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A escola conservadora em pedagogia

Por:   •  9/8/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  697 Palavras (3 Páginas)  •  321 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA[pic 1]

Licenciatura em Pedagogia

Currículo

Docente: Fábio Dantas

Discente: Mayara Nascimento de Souza

Ficha de Leitura do texto: A Escola conservadora: as desigualdades frente à escola e à cultura

Feira de Santana

Abril de 2017

A Escola conservadora: as desigualdades frente à escola e à cultura

O texto apresenta a crítica realizada por Piere Bourdieu sobre o modelo de sistema escolar que se coloca enquanto principal fator de desenvolvimento social, mas na verdade realiza a conservação social do sujeito com maestria, a partir da legitimação das desigualdades sociais, em detrimento da herança cultural que o individuo tem. Para isso o autor utiliza conceito de capital cultural, que podemos caracterizar como uma herança genuinamente social, constituída por um arcabouço de conhecimentos, informações, códigos linguísticos responsáveis pela diferença de rendimento que os sujeitos refletem na escola.

Para justificar tal constatação o autor apresenta inicialmente dados estatísticos que afirmam que “um jovem de camada superior possui 80 vezes mais chances de entrar na universidade do que um filho de assalariado agrícola e 40 vezes mais do que o filho de operário, e suas chances são ainda 2 vezes maiores aqueles de 1 jovem de classe média” (p. 41). Esse fenômeno está relacionado aos mecanismos acesso ao ensino superior resultante da seleção criada pela escola ao longo da escolarização.

A herança cultural se materializa como a relação entre o nível de cultura que a família tem e o êxito escolar da criança, ou seja, o nível de escolarização e acesso dos pais refletem o desenvolvimento escolar das crianças, uma vez que, os níveis escolaridade dos pais oriundos do proletariado e de classes superiores são desiguais. Segundo o autor, a presença no circulo familiar de pelo menos um parente que fez ou tenha feito o curso superior apresenta chances de mobilidade descendente, favorecendo a ascensão da categoria (p. 44). O acesso a determinados locais que proporcionem desenvolvimento cultural como: cinemas, teatros e museus pesam proporcionalmente no desempenho escolar, pois o sistema de ensino seleciona áreas de conhecimento correlacionadas ao próprio capital cultural. Assim escola legitima o fracasso de seus educandos criando e aplicando mecanismos de eliminação e estagnação dos educando advindos de classes menos favorecidas.  

Outro fator criado pela escola para justificar a desigualdade é o nível linguístico dos sujeitos. A língua é tratada como um obstáculo nos primeiros anos da vida escolar, pois a língua que as instituições escolares cobram não é a mesma que algumas crianças desenvolvem em seus ambientes familiares, desta forma a língua se configurará enquanto uma barreira, pois o nível de aprendizagem linguística está relacionada à vida escolar.

Através do discurso de “dom natural”, a convicção de que os conhecimentos desenvolvidos nada têm haver com a herança cultural reforça a ideia de que provem apenas de aptidões e competências inatas da classe abastada. Essa fator incide diretamente com o conceito que o autor chama de “a escolha do destino”, é invariavelmente relacionada a sua descendência. Assim não existe uma escolha e sim um destino predeterminado a classe social pertencente, já que as crianças das classes desfavorecidas têm menos oportunidades por falta de capital cultural.

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