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Relatório do Filme: O Nome da Rosa

Por:   •  1/5/2017  •  Relatório de pesquisa  •  2.255 Palavras (10 Páginas)  •  525 Visualizações

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Centro Universitário Claretiano

Acadêmico: Venâncio José da Conceição

Disciplina: Atividades Acadêmico-científico-culturais

Professor / Tutor a Distância: Eliana Do Pilar Rocha

Relatório do filme: O Nome da Rosa  

Umberto Eco

        Este filme, O Nome da Rosa, é uma adaptação do livro Il nome della rosa, do escritor italiano Umberto Eco, obra publicada em 1980, e o filme teve a sua estreia em 1986.

        No filme, o período é baixa Idade Média entre os Séculos XV e XVI, momento muito antagônico na história da civilização ocidental.

       Nessa época, a Europa passava por uma série de transformações iniciadas no Renascimento, os pensamentos dominantes da época, baseadas nos ensinamentos de Santo Agostinho estavam sendo derrubados e a crescente ascensão mercantilista demandavam mais conhecimentos para poder se expandir.

       Os valores presentes nessa época, baseavam-se nos ensinamentos cristãos. Tudo o que era científico deveria primeiro ser analisado pelos guardiões da fé católica, para só então poder ser ensinado.

        As bibliotecas existentes estavam todas em domínio da Igreja, os livros tidos como proibidos eram elevados ao índex e impedidos de ser ensinados e os que continham alguma informação útil a fé cristã eram reescritos ou reeditados pelos monges palimpsestos, encarregados dessas tarefas.

       Todo esse cuidado se dava, devido ao fato de a Igreja ter se tornado a instituição mais poderosa da época, e os pensamentos clássicos greco-romanos, chamados de aristotélicos, contradiziam totalmente esse tipo de poder. Poder que dependia muito da limitação intelectual do indivíduo, necessitava de um pensamento voltado exclusivamente ao teocentrismo e pregava a abnegação dos valores humanos diante da vontade divina. Nessa época, conhecimento era poder, e os ensinamentos aristotélicos eram muito perigosos para serem negligenciados, portanto, as autoridades eclesiásticas estavam dispostas a fazer qualquer coisa para manter esses conhecimentos no mais absoluto sigilo.

       É por isso, que esse momento histórico é chamado de Idade das Trevas.

       A história do filme se passa no ano de 1327, quando o monge da ordem franciscana William de Baskerville, um ex inquisitor, considerado um sábio pelos franciscanos e uma ameaça de mente aberta pelos outros, e seu ajudante, o noviço Adso von Melk chegam em uma abadia beneditina muito remota do Norte da Itália, e que estava em vésperas de realizar um conclave. Esse evento seria realizado para discutirem sobre os votos de pobreza dos membros do clérigo, e que em virtude disso, se parte das riquezas da Igreja deveria ser dividida.

        Ao chegar nesse mosteiro, William percebe, pelo revoar dos corvos no cemitério, que um dos seus monges havia morrido a poucos dias, mas, que os demais membros da ordem local preferiam manter o fato em sigilo. Tratava-se de um monge palimpsesto, que seu corpo foi encontrado em uma ribanceira abaixo da janela de uma torre.

         Certo que, os que sabiam do ocorrido, ou omitiam, ou atribuíam a forças malignas essa morte. Mas William não acredita nas versões contadas, começa a investigar o caso, algo que incomoda muitas pessoas pois até então a única autoridade investigativa da Igreja era a Santa Inquisição. Willian supõe que a morte tenha decorrido de um suicídio.

         Convém ressaltar, que nessa mesma abadia existia uma imensa biblioteca em forma de labirinto, repleta de livros de todo tipo e origem, entre elas, diversas obras greco-romanas. Essa biblioteca era uma das maiores e mais antigas de toda Europa Medieval, e por essa razão, era protegida com o mais estrito cuidado. E um outro fato paralelo, é que nesse período, havia também um conflito interno dentro da Igreja, motivada por razões ideológicas que colocava em lados opostos os Franciscano e demais ordens religiosas, principalmente no que diz respeito ao voto de pobreza.

        Durante as orações que contava com a presença de vários membros do mosteiro, a morte trágica de um outro monge palimpsesto chama a atenção. Desta vez de um tradutor grego erudito especializado em Aristóteles de nove Venâncio, ao que se supõem homossexual.  Seu corpo foi encontrado em um barril de sangue de porcos. Desta vez, conclui Willian, não deve ter sido suicídio e resolve investigar também.

         Esse ocorrido provoca uma histeria coletiva nos monges presentes, que o atribuem, novamente, a forças do mal.

         Ao analisar o corpo desse monge, Willian percebe que a ponta dos seus estavam queimados, e que os rascunhos das obras em que ele trabalhava tinha cheiro semelhante ao de limão.

         Mas, as investigações e descobertas de Willian incomodava muito o Monge Jorge de Burgos.      

         Apesar da cegueira total, Jorge era um membro respeitadíssimo da abadia, responsável pela coordenação das obras de tradução dos livros, mas que achava que as deduções empíricas de Willian era uma afronta aos preceitos da fé.

         No desenrolar da trama, o filme denuncia várias farsas pregadas pela Igreja, por exemplo: O apego aos bens materiais, a manipulação do pensamento medieval e a presença de prostitutas nos mosteiros que se vendiam aos monges em troca de comida.

       Com o tempo, diversos acontecimentos chamam a atenção. Entre elas, a presença incomum de um monge corcunda e excêntrico chamado Salvatore, o mesmo falava misturando palavras de diversos idiomas, inclusive o latim, o que dificulta muito a comunicação, se escondia em uma torre e caça gatos à noite no cemitério para comer.

       Acontece então a terceira morte, era a do monge Berenger, ajudante bibliotecário, tido, também como homossexual, que no dia anterior levara consigo para o aposento o livro de trabalho do falecido tradutor. Seu corpo foi encontrado em uma banheira com água de cheiro perfumada com folhas de frutas cítricas, algo que ele costuma fazer ao se banhar. Porém, o livro que ele pegara havia sido levado.  

       Ao examinar o seu corpo, Willian descobre uma relação comum entre as mortes: manchas de queimaduras nos dedos e também na língua de ambas as vítimas.

       Diante das evidencias e em posse dos relatos de alguns testemunhos, Willian formula uma tese: os monges Venâncio e Berenger tinham um caso homo afetivo, inclusive se banhavam juntos e ambos cheiram a folhas cítricas. Venâncio escrevia seus recados a Berenger nos rodapés dos livros que usava. Por isso Berenger levou consigo o livro, para esconder as mensagens contidos no rodapé do livro.

       Venâncio morreu de causa desconhecida na biblioteca, mais Berenger achando ser um suicídio motivada por remorsos da relação proibida, carrega o seu corpo o coloca no barril de sangues e leva o livro qual Venâncio traduzia para seus aposentos. Ao se banhar, Berenger sofre o mesmo mal súbito e morre também.

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