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Fundamentos e metodologia do ensino de Ciências Humanas II

Por:   •  8/5/2018  •  Artigo  •  1.372 Palavras (6 Páginas)  •  544 Visualizações

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Universidade Federal de Goiás

Faculdade de Educação

Curso de Pedagogia

Disciplina: Fundamentos e metodologia do ensino de Ciências Humanas II

Professora: Miriam Bianca

Acadêmica: Jaqueline Antonia da Costa

4º período – Turma B

Avaliação parcial

QUESTÃO 1 – O ensino das Ciências Humanas ainda é marcado pelas comemorações e festas de cunho cívico patriótico. Identifique essas comemorações, levante a história da inserção dessas comemorações no cotidiano das escolas e suas intenções político pedagógicas, ao longo da história da educação brasileira e do ensino das Ciências Humanas. Posicione-se sobre a pertinência ou não, da permanência dessas atividades e conteúdos na escola brasileira.

Durante todo o ano, diversas datas cívicas compõem o calendário de festividades do Brasil. No geral, são ocasiões ou temáticas comemoradas em todo o território nacional, que tiveram um impacto na História do país ou que são reconhecidos como parte do conjunto de valores nacionais. O Dia da Proclamação da República ou da Bandeira são alguns exemplos. Algumas festas cívicas são consideradas feriados, como Dia da Independência ou Tiradentes. Outras datas são uma maneira de reconhecer determinados temas sociais, nacionais ou internacionais, como assuntos relevantes para o país. É o caso do Dia da Consciência Negra ou do Dia Internacional da Mulher. Há ainda as datas em que determinados grupos sociais ou profissionais são homenageados, como o Dia das Mães, dos Pais ou do Professor. É comum o caráter comercial de uma festa se destacar, como no Dia da Criança ou dos Namorados. As festas cívicas são a ocasião para se conhecer, recordar e reafirmar os valores essenciais da nação, os momentos fundamentais da História brasileira, além de relembrar os personagens que marcaram a trajetória do país.

Datas de festas cívicas no Brasil

  • Dia da Confraternização Universal

1 janeiro

  • Dia da Mulher

8 março

  • Dia do Índio

19 abril

  • Dia de Tiradentes

21 abril

  • Dia do Descobrimento do Brasil

22 de Abril

  • Dia Mundial do Trabalho

 1 maio

  • Dia das Mães

 Segundo domingo do mês de maio

  • Dia da Abolição da Escravatura

13 maio

  • Imigração Japonesa

 18 junho

  • Aniversário da Revolução Constitucionalista de 32

9 julho

  • Dia dos Pais - Domingo de agosto

Segundo domingo de agosto

  • Independência do Brasil

7 setembro

  • Dia da Árvore

21 setembro

  • Dia da Criança

12 outubro

  • Dia do Professor

15 outubro

  • Proclamação da República

15 novembro

  • Dia da Bandeira

19 novembro

  • Dia da Consciência Negra

20 novembro

Bittencourt em seu texto “As tradições nacionais e o ritual das festas cívicas”  trata do campo de Ensino de História hoje buscando a compreensão de como o indivíduo se identifica com sua sociedade, a partir do viés da Educação, ou seja, preocupam-se com os mecanismos criados para a manutenção dessa memória social dentro da instituição escolar. Bittencourt  traz esse tema comemorações cívicas como sendo uma forma de perceber as relações traçadas entre o Estado e a sociedade. Além da aula de História, a nacionalidade e os conteúdos necessários ganham espaços diferenciados, como as outras disciplinas escolares e atividades extracurriculares como os desfiles e as festas cívicas. Considerando-se o estabelecimento de um sistema de ensino primário público e do regime republicano, as festas, entre outras coisas, acabaram constituindo um modo de construir e difundir referências e símbolos nacionais não só entre os estudantes e professores como também na sociedade de modo geral, integrando, assim, a memória coletiva nacional.

Em determinado momento da História da Educação brasileira as comemorações exploravam o caráter constituinte e fundante da memória do passado próximo e rompiam a rotina, embora também existisse um programa a ser seguido, planejado antes. Festas, celebrações e rituais estruturam a percepção e o comportamento, formam, moldam, atribuem um significado aos eventos e controlam a memória coletiva. Além disso, o calendário escolar, ao selecionar datas a serem festejadas, homens a serem considerados ‘heróis’, ou vilões indica o que deve ser lembrado e, consequentemente produz alguns esquecimento os.

Esses heróis que foram criados juntamente com alguns mitos precisavam ser cultivados, era necessário provocar emoções para que as crianças se recordassem de determinado fato e aderissem a eles com paixão. Era necessário também fazer com que o povo amasse a pátria, seus heróis, comemorassem a era republicana: hinos, hasteamento da bandeira, pavilhão escolar,etc. Até hoje a inserção  dessas comemorações no cotidiano da escola se dão pelo mesmo motivo. Há escolas ainda que se inspiram na pedagogia formulada pelos militares aquela que idolatra os símbolos nacionais e que trazem para sua rotina acadêmica o culto a bandeira acompanhado do hino nacional. A permanecia das comemorações cívicas no cotidiano da escola se da devido a escola, como grupo social e coletivo que é, ter se tornado um lugar de memória, de confronto de idéias, de multiculturalismo, de representações identitárias. E a pertinência desse civismo nos permite afirmar que a cultura escolar produzida no Brasil ditatorial ainda está presente, mesmo com rupturas, no currículo das escolas e isso produz alguns conflitos à escola brasileira na atualidade.

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