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A Prática Como Componente Curricular Neurociência Cognitiva

Por:   •  18/6/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.259 Palavras (6 Páginas)  •  51 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA

PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR

NEUROCIÊNCIA COGNITIVA

ADRIANA RIBEIRO D’AVILA  

Matrícula: 202002845074

                       

Fundão/ES

2020

OBJETIVOS

  • Relacionar o conteúdo exposto em aula e associá-lo ao “Teste do marshmallow”;
  • Identificar quais são as funções cognitivas do cérebro e como elas estão ligadas ao processo de aprendizagem e formação do sujeito.

INTRODUÇÃO

As funções cognitivas, também chamadas de funções neuropsicológicas, são as habilidades funcionais com substrato neural correspondente, que auxiliam o organismo na convivência com seu ambiente interno e externo. Exemplos: sensação, percepção, memória, atenção, emoção, linguagem, etc.

As funções cognitivas são separadas apenas para fins didáticos, atuando de forma integrada. Sob coordenação das funções executivas, o indivíduo, ativado por uma emoção, motiva-se na direção de focar a atenção em determinado estímulo, que será processado pela sensopercepção, gerando o traço necessário para a memória e o consequente aprendizado. É esperado que indivíduos de diferentes idades e perfis de estimulação tenham desempenhos funcionais diferentes.        

Executamos diariamente diversas atividades e utilizamos de comportamentos adequados a essas situações. Vamos ao trabalho, dirigimos até a faculdade, nos relacionamos com clientes, fornecedores, amigos de trabalho, muitas vezes pessoas desconhecidas e mesmo assim, lidamos muito bem com essas situações. Todas essas nossas atitudes são funções executivas, que estão diretamente ligadas a partes específicas de nosso cérebro. As funções executivas são essenciais para respostas adequadas à vivência em sociedade, elas são necessárias para quando precisamos atuar de forma contrária a um hábito. Dessa forma, saber identificar as bases neurais de tais processos é importante para que se entenda as diferentes respostas humanas, bem como suas adaptações.

Essas funções e habilidades podem ser desenvolvidas e adquiridas ao longo da vida, a partir dos estímulos adequados. A partir dos quatro anos começamos a desenvolver essas funções e ao longo da vida, vivemos experiências e estímulos que auxiliam no desenvolvimento cada vez maior dessas habilidades, conforme gráfico abaixo:

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O córtex pré-frontal (CPF), é o responsável pelo controle executivo de nossas ações. Ele possui grande número de conexões com áreas cerebrais que processam informações externas, incluindo todos os sistemas sensoriais, além de áreas motoras corticais, assim como informações internas. É ele quem processa e coordena essas informações a fim de orientá-las para o alcance de objetivos específicos gerando respostas adequadas a cada ação. O CPF nos permite avaliar as consequências de diversas ações, os prós e contras, as decisões de curto, médio e longo prazo; a habilidade de abstrair e adequar-se às regras em diversos contextos.

Dessa forma, as ações que externalizamos, são resultados de uma série de processos executivos coordenados. Temos um comando executivo que faz a mediação e controla nossas respostas de acordo com os estímulos que recebemos constantemente.

Este domínio executivo nos auxilia nas tarefas de planejamento, flexibilização, tomada de decisão, autorregulação em nossos processos mentais e comportamentais. Temos como principais funções executivas essenciais para o processo de aprendizagem: memória de trabalho, flexibilização cognitiva, controle inibitório.

  • MEMÓRIA DE TRABALHO

Ela gerencia a nossa capacidade de reter e manipular informações distintas por curto espaço de tempo. Tal função permite que consigamos realizar tarefas sequenciais com início, meio e fim, sem se perder em meio às informações.

É a memória de trabalho que nos permite organizar pensamentos complexos que dependam de várias informações simultâneas, como por exemplo: compreender a leitura de um livro, realizar cálculos sem utilizar papéis, etc.

  • FLEXIBILIZAÇÃO COGNITIVA

Essa função executiva consiste na habilidade do nosso cérebro em fazer novas conexões, mudar o conceito, o sentido e de viver novas experiências. Ser flexível ao realizar tarefas que fujam de sua rotina, estar preparado para lidar com diferentes demandas e regras em seu dia a dia. Um exemplo é fazer o mesmo trajeto todos os dias da escola para o trabalho e, em um eventual dia, ser capaz de mudá-lo, caso seja necessário.

  • CONTROLE INIBITÓRIO

Diretamente relacionada aos processos de controle emocional, esta função consiste na habilidade de controlar nossos impulsos, resistir a distrações e hábitos, sabendo o momento certo de agir. Este controle permite a atenção seletiva e sustentada, além da capacidade de priorizar tarefas a fim de alcançar objetivos pré-estabelecidos. Ter o controle da inibição nos permite reagir rapidamente diante de situações imprevistas; nos permite distinguir a hora de ouvir e a hora de falar; estudar; trabalhar. Ou seja, ter a capacidade de autorregular nossos comportamentos em momentos do cotidiano.

TESTE DO MARSHMALLOW

O teste do marshmallow consiste em um experimento de psicologia que ilustra como pode ser desafiador abrir mão de satisfazer um desejo agora, para ter uma recompensa em dobro no futuro.

No final de 1960 e 1970 o psicólogo Walter Mischel, professor da Universidade de Stanford, realizou uma série de experimentos sobre recompensa postergada. Nesses experimentos, era oferecido a crianças entre 4 e 6 anos, a opção de escolher uma pequena recompensa, no caso um marshmallow, para que fosse consumido imediatamente ou uma recompensa maior (dois marshmallows) se ela optasse por esperar o retorno do pesquisador (que ficava cerca de 15 minutos ausente).

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