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O Aprender Brincando

Por:   •  23/3/2021  •  Trabalho acadêmico  •  2.389 Palavras (10 Páginas)  •  100 Visualizações

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APRENDER BRINCANDO

Ludicidade na Educação Infantil

Acadêmico Beatriz Marques de Souza

Professora Fernanda Ribeiro

Centro Universitário Leonardo da Vinci-UNIASSELVI

Curso Licenciatura em Pedagogia Ped 1914 – Metodologia do Ensino da Arte

06/07/2019

RESUMO

 O brincar é tão antigo quanto a própria existência humana, os primeiros homens já o usavam como forma de comunicação. O brincar lúdico é um ato de prazer e fantasia que auxilia nas funções físicas, psíquicas e intelectuais. O mesmo desenvolve a criticidade, a autonomia e desperta a curiosidade, Paulo Freire diz: “sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino”. É durante o brincar lúdico que a criança expressa suas angustias, anseios, medos, dúvidas, representa conceitos e emoções. É na brincadeira de faz de conta que imita o adulto, é através da brincadeira que ela reflete, organiza, desorganiza, constrói, desconstrói e reconstrói o seu mundinho, desta forma cria novas estratégias e sem perceber passa de uma etapa para outra do seu desenvolvimento. O brincar na infância é de suma importância para o desenvolvimento pleno das crianças.

Palavras-Chave: Brincar, Ludicidade, Desenvolvimento

  1. INTRODUÇÃO

A intenção de trabalhar com a ludicidade é educar e ensinar de forma divertida, descontraída e interagindo com os outros, Luckesi (2014) afirma que a atividade lúdica é aquela que propicia a pessoa que a vive, uma sensação de liberdade, um estado de plenitude e de entrega total para essa vivência. É papel da educação formar pessoas críticas capazes de construir novos conhecimentos não aceitando apenas o que está sendo ofertado passivamente. Este artigo busca esclarecer as seguintes temáticas: Como, onde e quando a ludicidade surgiu? Qual é a importância do lúdico na educação infantil? O que o brincar lúdico desenvolve? Qual o papel do professor frente a ludicidade? E Como a ludicidade pode auxiliar na prática educativa do professor?

O brincar faz parte do nosso cotidiano ele nos acompanha nas mais diversas atividades do dia a dia, é fundamental para o crescimento e desenvolvimento da criança, para o processo de humanização, para a constituição da subjetividade e o processo de socialização. Assim foi surgindo a preocupação por entender o brincar e as atividades lúdicas. Isto significa que conseguimos, por meio do brincar, do jogar e das experiências lúdicas, criar as condições para que cada um desenvolva tudo aquilo que o levará ao que pode vir a ser o espírito brincante e curioso que sempre deve estar presente em qualquer atividade de ensino-aprendizagem.

Uma das coisas que caracteriza o brincar é o mistério que permeia este fazer, tanto na pessoa que observa alguém brincando quanto no próprio brincante. Há, também, uma magia no ato de brincar, esta magia está presente desde o início até o fim da experiência lúdica. Aprender é um risco, saber e conhecer coisas novas colocam em risco aquilo que temos por verdadeiro. Aprender sobre o brincar supõe poder vencer obstáculos, conseguir entrar nesse mundo de mistério e magia, é, fundamentalmente, aceitar percorrer sendas nem sempre demarcadas, aceitar perder-se para poder reencontrar-se, é permitir-se viver essa magia, entrar no mistério para deixar acontecer as metamorfoses que por meio do brincar podemos provocar, nos outros e em nós mesmos.

  1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 O BRINCAR COMO DIREITO

 De acordo com a história e o significado da comemoração, cada país escolhe uma data para lembrar de suas crianças. Ao mesmo tempo, o Fundo das Nações Unidas para a infância (UNICEF) escolheu o dia 20 de novembro para comemorar o dia das crianças. A escolha dessa data se deu porque nesse mesmo dia, no ano de 1959, o UNICEF oficializou a Declaração dos Direitos da Criança. Nesse documento, se estabeleceu uma série de direitos válidos a todas as crianças do mundo como alimentação, amor, educação. No caso brasileiro, a tentativa de se padronizar uma data para as crianças aconteceu algumas décadas antes. Em 1923 quando a cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil, sediou o 3ºCongresso sul americano. A data surgiu por força de lei criada em 1924, a partir de uma proposta do Deputado Galdino do Valle Filho e oficializada pelo então presidente Arthur Bernardes, que o governou o Brasil entre 1922 e 1926, entretanto, a data passou despercebida, a situação mudou a partir de 1960, quando a empresa Johnson & Johnson e a fábrica de brinquedos Estrela se associaram para lançar a promoção “Semana do Bebê Robusto”, aproveitando a comemoração já existente para alavancar a venda de produtos para crianças, a iniciativa foi um sucesso. Outros varejistas aproveitaram a ação rebatizada nos anos seguintes de “Semana da Criança”, que se tornou uma das principais datas comerciais do calendário brasileiro. “A data virou tradição porque conseguiu tocar as pessoas. O presente dado às crianças passou a ser um símbolo desta estima”, explica Dalton Viesti, administrador e consultor em marketing o dia 12, porém não e uma data universal. O Dia das Crianças é comemorado em mais de cem países em momentos variados. O mais próximo de uma data “mundial” e o Dia Universal da Criança, celebrado em 20 de novembro. A partir dos fatos citados a cima, deu-se maior atenção as maneiras de brincar, como, onde, quando, para que e porque, desta forma as empresas e comércios se importaram em criar brinquedos específicos com regras, quantidade de participante e objetivos para o jogo.

Na Educação Infantil é que começa a formação social do indivíduo. Conforme o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (1998, p. 28);

As brincadeiras de faz de conta, jogos de construção e aqueles que possuem regras, como os jogos de sociedade (também chamados de jogos de tabuleiro), jogos tradicionais, didáticos, corporais etc. propiciam a ampliação dos conhecimentos infantis por meio da atividade lúdica. É o adulto, na figura do professor, portanto, que, na instituição Infantil, ajuda a estruturar o campo das brincadeiras na vida das crianças. Consequentemente é ele que organiza sua base estrutural, por meio da oferta de determinados objetos, fantasias, brinquedos e jogos, da delimitação e arranjo dos espaços e do tempo para brincar. Por meio das brincadeiras os professores podem observar e constituir uma visão dos processos de desenvolvimento das crianças em conjunto e de cada uma em particular, registrando suas capacidades de uso das linguagens, assim como de suas capacidades sociais e dos recursos afetivos e emocionais de que dispõem.

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