DIAGNÓSTICO DA OBSERVAÇÃO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NOS ANOS INICIAIS

CRISTIANE ALVES DOS SANTOS

DIAGNÓSTICO DA OBSERVAÇÃO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NOS ANOS INICIAIS

VIDEIRA 2017

CRISTIANE ALVES DOS SANTOS

DIAGNÓSTICO DA OBSERVAÇÃO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NOS ANOS INICIAIS

Relatório referente ao diagnóstico das observações e análises de Estágio nos Anos Iniciais, realizado na Escola de Educação Básica Padre Bruno Pokolm para a disciplina de Estágio Supervisionado nos Anos Iniciais como requisito para obtenção de media parcial semestral.

Professora/ orientadora: Luciana Szatkoski

VIDEIRA 2017

SUMÁRIO

1. ESTÁGIO POR QUÊ? 3

2. PRIMEIROS PASSOS DO ESTÁGIO: RECONHECENDO A ESCOLA 5

3. A TURMA OBSERVADA: ANALISANDO O CAMPO DE ATUAÇÃO 8

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 14

5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 15

6. ANEXOS 17

1. ESTÁGIO POR QUÊ?

O estágio traz sobre si a concepção de que este compõe a parte prática da formação profissional, opondo-se a teoria, que por sua vez, é desenvolvida nas disciplinas aplicadas durante o curso. Muito comum, é ouvir-se falar que a teoria e a prática são opostas (PIMENTA; LIMA, 2012). Interpretado desta forma, o estágio na área da educação, acaba esvaziando-se do seu significado e importância na formação de melhor qualidade do profissional docente. Pimenta e Lima (2012) defendem que o estágio tem o objetivo de:

Integrar o processo de formação do aluno, futuro profissional, de modo a considerar o campo de atuação como objeto de análise, de investigação e de interpretação crítica, a partir dos nexos com as disciplinas do curso. O estágio curricular é campo de conhecimento, portanto, volta-se a uma visão ampla deste. (PIMENTA; LIMA, 2012 p. 24).

Sendo assim, podemos apontar o estágio como uma forma de compreender a relação entre a teoria e a prática. É durante o estágio que o estudante irá ter uma aproximação maior da realidade na qual atuará como profissional, questionando-a e analisando-a conforme as teorias estudadas durante o curso (PIMENTA; LIMA, 2012). Neste momento, a práxis docente é aplicada, ou seja, refletir sobre a própria ação. As autoras complementam:

Conclui que o estágio, ao contrário do que se propugnava, não é atividade prática, mas teórica, instrumentalizadora da práxis docente, entendida esta como atividade de transformação da realidade. Nesse sentido, o estágio curricular é atividade teórica de conhecimento, fundamentação, diálogo e intervenção na realidade, esta, sim, objeto da práxis. Ou seja, é no contexto da sala de aula, da escola e do sistema de ensino que a práxis se dá (PIMENTA; LIMA, 2012, p. 45).

Neste sentido, teoria e prática se complementam. O papel da teoria é oferecer subsídios para que o profissional da educação analise e compreenda as relações sociais e culturais, os contextos históricos, a organização, e, em sua atuação docente reflita, problematize e busque melhores formas para inserir-se e intervir na sociedade (PIMENTA; LIMA, 2012). Além disso, o estágio contribui na construção da identidade, dos saberes e das posturas do

profissional em formação. Para a autora Ostetto (2012) o estágio é parte fundamental na formação docente, tratando-se ainda de uma aventura pessoal.

É neste contexto que os estudantes de Licenciatura em Pedagogia do Instituto Federal Catarinense, Câmpus Videira, são inseridos na prática docente dos Anos Iniciais. Oportunizando aos estudantes uma forma de conhecimento ainda mais aprofundado sobre as práticas no ambiente escolar, vivenciando aprendizados fundamentais na formação do profissional docente e integrando e fortalecendo a associação teoria e prática.

2. PRIMEIROS PASSOS DO ESTÁGIO: RECONHECENDO A ESCOLA

Com o intuito de promover uma maior compreensão dos processos que envolvem a comunidade escolar e, especialmente, a sala de aula escolhida para a aplicação do estágio, realizou-se a observação desta equipe, incorporando teoria e prática, conceitos estudados durante a formação acadêmica. Esta observação realizou-se em uma escola da rede estadual do município de Videira, durante doze horas, divididas entre os dias 03 a 07 de março de 2017, em uma turma de quinto ano, do período matutino, que conta com 27 alunos, entre 10 a 12 anos, e uma professora com formação em Pedagogia.

A Escola de Educação Básica Padre Bruno Pokolm situa-se na Rua Ernesto Lazarotto, número 112, Bairro Vila Verde, no município de Videira Santa Catarina. Essa escola é mantida pelo Governo do Estado de Santa Catarina, e administrada pela 9º GERED (Gerencia Regional de Educação).

O bairro Vila Verde foi formado em 1983 após uma enchente que ocorreu no município, atingindo em especial a população ribeirinha, as margens do Rio do Peixe. A Companhia de Habitação do Estado de Santa Catarina (COAB/SC), na intenção de solucionar o problema adquiriu um terreno onde foram instaladas 136 barracas cedidas pelo exército, originando assim o nome “Vila Verde”. Assim que instalados, começaram a ser construídas casas simples para os desabrigados, essas habitações foram sorteadas entre a comunidade.

Inicialmente, no local estava instalada a “Escola Isolada do Campo Experimental”, passando, em 1985 a ser chamada “Grupo Escolar Padre Bruno Pokolm”; e, em abril de 1986 foi transformada em “Escola Básica Padre Bruno Pokolm”. A Escola está localizada em um bairro de periferia residencial de classe popular,