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APRENDER BRINCANDO: O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  12/1/2016  •  Artigo  •  2.015 Palavras (9 Páginas)  •  635 Visualizações

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APRENDER BRINCANDO: O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Adriana Maria de Sousa – UFPI

                                                                                                  blmradry@hormail.com

INTRODUÇÂO:

          Há algum tempo, principalmente nas últimas décadas, assiste-se a uma acentuação dos discursos sobre a importância dos jogos, brincadeiras e brinquedos no universo das aulas de educação infantil. Levando em conta principalmente as faixas etárias, as rotinas dessas aulas devem ser bastante diversificadas de maneira que o cansaço e o desinteresse deem lugar ao prazer garantindo não só o cuidar e educar, mas também o aprender de uma forma familiar para a criança tendo em vista atender as necessidades do corpo e mediar o desenvolvimento sociocultural das mesmas desde o nascimento, assegurando-lhes o direito a brincar, criar e aprender. Assim sendo faz-se necessário à intervenção do lúdico desenvolvendo uma nova forma de linguagem na qual a criança possa atuar desenvolver-se e criar seu próprio conhecimento. Na atividade lúdica o que importa não é apenas o produto da atividade, o que dela resulta, mas a própia ação, o momento vivido.

          Quando se proporciona a brincadeira a uma criança com o objetivo de educá-la ou ensiná-la algo que possa ser útil em situações que irão aparecer na sua vida, a brincadeira passa a ser uma atividade relevante não só em casa, com a participação dos pais, mas principalmente na escola, que num primeiro momento é vista por esses pequenos como algo imposto e nada agradável, desmistificando então o pensamento de que a brincadeira, principalmente em sala de aula é uma “perda de tempo”.

       Conscientizar os educadores da importância da prática do lúdico nas escolas de educação infantil, pois esta é uma forma de fazer com que o aluno aprenda o conteúdo desenvolvendo uma das ações que ele mais gosta que é brincar.  Isso é importante porque através do lúdico a criança amplia suas relações sociais, desenvolve a coordenação motora, conquista a autoconfiança e faz uma relação do seu interior, ou seja, seu conhecimento prévio com as informações obtidas no exterior.

BRINCAR COMO FORMA DE FACILITAR O APRENDIZADO:

          O brincar como forma de aprender tem sido a melhor metodologia da contemporaneidade, isso impõe ao professor a responsabilidade de fazer com que esta relação seja produtiva e divertida ao mesmo tempo. Cabe a ele explorar o faz de conta, onde a criança cria um universo com suas vivencias do real misturado com o do imaginário.

          Moyles (2002, p.37) é contundente ao afirmar que:

                                       “Parte da tarefa do professor é proporcionar situações de brincar livre ou      dirigido que tente atender às necessidades de aprendizagem das crianças e, neste papel, o professor poderia ser chamado de um iniciador ou mediador da aprendizagem. Entretanto, o papel mais importante do professor é de longe [...], quando ele deve tentar diagnosticar o que a criança aprendeu – o papel de observador e avaliador”.

          É da competência do educador organizar suas atividades de maneira que possibilite ao aluno um aprendizado progressivo, selecionando e utilizando meios mais significativos para realizá-los. Destacando o trabalho em grupo, o qual facilitará o ensino- aprendizagem e o desenvolvimento individual de cada aluno, até porque muitas vezes o brincar está ligado à liberdade, espontaneidade, diversão, entre outros, que são características que em sala de aula necessitam de certo controle.         

          Segundo, Almeida (2005, p. 5):

A brincadeira se caracteriza por alguma estruturação e pela utilização de regras. A brincadeira é uma atividade que pode ser tanto coletiva quanto individual. Na brincadeira a existência das regras não limita a ação lúdica, a criança pode modificá-la, ausentar-se quando desejar, incluir novos membros, modificar as próprias regras, enfim existe maior liberdade de ação para as crianças.

          De acordo com o autor, a liberdade encontrada pela criança na brincadeira é de suma importância para o seu desenvolvimento social, pois mesmo existindo regras isso não tira o prazer da brincadeira, dando uma autonomia maior à criança no que tange a aprender à sua maneira e no seu tempo.

         Nesse contexto, a inserção do brincar pode constituir-se em um elemento importante para o ensino nas instituições educativas. Isso porque o brincar é um dos principais processos e uma das atividades mais presentes na infância, em que são construídas as capacidades e as potencialidades da criança (Moyles, 2002; Pereira, 2002). Desse ponto de vista, a autora vê o brincar como uma ação mais voltada para os aspectos educativos, e não apenas brincar por brincar.

METODOLOGIA:

          O modelo de investigação aplicado foi do tipo experimental, usando como recursos metodológicos brincadeiras, jogos e dinâmicas desenvolvidos na sala de aula. Os participantes foram 19 crianças, de ambos os sexos e da faixa etária de 5 e 6 anos oriundas da Escola Municipal Tia Dorinha Xavier. Participaram também das atividades a professora titular e a auxiliar.

          Os episódios de jogos, brincadeiras ou dinâmicas foram realizados em dias alternados e em sala de aula embora estas não estejam compatíveis com o número de alunos, por serem pequenas, o pátio não foi utilizado pelo fato do acesso do sol não permitir a permanência das crianças por muito tempo, por isso foi usada a sala de aula que embora pequena torna-se bem mais confortável, geralmente depois do recreio com um tempo de 1h, e sempre com o cuidado de trazer algo novo e que envolvesse a turma inteira. Dentre algumas das atividades desenvolvidas, será dada ênfase apenas a três: o aquário de números, tijolinhos de palavras e passa a bola contando.

          Na primeira brincadeira foram usados peixes confeccionados em EVA e cartolina, sendo que cada peixe estava enumerado de 0 a 49, porém foram distribuídos para as crianças de forma aleatória, visto que a quantidade de alunos e professoras somavam apenas 21, o quadro de acrílico dá suporte como o aquário, em seguida chama-se um aluno pela frequência, o mesmo apresenta-se com seu peixe e o cola em qualquer lugar do aquário, apartir de então começa a questão da lógica numérica, conforme os alunos apresentam-se o objetivo é que coloquem os peixes em ordem numérica e que quando isso não for possível porque faltam alguns números, o aluno possa dizer oralmente quais números faltam até chegar ao seu, dessa forma observa-se o domínio individual como também o coletivo, quando as outras crianças procuram ajudar o colega. Além dessa observação pode-se chegar a outras, como é o caso de uma aluna que colocou o peixe dela distante dos outros, mesmo mostrando ter um domínio bom com os numerais faz questão de manter-se distante, ao final tenta-se conversar com a referida aluna e descobre-se que existem problemas relacionados aos outros alunos, por isso mantém-se afastada alegando não sentir-se bem próxima dos demais.

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