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RESENHA CRITICA

Por:   •  9/5/2018  •  Resenha  •  2.356 Palavras (10 Páginas)  •  203 Visualizações

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RESENHA CRITICA

Refletir sobre educação é fazer um mergulho em algumas obras importantes que nos levem a entender melhor como as teorias criticas e tradicionais vão se compondo no âmbito da educação. Por isso tudo começa com uma leitura do texto de Henry Hiroux que faz uma abordagem sobre a teoria educacional critica, e a linguagem e analise critica. O pensamento de Giroux nos leva a compreender que a dominação e a opressão são produzidos dentro dos diversos mecanismos de escolarização. Para esse teórico a educação tradicional de maneira geral recusa-se a interrogar a natureza política do ensino público, fazendo apenas o papel de reprodutora e legitimadora das ideologias capitalistas. No mundo tradicional as escolas são apenas locais da instrução, a ela é negado o seu espaço político e cultural. Assim, acaba por se consolidar como poderoso instrumento para grupos que governam.

Nesse cenário se encaixa os professores, qualquer pensamento que nos leve a reformular a o papel dos educadores deve ser pensado a partir da lógica de como encarar o processo de escolarização. A escola enquanto lugares públicos aos qual os alunos vão para aprenderem conhecimentos e habilidades necessários para viver numa democrática.  Como linguagem política a escola são instituições que fornecem as condições ideológicas e materiais para que se faça uma educação cidadã.  Uma educação onde a cultura da sociedade dominante é aprendida e gravada na mente dos alunos, de tal maneira que os mesmos perdem a criticidade. A escola prepara os alunos não só para ingressar no mercado de trabalho, mas para se conformarem com sua situação diante das classes dominantes, com isso a escola funciona perfeitamente como agente de controle social. Esse modelo de educação é viciante, ao qual a escola para Giroux consegue romper quando ajuda o aluno a desenvolver todo o seu potencial critico e ele passa a entender toda a sua importância no processo democrático .

Dessa maneira a educação para Giroux  se constitui o instrumento necessário para que ele se liberte e exerça de maneira critica a sua cidadania. Dessa maneira a educação tem um papel social enorme, pois ela se colocará como agente de transformação social, onde a partir dos saberes adquiridos o estudante, adquire poder que lhe confere fazer as mudanças importantes para a modificação da sociedade.

Para ele a escola e o currículo podem se constituir locais onde os alunos podem exercer suas habilidades democráticas para discussão e participação, isso se deve ao fato de ser o currículo local onde ao mesmo tempo em que se produz se cria significados sociais.

Nesse âmbito alguns valores se fazem olhar dentro da perspectiva teórica de Giroux que são a base do seu pensamento e das suas idéias que são liberdade, . Pelo seu pensamento o autor é visto e entendido como um autor que se enquadra dentro da perspectiva critica. Isso porque ele se guia pela paixão e pelos seus valores para defender uma educação que ajudem os alunos a tomarem consciência de sua liberdade e busquem desenvolvê-la, abrindo seus olhos para que esses venham a reconhecer as tendências autoritárias existentes na educação e na sociedade, e mostrar a conexão existente entre conhecimento e poder e por final ter uma habilidade para agir de forma a tomar atitudes que sejam construtivas.

Nesse contexto, o professor tem um papel importante como intelectual e também enquanto profissional que atua na educação, papel de abrir os olhos dos alunos para olhar a sociedade e a própria escola como um espaço de acolhida, de abrid os alhos retirando todas as vendas e adquirindo um senso critico e reflexivo diante da realidade sabendo separar o joio do trigo.

A educação ela vive uma corda bamba, ou melhor vive num estado de constante tensão entre o que realiza pela educação, as vezes contra até seus ideais e pensamentos, e o que realiza na educação.

Assim como a sociedade esta em constante mudança também o educador tem se modificado ao longo dos texto, buscando se adequar a um novo modelo de escola e de educação. Um modelo mais antenado com o mundo, onde a tecnologia se faz presente dentro e fora da sala de aula, onde o currículo deve sempre ser enriquecido com os conhecimentos que os alunos já trazem de casa. Ao mesmo tempo essa escola do mundo globalizado, e de alunos que por vezes não demonstram o menor interesse pela mesmo, fica sempre a dúvida se existe ainda no interior da mesma espaço para reinvenção da função intelectual docente? Se pensar que a função intelectual docente nunca abandonou o professor, pois ela se encontra na sua essência. Onde as teorias embasam sua prática e que sem ela ele ficaria despido, vai sempre haver espaço para que esse professor carregado de conhecimentos possa exercer sua função intelectual. Mas não naquela perspectiva das teorias tradicionais, mas numa visa onde o mesmo se coloca como mediador de todo o processo educativo. Onde ele não é apenas um mero transmissor de informações, mas ele através de estratégias diversas facilita a aquisição dos conhecimentos despertando o interesse e a motivação dos alunos;

Teoria e prática devem dialogar sempre, sem esse diálogo a educação se perde e não existe uma avanço real para os alunos. Mas cada teórico ligado a educação aborda esse relação entre teoria e  práxis sob vertentes diferentes.  Para Gramsci a filosofia da práxis consiste numa atitude critica de superação da antiga forma de pensar, tendo como elemento importante o pensamento concreto que existe. O que se busca é superar o senso comum elevando dessa maneira a cultura geral dos indivíduos. A práxis para ele é uma unidade dialética entre teoria e prática.  Para Michel Spple  é a práxis que implica a reação e ação do homem sobre o mundo. Para Sacristan a teoria e a práxis vem de um momento histórico que conjuga interesses e intenções diversos.  Para Freire a práxis é a consolidação do pensar e do agir durante o aprendizado. Todos os pensamentos desses teóricos se convergem para a idéia de que a práxis é muito importante para a formação do individuo, e que sem ela o mesmo se encontra incompleto para atuar na sociedade e no mundo.

A prática educativa é parte integrante da dinâmica das relações sociais, das formas de organização social e assim suas finalidades e processos são determinados por interesses antagônicos das classes sociais.  Essa prática é construída a partir de um currículo, ou melhor, o currículo é construído em cima desta prática educativa.

De acordo com Sacristán:

A prática a que se refere o currículo, no entanto é uma realidade, prévia muito bem estabelecida através de comportamentos didáticos, políticos, administrativos, econômicos, etc., através dos quais se encobrem muitos pressupostos, teorias parciais, esquemas de racionalidade, crenças e valores etc., que condicionam a teorização sobre o currículo (SACRISTÂN,2000, p.13)

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