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A SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL COMO INSTRUMENTO DE UM NOVO FAZER PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA DE ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS

Por:   •  24/6/2017  •  Artigo  •  4.174 Palavras (17 Páginas)  •  683 Visualizações

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A SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL COMO INSTRUMENTO DE UM NOVO FAZER PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA DE ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS.

Raquel Rocha de Souza[1]

Resumo

O problema que se impõe para o estudo aqui proposto é saber: Poderá o Atendimento Educacional Especializado na Sala de Recursos Multifuncional, proporcionar um novo olhar sobre uma formação de redes de saberes capazes de lidar com a nova dinâmica escolar inclusiva? O objetivo principal desse artigo foi o de ampliar o diálogo em torno das alternativas de AEE que respondam às demandas dos alunos com necessidades educacionais especiais. Além de compreender as novas possibilidades de ação através da Sala de Recursos Multifuncionais. O caminho metodológico se constituiu de uma pesquisa qualitativa de cunho bibliográfico, sob bases filosóficas e conceituais, quanto à temática abordada. Concluindo que para que se possa em sua totalidade entender o processo de implementação do atendimento educacional especializado através da Sala de Recursos multifuncionais, demanda uma análise ampla, que tome em consideração todo o contexto social, político, econômico e cultural em que esses alunos estão inseridos. Assim como, as práticas escolares e as condições dos sistemas educacionais do país, respeitando as reais necessidades dos alunos e o seu direito social a educação.

Palavras Chave: Dinâmica escolar inclusiva, Sala de recursos multifuncional, Direito social a educação.

  1. Introdução

Poderá o Atendimento Educacional Especializado na Sala de Recursos Multifuncionais, proporcionar um novo olhar sobre uma formação de redes de saberes capazes de lidar com a nova dinâmica escolar inclusiva?

A relevância do estudo aqui proposto é exposta no seu objetivo principal, que é o de ampliar o diálogo em torno das alternativas de AEE que respondam às demandas dos alunos com necessidades educacionais especiais. Além de compreender as novas possibilidades de ação através da Sala de Recursos Multifuncionais; Investigar os subsídios para a implementação de novas práticas e serviços educacionais inclusivos na escola; Fomentar novas linhas de discussão e ação crítico-reflexivas entre gestores, especialistas e professores envolvidos no processo de inclusão.

O interesse pela temática justifica-se pelo entendimento da necessidade na construção de novos caminhos necessários ao processo de aprendizagem e desenvolvimento dessa clientela. A motivação por tal estudo alinha-se às reflexões propiciadas pela vivência profissional na escola regular com alunos com necessidades educativas especiais e ainda em cursos de formação, especialização e extensão, onde a troca de experiências e fazeres do cotidiano foram vivenciados.

A discussão em torno dos fazeres na educação especial e inclusiva não é recente, porém, no Brasil as políticas direcionadas a este segmento foram ampliadas significativamente entre os anos 2003 e 2010, a partir do Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade e as diretrizes contidas na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008). E também nas Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial (BRASIL, 2009).

Ressalta-se conforme Vianna e Braun (2010) que as diretrizes envolvendo a políticas de educação inclusiva têm focado a universalização do atendimento em escolas regulares dos alunos com deficiência física, mental, sensorial, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.  Toda a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva aponta garantias em seu objetivo geral que possibilitariam um trabalho escolar que, de fato, garantiria processos de inclusão.

Atualmente o contexto educacional, está por mudanças, reorientando suas ações e representações, as finalidades e resultados diante dos desafios impostos pela nova demanda da Educação especial e Inclusiva. E são essas novas ações que propiciam a organização de um espaço como o do Atendimento Educacional Especializado (AEE) pode sim favorecer a elaboração de um olhar diferenciado e a formação continuada pode favorecer as reflexões necessárias sobre o fazer pedagógico (PACHECO, J. et al., 2007, p. 56).

Quanto à questão conceitual Bürkle (2010) define que a sala de recursos multifuncionais se caracteriza como um serviço especializado de natureza pedagógica com o auxilio de materiais específicos e equipamentos tecnológicos, que apoiam e complementam o atendimento educacional realizado nas classes de ensino regular. Esse atendimento deverá ser paralelo ao horário da classe comum em que o aluno estiver “incluído”.

O AEE não pode ser confundido com reforço escolar, mas deve constituir-se como um conjunto de procedimentos específicos mediadores e auxiliadores do processo de apropriação, construção e produção de conhecimentos Todavia, não basta implementar uma política de atendimento educacional especializada sem realizar mudanças estruturais e pedagógicas no funcionamento das escolas, como, por exemplo, entre outras dimensões, na estrutura curricular rígida presente nos objetivos, conteúdos, nas metodologias, na organização didática, do tempo, na estratégia de avaliação para atender a diversidade e especificidades dos alunos que a frequentam (MELO, 2008, p. 57).

O caminho investigativo se constituiu de um estudo qualitativo de cunho bibliográfico, sob bases filosóficas e conceituais, quanto à temática abordada. Trata-se de uma modalidade de ensaio teórico: um estudo bem desenvolvido, formal, discursivo e concludente, consistindo numa exposição lógica e reflexiva e numa argumentação rigorosa com alto nível de interpretação e julgamento pessoal (Severino, 1996, p. 120).

Finalizando, são apresentadas todas as considerações que respondem e dão suporte aos objetivos propostos. Todavia, não se pretendeu apresentar aqui um resultado final sobre a hipótese de o Atendimento Educacional Especializado na Sala de Recursos Multifuncionais, proporcionar novos fazeres e uma prática escolar realmente inclusiva. E ainda verifica ou não se a proposta de formação desses professores para a Educação Especial tem como máxima a inclusão?  A formação de professores proposta hoje, pela política educacional brasileira, possibilita ou não a superação da exclusão educacional.

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