Escola e Curriculo

A palavra currículo veio a ser usada em 1682, com sentido de cursinho: em 1824 também ganhou o sentido de curso de aperfeiçoamento ou de estudos universitários. Só no século xx a expressão curriculum passou a ser usada no contexto americano; ele tem a função de preparar um cidadão consciente que domina um conjunto de conhecimentos fundamentais para sua formação social e profissional. Ao defini-lo depara-se com complicadores sociais, políticos, históricos, administrativos e etc. A teoria moderna do currículo tem cada vez mais gerado uma sobrecarga curricular ao sugerir estabelecer novos conteúdos necessários à formação dos alunos. Torna-se preciso, que a escola inclua em seu escopo curricular noções sobre higiene pessoal, educação sexual, educação para o trânsito, educação ambiental, consumo de drogas etc. No entanto, a escola já sente dificuldades para prover suficientemente uma formação baseada nos conteúdos tradicionais, dificuldade essa que se amplia quando ela assume o compromisso de prover os alunos com novos saberes. A necessidade de dar conta de todas as áreas do saber é uma preocupação da escola na medida em que se não consegue estabelecer um núcleo básico de conhecimento e de cultura para todos. O currículo determina a todos os alunos que alcancem níveis que somente um número pequeno de alunos pode atingir, ou seja, a distribuição da cultura e do conhecimento não ocorre de forma homogênea na população. Assim a cultura de um currículo obrigatório e comum para todos não é justa e adequada no sentido de oferecer oportunidades iguais e desiguais. No currículo tradicional, princípio de seleção foi dirigido à cultura da classe média e alta, o que tem causado o fracasso dos alunos das classes menos favorecidas. Em outras palavras currículo quer dizer “a vida da escola”, incluindo todos os movimentos no convívio escolar, ou seja, as experiências e vivências que ocorrem dentro de um ambiente educativo formal, e significa caminho, jornada, trajetória, percurso a seguir que são constantemente realimentadas, reorientadas, reestruturadas, pela atividade e pela cena curricular, o ambiente, o contexto, as finalidades, além de ser cultura, politica, é poder, é prática e teoria. Enfim, currículo é uma construção complexa. O currículo é a forma de alcançar o conhecimento, é uma pratica social e cultural, e muitas vezes institucional, pois une os subsistemas e práticas diversas em atividades de ensino. Entretanto esses pontos de vista não têm auxiliado a reduzir o efeito da tendência de ampliar os conteúdos no ensino, em detrimento de um currículo que pretende ser socializador. As instituições educacionais têm dificuldades para assimilar mudanças no currículo, pois precisa fazer mudanças em sua estrutura, ela também não utiliza o potencial que as novas tecnologias podem representar no currículo como agente cultural fazendo com que os alunos possam usufruir de metodologias diferenciadas que facilitem a aprendizagem. Há o currículo prescrito que é determinado pelas políticas educacionais ou curriculares estabelecidas pelos governos. Conhecidos como parâmetros, são estabelecidos de forma hierárquica, ou seja, do poder central para as escolas que precisam selecionar e ordenar os conteúdos que devem constituir o currículo do sistema oficial da educação de uma comunidade, de uma escola, estabelecendo as relações de poder e

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