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A avaliação como instrumento de ensino

Por:   •  2/6/2019  •  Seminário  •  3.275 Palavras (14 Páginas)  •  151 Visualizações

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A avaliação como instrumento de ensino!

Edna P. Santana e Márbila Milena B. de Moraes

Professora - Luciana Valente Nunes

Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI

Licenciatura/Pedagogia (PED1110) – Seminário Interdisciplinar VIII

14/11/2017

RESUMO        

No processo de ensino e aprendizagem é fundamental estar constantemente avaliando os resultados obtidos nos procedimentos ou metodologias que estão sendo utilizadas. Estes por muitas vezes são quantitativos especificando valores para o nível de aprendizagem do aluno, mas esse método não é muito eficaz, pois é baseado na pedagogia tradicional, e por muitas vezes limita as oportunidades dos alunos de demonstrarem seus conhecimentos adquiridos e não abrem espaço para diálogos que compartilhem vivencias. Diante dessa realidade esse artigo tem como objetivo comentar como os docentes têm utilizado os métodos avaliativos, por meio de pesquisas bibliográficas foi possível constatar que a maioria dos professores utilizam apenas provas e exames, para obter o resultado final sobre a preparação do aluno. Dispensando outros métodos avaliativos, característicos da pedagogia libertária proposta por Paulo Freire, como debates e socializações, que valorizam o lado humano, colaboram para a formação do caráter cidadão e também incentivam a independência do discente.

Palavras chaves: Avaliação. Metodologia. Aprendizagem.

1. INTRODUÇÃO

        

Podemos entender que avaliação é essencial para identificar se o aluno está avançando na construção do conhecimento, ou onde está tendo dificuldades. Existem três níveis diferentes de avaliação sendo eles aprendizagem, institucional e externa. Na avaliação de aprendizagem o foco é o processo de ensino e aprendizagem de cada educando. Na institucional o foco é a escola, ao PPP e precisa ser feita por todos os funcionários da instituição.  A avaliação externa é realizada por instituições próprias como o MEC ou secretaria de educação.

Segundo pesquisas bibliográficas contata-se que muitas vezes o ato de avaliar é focado somente no resultado de provas e exames, pensamos ser suficiente. O sistema de exames e provas, com seus resultados em termos de notas e suas manipulações, polarizando todo o sistema, concentrado somente em aprovar e reprovar dando mais ou menos pontos para disciplinar a turma. Contudo esse método tira toda a multiplicidade dos métodos avaliativos, onde pode servir para fazer mudanças alcançando o objetivo inicial. Avaliar de forma quantitativa acaba deixando o discente sem a oportunidade se manifestar-se sobre o processo vivenciado.

Cientes dessa realidade, realizamos esta pesquisa com o objetivo de analisar um pouco mais sobre a realidade das escolas e foi possível perceber que o método que mais se utiliza está baseado em modelos pedagógicos como na pedagogia tradicional, na pedagogia renovada e na pedagogia tecnicista. E não na pedagogia libertária que é proposta por Freire, pensada para a humanização e não a domesticação, assim exigindo do professor uma postura avaliativa diferente.

Contudo cada método avaliativo depende do contexto educacional, onde há por trás diversas variáveis, dependendo de crenças, valores, visões e práticas sociais, políticas e filosóficas.  Então para haver mudanças no método avaliativo, é preciso repensar o próprio contexto social da educação. Pretende-se com este trabalho destacar que é fundamental utilizar a educação para a transformação social e não para a conservação, uma pedagogia libertadora através de uma avaliação democrática e não autoritária.

Além do caráter diagnóstico, a avaliação deve assumir o papel de mediadora sendo orientada para a reorganização do saber, tendo uma troca de ponto de vista entre professores e alunos. Ao longo do percurso educando terá a avaliação como instrumento na construção da autonomia o que não significa deixar o rigor de lado como também centrar forças em competências adequadas a transformação e a democratização de ensino.

Os instrumentos avaliativos devem ser adequados e tem que possuir qualidade técnica, sendo coerentes, em todo o processo de ensino e aprendizagem e levar questões referentes à finalidades de dados, e da necessidade e forma de obtenção dessas informações.

A avaliação institucional é utilizada para promover transformações e superar diferenças no âmbito escolar. Com isso pode descobrir onde há erros, encontrar novos caminhos para chegar ao objetivo desejado. E tem que ter destaque a elaboração e avaliação do PPP nas escolas.

Há uma resistência para a mudança no método avaliativo, pois o método classificatório centrado nos exames é o mais utilizado ao longo do tempo nas escolas. A avaliação é uma ferramenta para construir uma prática investigativa, que visa compreender o processo formativo nos avanços e conquistas dos envolvidos e o progresso na aquisição de conhecimento.

E as avaliações externas ajudam na elaboração de políticas públicas, assim como a avaliação de aprendizagem e a institucional também necessita de outros espaços e abordagem para figurar como instrumento de promoção de melhor qualidade na área educacional.

Apresentamos num primeiro momento os principais conceitos de métodos avaliativos e como são utilizados pelos docentes diferenciando os três mais conhecidos níveis de avaliação e consequentemente abordaremos sobre a influência das pedagogias tradicional, renovada e tecnicista, na escolha do método avaliativo. Ao final desse artigo destacaremos a importância de trabalhar dentro do contexto da pedagogia libertária para melhor influenciar na formação de cidadãos autônomos e conscientes da sua responsabilidade social.

3.  A AVALIAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE ENSINO

O termo avaliar é constantemente associado a expressões como: fazer prova, fazer exame, atribuir nota, repetir ou passar de ano. Esta associação, tão frequente em nossas escolas, é resultante de uma concepção muito arcaica, mas tradicionalmente predominante. Nessa forma de educação, todo o conhecimento é adquirido como mera transmissão e memorização de informações prontas e o aluno é visto como um ser passivo e receptivo. Em consequência, a avaliação se restringe a medir a quantidade de informações retidas, com avaliações são feitas de maneiras seletivas, onde os que mais tiveram capacidade de absorção, tem melhores resultados.

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