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ATPS Organização e Metodologia do Ensino Fundamental

Por:   •  22/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  6.135 Palavras (25 Páginas)  •  161 Visualizações

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Faculdade Anhanguera Uniderp- CEAD- Pólo Matão

Pedagogia-Licenciatura

ATPS “Língua Brasileira de Sinais”

Trabalho acadêmico apresentado como exigência da disciplina de Língua Brasileira de Sinais, da Faculdade Anhanguera de Matão.

Ana Carolina Rodrigues.             RA: 6791433196.

Debora F. de Mello.                     RA: 6783387055.

Laís Patrícia F. da Silva.               RA: 6954497627.

Lara Heloísa dos Santos.             RA: 7584616417.

Rosangela de Pietro.                    RA: 6574299749.

        

                Professora EAD: Ma. Kate M. Oliveira Kumada                                                MATÃO-SP                                                


A temática da Surdez em seu aspecto médico, cultural e social, e sobre Libras e a Cultura Surda em seus aspectos.                                                                                                                                                                         A surdez também é chamada de deficiência auditiva, pode ser congênita ou adquirida. A surdez congênita é aquela em que a criança adquire a deficiência durante a gestação, por vários motivos como o uso de medicamentos tomados pela gestante, doenças adquiridas durante a gestação como sífilis, toxoplasmose, sarampo, diabetes, pressão alta, etc. Outras causas da surdez são o uso de medicamentos ototóxicos ( que lesionam o aparelho auditivo), como antibióticos, salicilatos, entre outros, há também a perda auditiva por condução que ocorre pelo rompimento do tímpano, e também á medida em que envelhecemos e esse processo é natural do ser humano. Em alguns casos a surdez é reversível e em outros não.            O uso da expressão deficiente auditivo já foi muito criticado, porque nela o surdo é visto como portador de uma patologia localizada, uma deficiência que precisa ser tratada para que seus efeitos sejam debelados, e através de muitas pesquisas percebeu-se que a surdez não modifica a inteligência da criança, provando que os surdos são capazes de aprender.                Os surdos além de serem indivíduos que possuem surdez, são utilizadores de uma comunicação espaço-visual como principal meio de conhecer o mundo em substituição á audição e á fala, tendo uma cultura característica, onde a surdez é vista como uma diferença linguística e identidade cultural que é partilhada entre os indivíduos surdos.                         Para a sociedade os surdos são vistos por suas limitações e taxados como incapazes,   eles não tem a oportunidade de mostrar suas capacidades e potenciais, por esse motivo muitos se sentem oprimidos, e os familiares tem medo de integrá-los em uma sociedade que os discrimina e exclui, por isso é importante que a sociedade entenda que as pessoas portadoras de deficiência tem o direito de tomar suas próprias decisões e assumir a responsabilidade por suas escolhas.                                                                                                A língua de sinais é a língua dos surdos, no Brasil ela é reconhecida como primeira língua da comunidade dos surdos, e é ampara pela Lei n 10.436, de 24 de abril de 2002, ela  possui estrutura e gramática própria, os sinais são formados a partir de parâmetros, como a combinação do movimento das mãos com um determinado formato num determinado lugar, que pode ser uma parte do corpo ou um espaço em frente ao corpo. Os parâmetros da Libras são: configuração de mão; locação; movimentos; orientação das mãos; expressão facial e/ou corporal.  Muitos surdos por viverem isolados ou em locais onde não exista uma comunidade surda, se comunicam apenas por gestos, e outros que por imposição familiar utilizam a língua falada.                                                                                                Existem pelo menos duas situações em que a lei confere ao surdo o direito ao intérprete de Libras, nos depoimentos e julgamentos de surdos, e no processo de inclusão dos surdos nas classes de ensino regular. Por isso ela deve ser utilizada no processo de ensino e aprendizagem, exercendo o desenvolvimento e a comunicação.                                        A língua de sinais deve ser ensinada como primeira língua, favorecendo que o surdo se torne assim um sujeito bilíngue, por isso é importante entender que a inclusão não significa um modo igual de educar, e sim de dar a cada um o que necessita em função de suas características e necessidades        .                                                                         A proposta de educação bilíngue sugere mudanças que se mostram necessárias, sendo a mais importante delas o respeito pela língua de sinais como língua natural e de direito do surdo.                                                                                                        Segundo Behares (1993), a educação bilíngue se propõe a transformar a educação dos surdos em uma pedagogia socializada, abandonando as práticas clínicas e terapêuticas.                Ao longo dos anos, as pesquisas interdisciplinares sobre surdez e sobre as línguas de sinais, tem contribuído para a modificação da visão dos surdos, eles tem classificado os surdos em duas categorias, os portadores de surdez patológica, e aqueles em que a surdez é um traço  fisiológico distintivo, não        implicando em deficiência neurológica ou mental.                A língua de sinais está ligada a cultura surda que é o jeito do sujeito surdo entender o mundo e modifica-lo a fim de torna-lo acessível e habitável, ajustando-o a sua percepção visual, que contribui para a formação da identidade surda, que abrange a língua, as ideias, as crenças, os costumes e os hábitos do povo surdo, portanto assumir a identidade surda é ainda um processo complexo para muitos surdos, porque isso significa assumir a condição da surdez e o compromisso de pertencer a um grupo minoritário, e muito discriminado.                                                                                                                         Atividades possíveis de serem oferecidas nas salas regulares que contemplem o aprendizado para o aluno deficiente auditivo.                                                         A educação inclusiva exige o atendimento das Necessidades Especiais, não apenas dos portadores de deficiência, mas de todas as crianças, implica trabalhar com a diversidade, de forma interativa-escola e setores sensíveis, deve estar orientada para o acolhimento, aceitação, esforço coletivo e equiparação de oportunidades de desenvolvimento, requer que as crianças portadoras de necessidades especiais saiam da exclusão e participem de classes comuns.         Para isso a escola precisa estar mobilizada para trabalhar, e dar respostas á diversidade, e isto requer aceitação, valorização e compromisso. O seu projeto pedagógico deve incorporar a diversidade como eixo central da tomada de decisões, atender a todos os alunos da comunidade, otimizar espaços e recursos, o seu currículo deve ser amplo, flexível e aberto, abrangendo os aspectos cognitivos, afetivos e sociais.                                        Atividades que podem ser trabalhadas com crianças surdas no ensino regular: Para contar histórias utilizar os recursos visuais, e observar se a criança por meio das expressões de medo, risos, estão compreendendo a história. Depois pedir para as crianças fazerem um desenho da história e o professor deve observar no desenho da criança surda os detalhes de cores, tamanhos e principalmente dos sentimentos expressos no desenho como medo, maldade, entre outros.                                                                                 Outra atividade que pode ser utilizada é a escrita dos nomes dos objetos da sala e em seguida, fixa-los nos lugares correspondentes a eles como porta, janela, lousa, carteiras, etc.         Fazer um painel com as letras do alfabeto e na vertical, na direção da letra, pedir aos alunos que colem figuras e escrevam o nome correspondente á letra e a figura.                         Escrever palavras faltando letras, para que sejam completadas, a essas palavras associar desenhos. Essa atividade chama a atenção dos alunos para o número de letras necessárias para a composição da palavra. No caso dos alunos surdos, essa atividade auxilia na construção do conhecimento da escrita, que se realiza por meio do recurso da memória visual.                                                                                                         Atividades para escrever os nomes das cores, utilizando o lápis da cor escrita, por exemplo: escreva vermelho com o lápis vermelho.                                                         Para auxiliar na memorização da escrita, fazer crachás com os nomes de todos para serem usados durante a aula.                                                                                 Fazer um painel com rótulos de produtos, depois fazer a leitura desses rótulos associando-os á utilização dos produtos a que correspondem. Essa atividade possibilita ao aluno surdo ampliar e especificar a linguagem por meio do vocabulário.                                 Ensinar os alunos com métodos de figuras, desenhos em lousa maquetes, porque a visualização do surdo é muito importante.                                                                 Fazer um ditado, utilizando desenhos, objetos, ou falar as palavras de forma bem pausada olhando para os alunos, esta atividade auxilia o aluno surdo na aprendizagem da leitura labial.                                                                                                 É importante ter o alfabeto em Libras, e o dicionário em Libras para auxiliar o professor e principalmente o aluno.                                                                         Desenvolver a atividade lúdica que entra como um recurso para a aprendizagem, facilitando a atuação da criança surda na tarefa de construção de significados, sobre o aprendizado dos conteúdos. As brincadeiras instigam a criatividade do aluno proporcionando que ele faça descobertas.                                                                                                                                                                         Materiais utilizados para que a atividade possa ser planejada e executada.                 Para o desenvolvimento da primeira atividade iremos utilizar um aparelho de televisão, um aparelho DVD, um CD com a história a ser assistida, posteriormente iremos utilizar folhas de papel e lápis de cor ou giz de cera para as crianças fazerem seus desenhos.        Na atividade da escrita dos nomes dos objetos da sala iremos utilizar papel sulfite, tesoura, lápis e fita adesiva para fixar os nomes nos objetos.                                         O painel será feito de papel cartão, as letra de EVA, e serão utilizadas figuras de jornais, revistas, que os alunos irão trazer para colar ao lado das letras correspondentes.                 Na atividade da escrita e das cores serão utilizadas folhas de sulfite, lápis de cor, desenhos.                                                                                                 No ditado será utilizado desenhos relacionados ao tema.                                        O outro painel será feito de cartolina e utilizaremos rótulos de produtos trazidos pelos alunos e cola para fixar os rótulos.                                                                         Os crachás também serão feitos de cartolina e utilizaremos lápis de cor para escrever os nomes de cada aluno.                                                                                 Os jogos serão feitos por meio de quebra-cabeça, jogos da memória de madeira.                                                                                                                 Percepções e considerações sobre o processo de inserção da criança surda em classe de crianças ouvintes.                                                                          Desde cedo á criança ouvinte tem a oportunidade de conviver com a língua utilizada por sua família, porém as crianças surdas, não tem a mesma possibilidade desse aprendizado, porque na maioria das vezes não tem acesso á língua utilizada por seus pais (ouvintes), por isso essas crianças permanecem no ambiente familiar aprendendo coisas do mundo e da linguagem de forma fragmentada e incompleta por causa da dificuldade de acesso á língua em que está sendo exposta.                                                                                Através dessa necessidade de desenvolvimento é que surge a proposta bilíngue para a pessoa surda, onde fica claro que é necessário que o surdo adquira o mais precocemente possível uma língua de forma plena, que é a Língua de Sinais, considerada a língua natural dos surdos, e como segunda língua a utilizada por seus pais.                                         A proposta de educação bilíngue busca contemplar o direito linguístico da pessoa surda de ter acesso aos conhecimentos sociais e culturais em uma língua na qual tenha domínio. Esse projeto de escolarização pressupõe que os educadores envolvidos tenham domínio das línguas envolvidas, a Língua de Sinais e a Língua usada pelos ouvintes. Esse domínio é fundamental para possibilitar que o sujeito surdo tenha          acesso aos conhecimentos de mundo e que possa trabalha-los tanto na língua de sinais quanto em português, especialmente em sua modalidade escrita.                                                                 A efetivação dessa proposta ocorre muitas vezes de forma experimental, sem que se possa desfrutar dessa alternativa de ensino de maneira mais abrangente. A falta de surdos adultos usuários de Língua de Sinais e habilitados como professores, o preconceito social frente á língua de sinais, a dificuldade de muitos em aceitar a comunidade surda como uma comunidade linguística especial, faz com que a proposta de educação bilíngue avance lentamente, enfrentando grandes problemas e obstáculos.                                                 A maior parte dos surdos no Brasil não tem acesso a uma escolarização que atenda suas necessidades linguísticas, metodológicas, curriculares, sociais e culturais. Os surdos encontram se em classes/escolas especiais que atuam em uma perspectiva oralista, que pretendem em última análise que o aluno surdo se comporte como um ouvinte, ou em escolas regulares, inseridos em classes de ouvinte onde também se espera que ele se comporte como ouvinte, sem que qualquer condição especial seja propiciada para que a aprendizagem aconteça.                                                                                                 A inserção do aluno surdo no ensino regular é uma das diretrizes fundamentais da política de inclusão/integração, a integração escolar é vista como um processo gradual e dinâmico, nessa proposta o professor media e incentiva a construção do conhecimento através da interação com os colegas e com o professor.                                                         Encorajar a integração não é suficiente, é preciso prever antecipadamente acomodações, equipamentos, materiais e recursos necessários, incluindo a colaboração dos professores e a programação das atividades escolares e extra escolares, é importante a participação da comunidade, a criação de salas de recursos com professor especializado para propiciar apoio e atendimento ao aluno.                                                                 Um dos principais problemas        do sistema regular de ensino é o despreparo dos professores frente aos alunos e as reduzidas possibilidades de atenção individualizadas destes alunos. A inclusão implica no compromisso que a escola deve assumir em educar cada criança, a proposta de inclusão contempla a pedagogia da diversidade, porque todos os alunos devem estar dentro da escola regular, independente de sua origem social, étnica ou linguística.        Quando se opta pela inserção do aluno surdo na escola regular, esta precisa ser feita com muitos cuidados que visem garantir sua possibilidade de acesso aos conhecimentos que estão sendo trabalhados, além do respeito por sua condição linguística e por seu modo de funcionamento.                                                                                         Quando se insere um intérprete de língua de sinais na sala de aula abre-se a possibilidade do aluno surdo poder receber a informação escolar em sinais, mas isso não é garantia de que a criança aprenda facilmente os conteúdos, porque muitos têm o acesso a língua de sinais tardiamente, mas o acesso e o contato com essa língua no espaço escolar, pode favorecer o desenvolvimento e a aquisição de novos conhecimentos de forma mais ampla e adequada. Com a presença do intérprete em sala de aula o professor ouvinte pode ministrar suas aulas sem se preocupar em como passar informações em sinais, atuando normalmente na língua que tem domínio. Com isso o espaço escolar passa a aceitar que outra língua circule no meio acadêmico, indicando uma concessão frente á diferença linguística do outro, o surdo é valorizado em sua língua e o intérprete é quem através dos sinais, propicia seu acesso aos conhecimentos acadêmicos, mas a presença do intérprete não garante que outras necessidades da pessoa surda, sejam contempladas.                                                 Não há garantias de que o espaço sócio educacional seja adequado á criança surda, já que ela poderá permanecer ás margens de vida escolar, quando o recurso de escolarização disponível é a inserção da criança surda em uma sala de ouvintes acompanhada de um intérprete de Libras, muitos aspectos precisam ser considerados buscando compreender se tal inserção de fato propicia o desenvolvimento tão almejado, é preciso um projeto educacional comprometido que reveja as estratégias pedagógicas, a organização do espaço acadêmico, o currículo proposto de maneira a contemplar as necessidades e características da comunidade surda.                                                                                                                         Referências                                                                         A importância do lúdico para o desenvolvimento de crianças surdas. Disponível em: http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/43413/a-importancia-do-ludico-para-o-desenvolvimento-de-crianças-surdas  acesso em: 28 out. 2013                                

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