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A Resenha Critica

Por:   •  29/4/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.692 Palavras (7 Páginas)  •  68 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA[pic 2]

CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE BARRA DO CORDA - CESBAC

CURSO PEDAGOGIA LICENCIATURA

JANAINA DA CONCEIÇÃO DA SILVA FERREIRA

RESENHA DO FILME

ALÉM DA SALA DE AULA

Barra do Corda - MA

2022

JANAÍNA DA CONCEIÇÃO DA SILVA FERREIRA

RESENHA DO FILME

ALÉM DA SALA DE AULA

Resenha apresentado ao curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, Centro de Estudos Superiores de Barra do Corda, como requisito parcial para aquisição de nota na disciplina Educação Popular e Movimentos Sociais.

Professora: Eloide Melo

Barra do Corda - MA

2022

RESENHA DO FILME

ALÉM DA SALA DE AULA

O filme Além da Sala de Aula (2011) é baseado em fatos reais e relata a história da jovem professora Stacey Bess a mesma está no início de carreira. O primeiro desafio após se formar foi o seu primeiro emprego que era trabalhar em um projeto de ensino para crianças em situação de vulnerabilidade social e sem lar. O local onde estava situado o projeto era uma região de grande vulnerabilidade social, pois era um lugar de passagem para indivíduos que não tinha uma casa, como um albergue a céu aberto, as pessoas ali moravam em pequenos contêineres adaptados para quartos e ao lado da sala de aula passava a linha de trem que fazia tremer todo o ambiente quando passava os trens. O espaço que era chamado de escola era muito carente em tudo, pois não tinha materiais pedagógicos, como livros, equipamentos para aprendizagem, limpeza e além disso as mesas e cadeiras se encontravam em condições precárias, a estrutura física do local também era muito ruim, pois como já foi falado a cima esse espaço tremia quando passava um trem, visto que ficava ao lado da escola e os alunos ainda conviviam com ratos.

 Além de tudo isso os alunos tinham que ficar na mesma sala, mesmo sendo de idades diferentes, o que dificultaria o modo de trabalhar, no que vai exigir muito mais dela como professora, pois a mesma não poderia aplicar os mesmos conteúdos e nem utilizar um só método para todos, exigindo assim uma postura diferenciada para cada aluno. Diante destes percalços a jovem professora Stacey Bess, logo pensa em recusar o emprego, mas porem durante aquele dia uma constante reflexão ela faz dentro de si, e conforma ela vai conhecendo a história de cada criança, a mesma decide enfrentar esse enorme desafio. A professora Stacey Bess na tentativa de transformar a escola em um espaço mais agradável, começa a trabalhar na reestruturação da escola, utilizando dos seus próprios recursos a mesma compra equipamentos, pinta todo o local e deixa tudo limpinho. Além disso ela traz momentos que promove a integração entre escola e comunidade envolvendo as pessoas do próprio abrigo, onde eles se propõem também a ajudar. A professora também tenta amenizar mesmo que de forma paliativa, a fome de alguns alunos, levando comida para a sala de aula. Além disto, ela leva para sua casa uma das alunas que teve o pai expulso do abrigo por ele ter sido pego consumindo bebida alcoólica.

O marido de Stacey, em curso de verão, passa a ser treinador de esportes. Uma professora que mesmo sem recursos, conseguiu envolver uma comunidade carente, sem ter as condições ideias de trabalho, mas fazendo a diferença dentro de suas possibilidades. Um exemplo de como é possível desenvolver uma metodologia eficiente, sem ser refém da tecnologia, que pode ser uma ótima aliada, mas jamais o carro-chefe de um educador.

Diante disso, pude observar a importância deste filme para nós enquanto futuros Pedagogos, é que muitas das vezes é preciso estarmos preparados para as situações difíceis. Os recém formados pedagogo têm uma perspectiva de que seu primeiro emprego será em uma ótima escola, com ótimos salários, materiais pedagógicos a disposição, salas bem adequadas e alunos estruturados. O que infelizmente não é a realidade em nosso atual país, pois os professores atualmente tem que muitas das vezes retirar uma quantidade do pouco salário que recebem para comprar os materiais pedagógicos para trabalhar em sala de aula, se deparam com situações muito triste, onde encontram escolas sucateadas e alunos totalmente desmotivados, sem nenhuma intenção de aprender, sendo estes alunos muitas vezes hostis e rebeldes.

Observa-se que a questão da afetividade está presente dentro do filme e nesse sentido é perceptível a sua importância e também o seu impacto no processo de aprendizagem. Os grandes autores, Jean Piaget e Lev Vygotsky já atribuíam importância à afetividade no processo evolutivo, mas foi o educador francês Henri Wallon que se aprofundou na questão. A afetividade diferente do que pensa o senso comum, não é apenas o mesmo que carinho, amor ou dizer sempre sim, ou seja, sentimentos que expressa positividade, mas, de acordo Wallon:

O termo se refere à capacidade do ser humano de ser afetado positiva ou negativamente tanto por sensações internas como externas. A Afetividade é um dos conjuntos funcionais da pessoa e atua, juntamente com a cognição e o ato motor, no processo de desenvolvimento e construção do conhecimento. (in SALLA, 2011 pag.1). 

Do ponto de vista da construção e do conhecimento humano, a dimensão afetiva ganha destaque, como enfatiza Wallon (apud DANTAS, 1992). A emoção é uma das dimensões da afetividade, uma ferramenta inerente à sobrevivência humana que é "fundamentalmente social" e "um comportamento profundamente enraizado na vida orgânica" (DANTAS, 1992, p. 85).

Segundo a teoria de Wallon, o desenvolvimento humano é dividido em cinco etapas, cada uma das quais expressa as características de cada espécie e revela todos os elementos que compõem um ser humano.

  • Estágio 1 é o impulsivo-emocional (de 0 a 1 ano), onde o sujeito revela sua afetividade por meio de movimentos, do toque, numa comunicação não-verbal;
  • Estágio 2 é o sensório-motor e projetivo (1 a 3 anos), em que a criança já fala e anda, tendo o seu interesse voltado para os objetos, para o exterior, para a exploração do meio;
  • Estágio 3 é o personalismo (3 a 6 anos), fase da diferenciação, da formação do “eu”, da descoberta de ser diferente do “outro”; e
  • Estágio 4, categorial (6 a 10 anos), em que a organização do mundo em categorias leva a um melhor entendimento das diferenças entre o “eu” e o “outro”;
  • Estágio 5, a – puberdade, adolescência (11 anos em diante), em que acontece uma nova crise de oposição, ou seja, o conflito eu-outro retorna, desta vez como busca de uma identidade autônoma, o que possibilita maior clareza de limites, de autonomia e de dependência (MAHONEY & ALMEIDA, 2005, p. 22).

 Ainda segundo a teoria de Wallon, a afetividade está presente em todos os estágios do desenvolvimento humano seja em maior ou menor grau, tendo em vista a interação indispensável a esse processo, para a formação desse indivíduo como ser social, cultural e inserido, de fato, no meio em que vive.

Segundo Henri Wallon, o primeiro ano de vida mostra emoções mais fortes. Por meio dela, os bebês se expressam e interagem com as pessoas, que por sua vez respondem a essa expressão. No entanto, as emoções existem em todas as fases da vida e podem ser expressas de três formas: (a) emoção, que é a primeira expressão da afetividade e geralmente não é controlada pela razão; (b) sentimentos, que já está ligada à cognição em ou seja, o indivíduo consegue sofre aquilo que o afeta; e (c) paixão, cuja principal característica é o autocontrole (MAHONEY & ALMEIDA, 2005). Ainda segundo eles, a emoção é a expressão mais óbvia e pode ser demonstrada até mesmo por meio de palavras. Com ela, o indivíduo consegue exteriorizar os sentimentos que tem desde o nascimento.

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