A importância do lúdico para aprendizagem na educação infantil

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO PARA APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Kélli Cristina Ferreira¹

Letícia Rodrigues da Silva²

Suzane Rodrigues da Silva³

RESUMO

A importância do lúdico para a aprendizagem na Educação Infantil, apresenta-se como tema central deste artigo. O estudo expõe a importância do lúdico na realidade da criança e sua grande relevância e eficácia na aprendizagem, sendo utilizado de maneira metodológica e aliada aos conteúdos expostos em sala de aula pelo professor. O artigo visa apontar a influência das brincadeiras no desenvolvimento da criança, tanto consigo mesma, quanto em sociedade, interagindo com outras pessoas e lidando de maneira sadia com seus próprios sentimentos. Além de ter suma importância dentro das escolas para tornar a aprendizagem mais interessante e atraente. A brincadeira influência para que a criança aprenda de maneira prazerosa e a possibilita controlar seus sentimentos diante de situações ou lugares em que ela se encontra, desenvolve a importância de seguir regras, conviver bem com os outros, respeito e ao mesmo tempo, facilita o processo de construção do saber e da aprendizagem deste indivíduo. É imprescindível que a família, os docentes busquem entender tal importância e façam uso dela como aliada para contribuir com a aprendizagem.

Palavras-chaves: Lúdico-Aprendizagem-Educação Infantil

ABSTRAT

The importance of playful learning in Early Childhood Education is presented as the central theme of this article. The study exposes the importance of playfulness in the child's reality and its great relevance and efficacy in learning, being used methodologically and allied to the contents exposed in the classroom by the teacher. The article aims to point out the influence of play in the development of children, both with themselves and in society interacting with other people and dealing in a healthy way with their own feelings. In addition to having paramount importance within schools to make learning more interesting and attractive. The playful influence so that the child learns in a pleasant way and allows him to control his feelings in situations or places where he is, develops the importance of following rules, living well with others, respect and at the same time, facilitates the process of knowledge and learning of this individual. It is imperative that the family, teachers seek to understand such importance and make use of it as an ally to contribute to learning.

Key-words: Ludic-Learning-Early Childhood Education

INTRODUÇÃO

A palavra lúdico vem do latim ludus e significa brincar. Então dentro dessa perspectiva entende-se que o brincar já é um processo inerente à criança. Nesse sentido, é imprescindível que a inserção da prática da ludicidade esteja inserida como uma metodologia aliada com os avanços na aprendizagem da educação infantil.

Ademais, partindo do pressuposto de que o brincar é inerente a criança. Segundo Kishimoto (2002, p. 139) “a brincadeira é uma atividade que a criança começa desde seu nascimento no âmbito familiar”.  E assim, esse brincar, inicialmente, não tem cunho educativo, mas sim, é uma forma de recreação desenvolvida pela criança, e, uma maneira desse indivíduo interagir com as pessoas que a cercam e a explorar o mundo que a circunda.

Outrossim, a criança através da brincadeira pode-se relacionar com outras crianças, sendo capaz de aprender a trabalhar em grupo e individualmente. Além disso, enquanto brinca a criança se desenvolve de uma maneira global, ou seja, ela progride de forma física, psíquica e social, características essas que consolidam neste indivíduo a afirmação de sua identidade e se colocam como um cidadão pertencente a esta sociedade, na qual tem a capacidade de criar e recriar, e desenvolver suas capacidades potenciais. Logo, é inegável que:

O brincar proporciona a aquisição de novos conhecimentos, desenvolve habilidades de forma natural e agradável. Ele é uma das necessidades básicas da criança, é essencial para um bom desenvolvimento motor, social, emocional, cognitivo. (MALUF, 2003, P.9).

Portanto, tendo em vista que o brinquedo se transforma como uma ferramenta facilitadora no processo de ensino aprendizagem. Dentro dessa perspectiva, o professor poderá utilizar essa metodologia de extrema relevância inserida nas suas aulas, assim, ele poderá aproveitar desse momento para que possa observar esse aluno, na garantia da análise da realidade na qual essa criança está inserida, assim como também, poderá utilizar a brincadeira como facilitadora do processo de ensino, podendo assim, potencializar esses conhecimentos de uma maneira prazerosa para essa criança.

1. O BRINCAR

É natural de toda e qualquer criança ter a brincadeira como melhor atividade diária, pois é onde a criança deposita a sua atenção e pode usufruir de toda a diversão e bons sentimentos que o brincar proporciona. Porém, é necessário entender que nenhuma criança nasce sabendo brincar, elas aprendem naturalmente, no decorrer de suas vidas.

Ademais, essa aprendizagem é imprescindível para a criança e se faz importante para abrir caminhos que irão direcionar este indivíduo às próximas fases na construção do conhecimento e do progresso. Então, é brincando que a criança passa a entender o mundo, e assim também aprende a lidar com seus sentimentos sejam eles bons ou ruins. Logo, brincar desenvolve sua inteligência, coordenação motora, autonomia, atenção e exige muita seriedade da criança e por este motivo, torna-se um meio importante de ensinar, para ser utilizado de maneira objetiva e pedagógica. Nesse sentido, segundo Vigotsky:

"Brincar é coisa séria, também, por que na brincadeira não há trapaça, há sinceridade e engajamento voluntário e doação. Brincando nos reequilibramos, reciclamos nossas emoções e nossa necessidade de conhecer e reinventar. E tudo isso desenvolvendo atenção, concentração e muitas habilidades. É brincando que a criança mergulha na vida, sentindo-a na dimensão de possibilidades. No espaço criado pelo brincar nessa aparente fantasia, acontece a expressão de uma realidade interior que pode estar bloqueada pela necessidade de ajustamento às expectativas sociais e familiares" (1994, p. 67).

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