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Relatório de estágio em educação básica

Por:   •  13/2/2020  •  Relatório de pesquisa  •  2.009 Palavras (9 Páginas)  •  813 Visualizações

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO

  1. 201405095581
  1. Luís André Sabatini de Lima
  1. UMEF Diretora Zdméa Camargo

Edereço: Rua Adalgisa Barcellos de Almeida S/N, Santos Dumont, Vila Velha-Es.

Telefone: (27) 3319-1858

  1. Metodologia e fundamentação teórica

A proposta deste estágio é apoiar as professoras com no ensino dos alunos com dificuldades no aprendizado contando com o auxílio do pedagógico, onde se trabalhará os conteúdos de leitura, interpretação e produção de texto, ortografia das palavras, adição e subtração voltadas para a resolução de problemas. A prioridade deste trabalho de apoio serão às turmas de 3º anos, contudo para um maior aproveitamento, haverá um tempo com cada turma do 1º ao 5º anos.

Vigotski (2007) entende que a apropriação da escrita não é algo apenas mecânico e externo, trata-se de um processo de desenvolvimento de funções psicológicas complexas que contribuem para o desenvolvimento cultural da criança. Assim, buscaremos compreender o desenvolvimento do simbolismo nas crianças para compreender a apropriação da escrita pela criança. Levando em consideração que o maior desafio para estas crianças com dificuldade na aprendizagem está na apropriação da leitura e da escrita de forma funcional.

  1. Observação prática:

Foram dias de grande aprendizado tanto em relação às crianças quanto em relação às professoras. Concluí este estágio conhecendo e entendendo melhor o coração das crianças e valorizando ainda mais o papel e a importância desses profissionais, neste caso dessas profissionais, que são vocacionadas e amam ensinar aquelas vidas tão pequenas e tão promissoras. Aprendi com elas que ensinar na educação infantil e fundamental é olhar além daquilo que a criança nos apresenta, é enxergar além das atitudes e ver o coração da criança. E quando isso acontece nada nos impede de tentar fazer com que esta criança deseje e busque com todas as suas forças o conhecimento, porque a verdade liberta e conhecimento torna os sonhos em realidades.

O foco deste estágio foram as turmas de 3º anos, contudo pude vivenciar a prática do ensino em todas as turmas do vespertino da UMEF Diretora Zdméa Camargo, ou seja, as turmas do 1º ao 5º anos.

Aprendi um pouquinho com cada professora e com cada criança. Ri, chorei, me emocionei, me irritei e me indignei, tudo junto e misturado. Foi uma viagem inesquecível junto às professoras e as crianças.

Aprendi a dominar uma classe de mais de 20 crianças por 4 (quatro) horas seguidas sem perder o controle das minhas emoções. Aprendi a repetir o mesmo assunto várias vezes até que a criança tenha aprendido e apreendido o conteúdo. Aprendi várias formas criativas de ensinar o mesmo conteúdo – haja imaginação – estas professoras estão de parabéns pela criatividade e empenho, e não posso deixar de fora o amor com que elas passam o conhecimento e aprendem com cada criança.

Aprendi a perceber que quando uma criança diz que não quer fazer a tarefa, na verdade ela está dizendo que tem vergonha de dizer que não sabe.

Aprendi que quando uma criança reclama de dor na cabeça ou na barriga, não é manha para não participar da aula, mas é o seu estômago vazio nos sinalizando que ela não comeu nada antes de ir para escola e que problema dela é fome.

Aprendi que não podemos desistir de nenhuma delas no processo ensino-aprendizagem por causa da dificuldade dela em aprender, porque muitos já desistiram delas e nós (professores) somos a sua última esperança de investimento em seu potencial.

Aprendi que uma sala desorganizada também está organizada e faz parte do currículo oculto.

Aprendi que sempre continuarei aprendendo e que estes pequeninos têm muito a nos ensinar.

Aprendi a ser paciente, a ouvir mais e falar menos e refletir muito antes formar um julgamento quanto a capacidade e vontade de aprender de cada criança.

Percebi quão preciosa é a vocação do educador e o quanto ela precisa ser valorizada pelo governo e pela sociedade.

Percebi que muitos problemas no aprendizado, que a dificuldade de algumas crianças em aprender, não estão nelas, mas na família que, ou  é ausente, ou não existe, ou não se importa com o ensino da criança.

Percebi o esforço, muitas vezes inútil, das professoras, pedagogas e direção em aproximar as famílias da escola e fazê-las entenderem a importância da participação delas no sucesso do aprendizado de suas crianças.

Creio que o maior problema enfrentado pela escola, é exatamente a ausência da família no processo educacional das crianças e para minimizar este problema é necessário um maior envolvimento dos governos federais, estaduais e municipais junto a escola realizando projetos que tragam a família da criança para dentro da escola de forma que a família se torne protagonista na história educacional da criança. Se faz necessário e urgente um trabalho conjunto de conscientização da importância da família neste processo através de cursos e palestras com profissionais da área da educação, saúde, segurança e ciências e tecnologia para que a família entenda todos os riscos que rondam as crianças bem como conhecer o potencial delas e assim poderem projetar juntamente com elas um futuro saudável e de sucesso. Sem a participação da família no processo educacional fica muito difícil para as professoras transformarem uma pedra bruta num lindo e valioso diamante.  

  1. Análise dos materiais de suporte:

A estrutura da UMEF Diretora Zdméa Camargo, só não é excelente pela falta de uma quadra de esportes ( está aguardando reforma há alguns anos) e pela falta de um auditório para palestras, apresentações artísticas e outros eventos educativos, o que acaba limitando o que a escola poderia oferecer aos alunos e às famílias. Tirando este detalhe, é uma escola que tenho prazer em ter matriculado meu filho. É uma escola limpa organizada e bem cuidada com uma equipe educacional e funcionários competentes e que fazem seu trabalho com alegria e orgulho.

O maior e melhor material de suporte empregado pelas professoras foi a criatividade de cada uma, pois se tratando de uma escola pública onde a maioria dos alunos não têm recursos para a aquisição de materiais para os trabalhos, elas precisavam fazer uso de materiais recicláveis de fácil acesso para todas as crianças, como garrafas pets, papelão, jornais, revistas, rolinhos do papel higiênico, embalagens de todos os tipos tamanhos, cores, formas e texturas. Além dos recicláveis elas fizeram um excelente uso do ábaco.

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