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Analise do Livro "A Revolução dos Bichos"

Por:   •  2/8/2016  •  Projeto de pesquisa  •  2.138 Palavras (9 Páginas)  •  683 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

ESCOLA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES E HUMANIDADES

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO

ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV

AED: ANÁLISE DO LIVRO “A REVOLUÇÃO DOS BICHOS”.

GOIÂNIA

JUNHO 2015


LORENA BATISTA DE SOUSA

SARITA SARMENTO G. CASTRO

AED: ANÁLISE DO LIVRO “A REVOLUÇÃO DOS BICHOS”.

AED elaborada como requisito parcial à conclusão da disciplina de Estágio Supervisionado IV. Da Escola de Formação de Professores e Humanidades, da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, curso de Pedagogia sob a orientação da Profª Ráquia Rabelo Rogeri.

GOIÂNIA

JUNHO 2015

RESUMO: A revolução dos bichos

A Revolução dos Bichos, do autor George Orwell (pseudônimo de Arthur Blair, indiano que nasceu em 1903), é uma fábula apresenta uma série de metáforas que remetem ao período em que foi publicada, final da Segunda Guerra Mundial e consequente início da Guerra Fria. A obra debate do egoísmo, autoritarismo, as relações corruptas entre os homens, políticas ou sociais.  Os personagens apresentam características que remete-nos a pessoas reais, como Karl Marx (Major) e Stalin (Napoleão).

A história se passa em uma granja, na Inglaterra, da qual o Sr. Jones era proprietário, este é um homem cruel, avarento, e por muitas vezes deixava os animais passar fome. Insatisfeitos com a situação de dominação e exploração os bichos resolveram fazer uma revolução. Assim sob o comando do Major Porco, os animais organizaram-se para reivindicar seus direitos. Nesse sentido, o objetivo era expulsar Sr. Jones e tomar para si o controle da granja, pois não queriam mais ser tratados como escravos, dessa maneira, os porcos aprenderam a ler e escrever, e assumiram o papel líderes da granja.

O Velho Major Porco acreditava em uma revolução em que, os bichos seriam autossuficientes e iguais. Esse é o princípio do Animismo, que é colocado em prática, mesmo após sua morte. Na granja, todos os animais são iguais entre si. Entretanto, alguns não estavam satisfeitos com esse ideal de “igualdade”, pois achavam-se melhores que os outros. Foi aí que, o porco Bola de Neve teve a ideia de construir um moinho, mas Napoleão foi contra. Assim, decidiram-se por uma eleição para nomear oficialmente o líder da granja, e mesmo com maior simpatia entre os moradores da granja, Bola de Neve não foi eleito, pois Napoleão armou para ele fosse expulso e considerado traidor. 

No início de seu trabalho Napoleão mostrou-se competente e justo, entretanto com o passar do tempo, deixou de seguir os sete mandamentos, nos quais fundamentavam-se as concepções animalistas. Eis os princípios dos sete mandamentos: qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo; Qualquer coisa que ande sobre quatro pernas, ou tenha asas, é amigo; Nenhum animal usará roupas; Nenhum animal dormirá em cama; Nenhum animal beberá álcool; Nenhum animal matará outro animal; Todos os animais são iguais.

Sob o comando de Napoleão, que era protegido por cães violentos, o regime era de ditadura. Assim, construiu o moinho, mas passou a racionar a comida e os animais, trabalham de sol a sol, dando início a uma nova era de escravidão. Em busca de materiais para construir o moinho, Napoleão passa a manter relações comerciais com os humanos. Assim, os porcos mudam-se para a casa grande, antes habitada pelo Sr. Jones, pois segundo eles, era necessário um local onde pudessem repousar.  

Depois de aproximadamente cinco anos, Napoleão morava numa casa, bebia álcool, vestia as roupas do antigo dono, andava sobre duas pernas e convivia com seres humanos. Assumiu, características típicas dos humanos, pois agia em benefício próprio, era um déspota, hostilizava os animais e os considerava seres inferiores e sem direitos. Napoleão teve êxito em seus planos com a ajuda de Garganta, porco bajulador e obediente e que, com seu silogismo, convencia ludibriava os animais os convencendo que tudo que o chefe fazia era para o bem coletivo.

Certo dia acontece uma tempestade e o moinho de vento é derrubado. Os animais, que já viviam praticamente na miséria, passam a racionar ainda mais a comida. Alguns animais, cansados de tanta pobreza e exploração, começam a questionar que a vida que estavam levando e entendem que estava pior do que na época do Sr. Jones. Trabalhavam mais, comiam menos, e os mandamentos feitos no começo da Revolução não já não existiam. Esses animais revolucionários foram perseguidos, acusados de traição e foram mortos.

Assim, um grupo de homens invadem a granja e explodem o moinho. Os animais revoltados, pois o moinho havia sido destruído mais uma vez, enfrentam e expulsam os homens. Mais uma vez os animais trabalham demais e o pior de tudo, sem comida. Sansão, cavalo muito trabalhador e leal, morre ao ser levado pela carrocinha, por estar doente e não conseguir trabalhar mais. Gradativamente os animais que viveram a época do Sr. Jones foram morrendo, e as novas gerações já não sabiam como era a vida antes e durante a Revolução. Só conheciam a vida sob o domínio de Napoleão.

Análise da obra e sua relação com a sociedade contemporânea

No início da história temos a figura do senhor Jones, dono da fazenda e, como tal, explorava o trabalho animal em benefício próprio, com o objetivo de acumular capital. Pelo trabalho, os animais recebiam alimentação, mas esta era de qualidade e suficiente a todos. Esse quadro expressa a sociedade capitalista, em que o mais trabalhador é explorado e separado do fruto de seu trabalho. A concepção de trabalho como o conhecemos surgiu a partir dos estudos de Marx, acerca da sociedade capitalista. Em suas análises, o trabalho ocupa lugar central, por ser um termo historicamente construído, “que indica a condição da atividade humana no que denomina economia política, ou seja, a sociedade fundada sobre a propriedade privada dos meios de produção e a teoria ou ideologia que a expressa” (MANACORDA, 1991, p. 44).

Assim, no caráter descrito pela economia política, o trabalho, enquanto princípio desta é o eixo particular da propriedade privada e está para o trabalhador como bem alheio a ele e é prejudicial e nocivo. Sendo assim, a atividade humana enquanto trabalho, tende a tornar-se estranha a si, estranha ao homem e à natureza e, por conseguinte, a consciência e à vida. E à medida que este trabalho constrói-se historicamente, torna-se a única forma existente, e em vista disso, atividade alienante formadora de homens alienados. Assim, o trabalho perdeu toda a sua subjetividade e somente com a apropriação dos instrumentos de produção, ou dos meios de produção, será possível atingir a expressão pessoal.

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