COMO A ESCRITA ESTÁ SENDO TRABALHADA EM SALA DE AULA

COMO A ESCRITA ESTÁ SENDO TRABALHADA EM SALA DE AULA

Nelma Kelly Cardoso Alves^[1]

RESUMO: O tema a ser abordado é uma breve noção da linguagem escrita, como ela está sendo trabalhado na escola, que tipos de instrumentos didáticos e metodologias o corpo docente utiliza para trabalhar em sala de aula. Dessa forma, o objetivo é expor o conhecimento adquirido durante as aulas e o conteúdo estudado no dia a dia desses educandos. Familiarizar-se com a linguagem escrita, avaliando assim a aprendizagem na escola e refletir sobre o papel do professor mediador nesse processo. Inicialmente, foram analisados os textos que fazem parte da disciplina em questão Fundamentos Teóricos Metodológicos do ensino de Português. Este estudo também se constitui com uma análise de um livro de 2º ano do ensino fundamental, para assim percebermos que tipos de conteúdos o livro didático está trazendo para serem trabalhados com os alunos.

Palavras-Chave: Linguagem Escrita; Análise; Processo de Aprendizagem.

INTRODUÇÃO 

O tema a ser abordado irá possibilitar uma noção da linguagem escrita, como está sendo trabalhado na escola, que tipos de instrumentos didáticos e metodologias o corpo docente utiliza para trabalhar em sala de aula.

O interesse pelo tema em questão surgiu a partir do contato com a disciplina Fundamentos Teóricos Metodológicos do Ensino de Português, do Curso de Pedagogia, que trata também dessa temática. Por isso, ao longo dessa pesquisa, pretende-se conhecer e analisar os métodos e práticas educativas aplicadas na escola.

No processo de aprendizagem da língua escrita, o trabalho com objetos significativos, ou seja, concretos para o aluno, irá contribuir muito para o desenvolvimento da alfabetização. Segundo reportagem da revista Educar para Crescer:

A prática da escrita não deve ficar restrita a estudantes, nem tampouco aos que dominam a forma culta, como os escritores. “Escrever vai muito além das regras impostas por qualquer sistema teórico ou didático: é um modo privilegiado de se descobrir e desvelar humanamente a experiência imperdível de viver” complementa Jorge Marinho, com sabedoria. ^[2]  

Dessa forma, o objetivo é expor o conhecimento adquirido durante as aulas e o conteúdo estudado no dia a dia, dando ênfase a escrita em seu amplo contexto, tendo como base seus principais fundamentos e características. Familiarizar-se com a linguagem escrita, avaliando assim a aprendizagem na escola e refletir sobre o papel do professor mediador nesse processo. 

E assim coloca-se em evidência a importância da escrita, como um dos componentes centrais da aprendizagem do aluno. O ato de escrever é de suma importância na sociedade, pois através da escrita é que recebemos mensagens, enviamos também e recebemos informações de todos os lugares. A escrita é uma das maneiras mais antigas de comunicação entre o homem, e os acontecimentos que ocorrem no mundo. Refletir sobre a linguagem escrita como processo histórico social é pensar em torno da construção humana.

Para Gomes-Santos e Almeida (2011, p. 105):

A escrita é objeto de investigação de grande prestígio em vários domínios do campo da linguagem e da educação, da linguística aplicada à psicolinguística, dos estudos textuais, enunciativos e discursivos aos estudos em didática das disciplinas escolares, entre outras.  

        

Este estudo se constitui como uma pesquisa sobre a linguagem escrita e o papel mediador do professor no trabalho pedagógico com a escrita em sala de aula.  Analisamos um livro de 2º ano do ensino fundamental, para assim percebermos que tipos de conteúdos o livro didático está trazendo para serem trabalhados com os alunos. Inicialmente, foram analisados os textos que fazem parte da disciplina em questão Fundamentos Teóricos Metodológicos do ensino de Português. No decorrer deste trabalho serão descritos abordagens sobre o tema e expostas as ideias dos autores do campo de estudo da linguagem, sobretudo, ao que escreveram sobre linguagem escrita. 

2. Análise do Livro Didático de Língua Portuguesa

A coleção aprendendo sempre: letramento e alfabetização linguística é uma obra das autoras Cláudia Miranda, Vera Lúcia Rodrigues, para o 1º e 2º ano do ensino fundamental. Produzido pela editora Ática no ano de 2008 em São Paulo. Esta obra é atualizada conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

Mostrando a trajetória acadêmica das autoras: Cláudia Miranda é Licenciada em Letras, com pós-graduação em Literatura Comparada e em Teoria da Literatura pela UFJF, MG. Mestre em Educação pela Universidade Católica de Petrópolis, RJ. Professora de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira desde 1979. Professora de cursos de formação continuada de professores desde 1989. Autora de livros didáticos, paradidáticos e de literatura infantil.

Já Vera Lúcia Rodrigues é formada em Letras com pós-graduação em Linguística Aplicada ao Ensino da Língua Materna pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ). Ex-professora da rede municipal do Rio de Janeiro e membro da Equipe Central de Língua Portuguesa, diretora de Ensino Fundamental da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. Trabalha com Assessoria Pedagógica na área de Educação e Língua Portuguesa. Autora de livros didáticos.

Fazendo a análise do livro didático, percebe-se que a escolha deste livro é algo de grande importância para a educação de um país, visto que, de acordo com o Ministério da Educação e Cultura (MEC), em alguns lugares, o livro didático ainda é utilizado como único recurso didático nas aulas de alguns docentes. Portanto, vale ressaltar que se devem levar em consideração alguns aspectos na escolha de um livro didático, como por exemplo, a clareza e coerência nos conteúdos e nas atividades propostas. A análise criteriosa de um livro pode ajudar o professor a refletir sobre os rumos que ele quer dar a educação.

De acordo com a pesquisa realizada nos textos da disciplina do ensino de Português, as atividades estão organizadas sobre concepções de linguagem.

A primeira concepção vê a linguagem como expressão do pensamento. Define-se como um ato monológico, individual, que não é afetado pelo outro nem pelas circunstancias que constituem a situação social em que a enunciação acontece.  (TRAVAGLIA, 2006. p. 21).  

Estas atividades estão baseadas em um texto que tem como tema, “Ana e o Pernilongo,” do autor José Paulo Paes. Todo o bloco de perguntas será respondido através da leitura do texto.