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Resenha Bandeirantes Pioneiros

Por:   •  3/5/2017  •  Resenha  •  3.808 Palavras (16 Páginas)  •  756 Visualizações

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Bandeirantes e Pioneiros

INTRODUÇÃO

A grande questão do livro é o contraste entre dois distintos países: Estados Unidos e o Brasil. Uma fator crucial no desenvolvimento do livro é o fato que o primeiro sendo considerado o pioneiro, e um país de liberdade bem mais nova e de menores áreas continentais consegue superar o Brasil, que é obra do bandeirante, com relação ao progresso e o desenvolvimento.

O livro é desenvolvido através de quatro capítulos( Raça e geografia; Ética e economia; Conquista e colonização; imagem e símbolo; fé e império, sinais do tempos), tentando justificar e até mesmo descobrir o predomínio do progresso americano  sob o brasileiro, que razões e causas fizeram esse desenvolvimento acontecer de forma tão rápida e tão intensa?

Desenvolvimento

Raça e Geografia

Uma explicação que perdurou por muito tempo sobre a preponderância do progresso dos Estados Unidos em relação ao Brasil foi a possível superioridade da raça norte-americana.

O povo anglo-saxônico que povoaram os Estados Unidos não se misturou com índios e negros, assim como fizeram os portugueses, dessa maneira, manteria a raça “pura”. E esta justificativa era tão forte pelo discurso que não era contestada por nada, e nem precisava de comprovações. Para autores como Gobineau, somente a raça branca pura entendia e podia realizar o progresso.

E várias foram as explicações justificando o atraso brasileiro ocasionado por aptidões inferiores devida raça, visto que o mestiço não teria desejo de ambição não existia nessa raça. Autores como o Cox reforçam o coro do racismo e incentivam a segregação racial, mas aos poucos por não ter sustentação teóricas passam a ser questionados e são fracassados.

Orografia

Outra explicação que surgiu para justificar o progresso foi a questão geográfica, visto que os Estados Unidos é plano, formado por planícies enquanto que o Brasil é montanhoso, e  repleto de superfícies montanhosas.

A situação do relevo brasileiro seria um obstáculo para penetração do homem. Dessa forma, a penetração das terras americanas foi infinitamente melhor e mais fácil do que a brasileira.

Com relação à hidrografia, os rios dos EUA são de fácil navegação com portos de alta qualidade, sendo considerada a melhor hidrografia do mundo, e em destaque esta rio Mississipi, um rio de umidade nacional. Já no Brasil, não há rios que facilitem a irrigação e a agricultura, o rio São Francisco bastante irregular dificultando a navegação.

 Outra vantagem dos Estados Unidos é o clima, com estações bem definidas. Condições climáticas parecidas com as dos imigrantes. O clima brasileiro muitas vezes era considerado uma ameaça à saúde. E o clima passa a ser um fator determinante ou não do desenvolvimento da cultura e do progresso.

Pero Vaz ao descrever as terras recém- descobertas elogia e enfatiza que nela tudo dá, objetivando agradar o rei, insinuando presença de pedras preciosas, mas posteriormente não se encontrou nada disso, e ai veio a decepção e desestimulo ao povoamento. E muitos foram os enganos sobre a aparência das terras brasileiras vistas primeiramente como ricas e abundantes, mas que com tempo via-se que era pobre.

O técnico Ford foi um desses otimistas, que acreditou na salvação dos problemas da borracha  a cultivando em terras amazônicas, e foi muito bem recebidos em terras brasileiras, bem como todas as concessões foram dadas.  E as matas foram desmatadas e exploradas, apareceram casas, hospitais, cafetarias, desenvolvendo uma nova cidade.

E cada vez mais a Fordlândia crescia, os caboclos melhoram sua condições de vida, e demonstravam mansidão e meiguice. No entanto, há uma reviravolta e estes se organizam num motim, e começam um quebra-quebra. E isso tudo devida uma cultura que lhe foi imposta diferente da dele, eles não queriam mais espinafre, pela lei fordiana eles não podiam beber cachaça, uma bebida tipicamente inerente a sua cultura, e não foi só alimentação, foi a moradia e tudo que não correspondia aos seus padrões.

Os coronéis também estavam insatisfeitos, pois a cultura fordiana aumentou e muito o salário, e também os judeus, ingleses e negativistas tinham uma visão pessimista desse capitalismo.

Logo depois, se perdeu milhares de seringueiras, devido sol intenso e falta de planejamento do plantio e do cultivo(para cá trouxeram técnicas de climas temperados totalmente diferentes do tropical). Ford pedia mais concessões de terras, o Brasil concedia... Nada adiantou, e fracasso teve seu ápice com a saída abrupta e inesperada de Ford das terras amazônicas.

Com todos esses questionamentos, percebe-se que o Brasil sim é grande vencedor em poder ter conquistado a civilização, apesar de obstáculos climáticos, hidrográficos e de solo pobre. Tudo isso devida inexistência discriminação racial dos brasileiros.

Outro fato interessante é que os americanos que aqui vieram logo após a Guerra da Secessão não queriam viver de acordo os antigos escravos e resolvem repovoar, elaboraram incialmente um relatório.

Quando vieram foram bem acolhidos, havendo um grande êxito e iniciou um enorme processo migratório e também um empreendimento extraordinário. Enriqueceram com a criação de fábricas, ânimos progressistas e competência técnica.

Os sulistas aqui vinham achando encontrar segregação entre brancos e negros, não havia racismo, e não encontraram mão-de-obra barato quanto eles imaginaram.

Em suma, esse capítulo sugere que não há superioridade entre raças, não há uma superior ou inferior, todos os seres humanos são iguais fisiologicamente, não havendo em nenhuma ciência antropológica, psicológica ou sociológica uma relação entre raça e habilidades e conhecimento.

Ética e Economia

Logo após a justificativa da discrepância entre os Estados Unidos e o Brasil, iniciam as explicações nas estruturas econômicas e as técnicas de produção.  Dessa forma, a diferença entre ambos se daria exclusivamente pelo fator econômico.

E os marxistas entram agora para justificar que tudo e o produto de grande comércio dos americanos foi o carvão. Lá construíram a maquina a vapor, visto que no início da era industrial, o carvão era de grande valia. Se estabelece uma regra onde não há carvão, não há progresso.

E as verdades eram estabelecidas e comprovadas na religião, nas verdades reveladas. Até mesmo a propriedade privada era justificada pela doutrina como necessária, embora acreditava-se que o ideal é que se desse apoio ao pobre.

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