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Resenha Bibliográfica

Por:   •  13/5/2018  •  Resenha  •  967 Palavras (4 Páginas)  •  771 Visualizações

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Resenha bibliográfica

Obra: BAPTISTA, Isabel (2005): Dar rosto ao futuro. A educação como compromisso ético. Porto, Profedições.

Na obra “Dar rosto o futuro” a autora faz uma reflexão critica sobre a educação em Portugal, fazendo referência aos valores que esta tem (ou deveria ter) como base para o seu desenvolvimento. Ao longo da obra, a autora discute o papel da profissionalidade de docente através da ética e/ ou deontologia, levando os profissionais desta área a refletir os pros e os contras da sua ética docente.  

Ao longo da obra, podemos constatar que a autora salienta o papel e as ações dos profissionais da educação, mais concretamente, o comportamento destes em pleno seculo XXI.

Perante o primeiro capítulo, foi possível verificar que a autora encaminha para a distinção entre Etica, moral e deontologia, usando assim uma linha de pensamentos dos autores contemporâneos, Paul Ricoeur e Emmanuel Lévinas, onde defende a ética como uma reflexão sobre os princípios e valores, “a ética com a reflexão sobre princípios que devem nortear a ação humana” (P.22) que se articula com a moral “com a explicitação de máximas de conduta e a definição de regras consideradas adequadas, de acordo, com os princípios que tivermos em referencia.” (P.22), demonstrando assim a parceria entre a ética e a moral. Relativamente à deontologia, a autora considera “uma moral estritamente profissional”, “um conjunto de deveres, de compromissos morais, assumidos por um grupo de pessoas no exercício de uma determinada atividade profissional” (Pp.24), ou seja, é uma parte fundamental de qualquer identidade profissional.  Posto isto, a autora vai referindo como deve o docente agir, abordar a questão de ética profissional dos docentes, perante os alunos.

 No segundo capitulo deste texto, a meu ver, a autora faz referência à autonomia pessoal e à identificação da comunidade, sendo estas feitas através de um compromisso ético, ou seja, referencia a importância do balanço entre o passado, presente e o futuro. Um bom profissional da educação tem como tarefa, fazer uso do passado, de forma a poder melhorar ou modificar e assim poder nutrir o presente. É visível que a autora também nos alerta para o facto da importância que tem, o docente pensar e agir não só de forma pessoal mas tendo em conta toda a comunidade, ou seja, atuar como participante e moderador, tendo em conta as normas, regras, civismo, entre outras, da vida em comum, fazendo assim a ligação entre a racionalidade e a sensibilidade, não olhando o mundo apenas pelos seus próprios olhos, como se estivesse sozinho, mas pensar e agir em conjunto, quer com alunos, quer com o corpo docente quer seja com a restante comunidade, de forma a “dar rosto ao futuro”.

No terceiro capítulo, a autora aborda a educação como “desafio ético”, querendo assim chamara a atenção de que cada um é responsável pelo seu próprio crescimento e desenvolvimento, dizendo que a obtenção dessa humanidade só é possível quando “forem superadas as desigualdades no acesso à educação” (p.60). Neste caso estamos perante uma distinção entre pedagogia escolar e pedagogia social. Neste capitulo, a autora perspetiva a escola como um campo de saberes paralelo a outros saberes, ou seja fazer a ligação entre a educação, as ciências da educação, as tecnologia, etc, isto porque a educação pretende-se dinâmica, inclusiva, quer seja na sala de aula com meios interativos, quer seja com as famílias e escola, de modo a alcançar-se uma “verdadeira comunidade educativa”, (p.69).

Refente ao quarto capitulo deste texto, um dos pontos de interesse deste capitulo a ser falado é o “dever da antecedência”, ou seja, a autora refere que o docente é a chave principal para abrir as portas das possibilidades, é o responsável por organizar, promover e incentivar, isto para favorecer o seu desenvolvimento pessoal, mas também, porque está perante um papel de ajudar os seu alunos, transmitir-lhes valores. O segundo ponto de interesse deste capítulo, remete-nos para “o dever da autoridade”, ou seja, a autoridade, a autonomia, a intenção e influência. O professor deve ter em conta o equilíbrio necessário entre a sua relação pessoal e profissional / aluno, ou seja, deve ter em conta a sua proximidade com os alunos a nível social, contudo, este deve recorrer à sua autoridade como profissional da educação, claro que sempre com coerência, recorrendo ao diálogo. Este equilíbrio entre o afetivo e o pedagógico é fundamentalmente ético. A autora defende a ideia de ética como sabedoria de ação, contribuindo para que a escola seja uma entidade sabedora e “aprendente”, (p.100), refletindo sobre o passado, presente e futuro.

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