pelo afastamento para tratamento médico contínuo. Proporcionando uma recuperação mais tranquila tendo em vista que continuam com sua formação escolar. Sua intenção é integrar o paciente doente a sua nova vida, para que haja uma aceitação de sua condição, proporcionando um ambiente acolhedor e humanizado que mantém contato com o mundo além paredes hospitalares. Essa prática pedagógica ameniza o sofrimento da criança e da família, visto que o paciente faz atividades direcionadas por profissionais da área da educação deixando seu regresso a sociedade mais confiante.

Essa prática é uma modalidade de ensino da Educação Especial, onde o educador atende crianças e adolescentes com necessidades educativas especiais transitórias, assim sendo, precisam de atendimento diferenciado e especializado por motivo de doença. Atendendo essas crianças afastadas ajuda-se nos transtornos emocionais causados pela internação que podem ser dos mais distintos sentimentos como raiva, insegurança, frustação o que prejudica a recuperação do paciente. Também considera-se um processo alternativo pois vai além dos métodos tradicionais.

Sua primordial função é a recuperação do paciente, pois isso influencia uma criança a ser sadia deixando-a resgatar a si mesma que fora perdida no momento do afastamento e diagnóstico.

Esse atendimento ocorre da seguinte maneira: o aluno internado estando matriculado na pré-escola ou ensino fundamental internado,  impossibilitado de frequentar a escola participa da classe hospitalar comunicando a escola qual estava matriculado verificando o conteúdo que estava frequentando, assim está dando continuidade a seu aprendizado, havendo assim uma compensação das faltas, reduzindo sua ansiedade e medo, trazendo qualidade de vida a criança.

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