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A TRILHA MÁGICA PARA A MINA DE OURO

Por:   •  20/11/2022  •  Tese  •  10.630 Palavras (43 Páginas)  •  58 Visualizações

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Ana Teresa Rossi [pic 1]

[pic 2]

Botucatu

2013

APRESENTAÇÃO

Nascida em Botucatu, aos 26 de setembro de 1966, Ana Teresa Rossi, concluiu o Magistério em 1987, após muita insistência de sua mamãe Yvone, começando a lecionar em Agosto de 1988. Em 2002 concluiu o curso de Pedagogia, obtendo assim, maior aporte teórico para sua prática. Professora do Ensino Fundamental I há 24 anos, leciona na Rede Estadual e Municipal e com breve experiência na Rede Particular.

Seu grande desafio como educadora sempre foi tornar o ambiente escolar agradável para seus alunos, tanto que estes desejassem de coração, estar na escola.


Para ser grande, sê inteiro: Nada

teu exagera ou exclui.

Sê todo em cada coisa.

Põe quanto és,

No mínimo que fazes.

Assim em cada lago a lua toda
brilha, porque alta vive.

Fernando Pessoa

DEDICATÓRIA

Aos meus pais Carlos e Yvone que me deram a vida e me ensinaram a vivê-la com dignidade, trabalho e amor ao próximo.


AGRADECIMENTOS

A Deus acima de tudo, por senti-lo tão presente em minha vida, nas dificuldades, nas incertezas, nas conquistas e sucessos, me amparando com Sua destra poderosa.

Aos meus filhos Amanda e Bruno, companheiros pacientes e compreensivos com minhas ausências durante o meu trabalho.

A minha amiga e tutora do curso de Pedagogia, Elisabete Murari, que sempre me incentivou a sempre registrar meus “causos”, por julgá-los importantes para futuras reflexões pedagógicas e quem homenageio com o título dessa obra.

        A minha amiga irmã Valéria, que compartilhou de forma efetiva e afetiva, sendo boa ouvinte de minhas histórias e em momento algum me deixou esmorecer.

        A professora Vera Ravagnani, que me orientou nas correções e organização desse livro.

         A Secretaria de Educação do Município de Botucatu, Alessandra Luchesi de Oliveira, que tornou possível a realização do sonho de compartilhar minhas ideias em prol da educação.

A todos meus alunos que me deram a oportunidade de crescer como ser humano, através de nossas relações interpessoais.

        

Ana Teresa


PREFÁCIO

“A Trilha Mágica do Tesouro” não é simplesmente um livro. É um convite à leitura, pois trata de histórias reais do cotidiano de uma pessoa igual a mim, igual a você. Com a diferença de que trás histórias carregadas de encantamento, de emoção. Histórias contadas por uma pessoa que, quando criança, não gostava de escola, aprontava muito, era verdadeiramente uma “moleca”, por isso mesmo, sabe do que está falando. Quem melhor do que ela para entender o que se passa na cabeça das crianças, como se sentem e como gostariam de serem tratadas?

A autora teve assim a oportunidade de nos oferecer um pouco de sua jornada nas salas de aula, através do conto de “causos” verídicos, sem a pretensão de oferecer fórmulas prontas, porém com a sabedoria de quem sabe o que está fazendo e o faz com muito amor.

Acredito sinceramente que essa leitura poderá enriquecer a prática pedagógica e tocar o coração de quem realmente estiver comprometido com a sublime missão de educar e que deseje fazer a diferença.

Valéria


INTRODUÇÃO

O texto apresentado abaixo não se trata de método ou receita par prática em sala de aula e sim sugestões e dicas de trabalho, que deram certo.

Ao ingressar no Magistério, iniciei meu trabalho de acordo com os modelos tradicionais, onde o professor normalmente ministra sua aula como detentor do saber, sendo muito sério, um grande transmissor de conteúdos e mantendo uma certa distância dos alunos, meros receptores de conteúdo. Sempre admirei meus professores, o quanto sabiam, mas com o passar do tempo, como professora, sentia que faltava algo mais significativo. Além de tentar ser “transmissora de conteúdos”, eu queria me doar mais, desejava um relacionamento mais caloroso com as crianças.

Ao ler o livro “Livro Um Encontro com Lygia Bojunga” (BOJUNGA, 1988), encantei-me quando ela revela ter um caso de amor com os livros. Então levei esta idéia para a sala de aula, por que não ter um caso de amor com meus alunos, envolver-me com eles de maneira que tanto eu como eles sintamos que somos importantes um para o outro?

A partir de experiências pessoais, minha única certeza era de que procurando criar um ambiente de amizade entre eu e meus alunos, seria bom para todos, portanto, entendo ser necessário estudar e adquirir mais conhecimentos, pois, ao longo de meu trabalho, tenho observado que essa maneira de agir e pensar não é comum no ambiente escolar. Pouco se vê entre educadores e nem nas instituições escolares, uma preocupação em ter momentos em que se proporcionem maior interação entre professores e alunos, desenvolvendo nas crianças habilidades sociais.

Segundo (VYGOTSKY, 2002, p.25)

O aprendizado é essencial para o desenvolvimento

 do ser humano e se dá sobretudo pela interação social.

Pode – se citar também o trecho do Relatório Jacques Delors, publicado em português pela UNESCO em 1996, concluiu que pelo menos 4 eixos fundamentais devem nortear a educação no século XXI – aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a conviver juntos e aprender a ser. Esses quatro pilares devem estar presentes na política da melhoria da qualidade da educação, pois eles abrangem o ser em sua totalidade, do cognitivo ao ético, do estético ao técnico, do imediato ao transcendente. A visão de totalidade das pessoas integra a moderna concepção de qualidade na educação. Extraído do Livro Desafios Modernos da Educação de Pedro Demo.

Portanto, é preciso buscar esse novo ponto de partida, a interação, para que os caminhos da educação sejam trilhados com maior êxito por educadores e educandos.

Gostaria ainda de deixar registrada uma carta – crônica de Fanny Abramovich, da Revista Nova Escola, Outubro 2.001, p. 34 a qual me emocionou muito, ela apresenta o mestre eu Ana Teresa, gostaria de ter tido, e tenho a convicção que é o mestre que as crianças desejam ter e eu pretendo um dia ser:


A Carta:

Dona Licinha...

A senhora não me conhece. Faz tanto tempo e me lembro de detalhes do seu jeito, de sua voz, seu penteado e roupas... A senhora ensinava na 3ª série B e eu era aluna da 3ª série C no grupo escolar do Tatuapé... Passava no corredor fazendo figa para mudar de classe, pra minha professora viajar e nunca mais voltar, pra diretora se implicar e me mandar pra 3ª B ... Nunca tive tanta inveja na minha vida como tive das crianças da série B...

...

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