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Resenha de Libras

Por:   •  26/8/2016  •  Resenha  •  994 Palavras (4 Páginas)  •  1.406 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA

ANDRÉA LARISSA SILVA BARROS

RESENHA CRÍTICA

REFERÊNCIA[pic 1]

Dorziat Ana. Educação de surdos no ensino regular: inclusão ou segregação? Disponível em: < http://coralx.ufsm.br/revce/ceesp/2004/02/a8.htm > Acesso em: 10 de julho de 2016.

Ana Dorziat, autora do presente artigo possui graduação em Pedagogia pela UFPB. Fez mestrado em Educação Especial na UFSCar, doutorado em Educação (UFSCar) e pós-doutorado (UL/Portugal). É professora Titular da Universidade Federal da Paraíba, Centro de Educação, Campus I, João Pessoa, onde desenvolve atividades de ensino, pesquisa e extensão, com ênfase nos temas: Inclusão, Educação de Surdos e Estudos Culturais.

O objetivo desta obra é oferecer um novo olhar para a inclusão de alunos surdos em escolas de ensino regular, procurando avançar as discussões mais técnicas presentes nas políticas públicas que permeiam o tema.

Segundo a autora, houve um grande crescimento da discussão sobre a necessidade de pessoas deficientes no ensino regular, seja pelo público de especialistas, seja pela própria comunidade. Apesar das políticas públicas tomarem a frente e se apoiarem em um discurso de solidariedade, a superação dos mecanismos que geram a exclusão ainda não foi efetivada. O que na verdade acontece dentro do sistema escolar são resultados maquiados com o discurso de respeito as diferenças individuais e culturais.

Em critica a esse panorama, onde ao mesmo tempo em que se defende um discurso humanizado se destitui do direito a participação social em iguais condições, a autora afirma que mesmo com a teoria de políticas públicas de inclusão a mudança na prática, pouco ou quase nada tenha ocorrido, pois de fato a inclusão não tem sido real.

Considerando a inclusão de alunos surdos, o que se deve ser levado em conta é a língua de sinais. Porém o que ocorre é uma limitação desse uso vinculado apenas ao professor intérprete. Devido a este fator que limita o uso da língua de sinais para um aluno surdo dentro de uma escola regular, se tem como consequência o distanciamento do desenvolvimento social, humano e dificulta a ampliação dos conhecimentos didáticos e metodológicos dos conteúdos trabalhados em sala de aula. O que se entende por inclusão nesta obra é “levar em contatos diferentes modos de vida que vão desde as condições materiais até aa formas de organização presentes em cada grupo” (p.01).

Para se trabalhar a inclusão de surdos, a autora aponta três critérios: a interação através da língua de sinais, a valorização de conteúdos escolares e a relação conteúdo-cultura surda.

No primeiro critério a autora aponta a língua de sinais como sendo o aspecto mais importante para a formação cultural dos surdos e defende que a entrada de crianças surdas em escolas de surdos é um fator primordial, tendo em vista que a maioria convive entre familiares ouvintes e a interação entre alunos que utilizam a mesma língua facilita o desenvolvimento da mesma. As escolas específicas para surdos trazem exatamente isso, o desenvolvimento da língua de sinais por meio da interação natural e fluente entre todos os envolvidos, além de tornar viável o trabalho com conteúdos curriculares nesse espaço de ensino.

No segundo critério sobre a valorização de conteúdos escolares, considerando que a construção individual das pessoas esteja vinculada às exigências impostas pela sociedade, o papel da escola no processo de construção dos surdos como unidade representativa, se torna relevante diante da estrutura social maior.

Entre diversas interpretações sobre o papel social da escola existem as que se colocam em um papel menos determinista, deixando-a de ser mera reprodutora para ser vista como meio de transformação. Para isto, a autora retoma a discussão sobre a democratização do ensino por meio de importantes posicionamento de autores renomados como, Apple, Althusser, Weber e Saviani sobre o currículo. Diante dessas concepções apresentadas, para a autora, é preciso instituir um discurso contra hegemônico que estimule a democratização do ensino. A autora ainda aponta como forma de colocar o indivíduo em primeiro lugar, um ensino com conteúdos voltados a participação ativa e transformadora do indivíduo dentro da sociedade.

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