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SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Por:   •  13/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.106 Palavras (17 Páginas)  •  251 Visualizações

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OS DESAFIOS DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NAS

SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Maria Regiane Souza da Silva¹

Francisca Maria Pontes Bernardino Sousa²

RESUMO

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¹ Concluinte do Curso de Pedagogia.  E-mail: @hotmail.com

² Graduado em Pedagogia  pela UNAMA - Universidade da Amazônia. Especialista em Psicopedagogia pela UNAMA - Universidade da Amazônia   E-mail: pontes.fabiana@hotmail.com.br

Introdução

Este trabalho buscou refletir sobre a avaliação da aprendizagem no contexto escolar,  confrontando-se com as concepções avaliativas dos professores da escola investigada. Durante muito tempo a avaliação foi caracterizada como um  processo de seleção, o que presumia a inclusão de alguns e a exclusão de outros. E atualmente qual a característica da avaliação da aprendizagem? Seu processo ainda consiste em selecionar ou visa à aprendizagem concreta do aluno?

Concebemos a avaliação da aprendizagem, como mecanismo de formar o indivíduo, respeitando suas diferenças e individualidade. O ato de avaliar não deve ocorrer somente no momento da prova, para atribuir uma nota ao possível conhecimento adquirido  pelo aluno, deve ser contínuo, ocorrendo de forma processual e não em momentos estanques, que priorizam o medir e o testar.

Através deste estudo enfatizamos a importância do professor avaliar de forma contínua, de  avaliar o processo, não somente  a  aprendizagem de conteúdos para a realização de uma prova. Como vemos em Hoffmann (2003, p.22):

As notas e provas funcionam como redes de segurança em termos de controle exercido pelos professores sobre seus alunos, da escola e dos pais sobre os professores, do sistema sobre suas escolas. Controle esse que parece não garantir o ensino de qualidade que pretendemos, pois as estatísticas são cruéis em relação à realidade das nossas escolas.

Como educador, o professor para avaliar o seu aluno priorizando a avaliação formativa, deve rever seu trabalho, organizando sua ação, de forma que o plano de aula esteja articulado ao plano de curso. Segundo Méndez (2003, p.21)

A avaliação é uma vitrine em que se exibem muitas das contradições existentes na educação. Envolve dilemas práticos diante dos quais os educadores têm de tomar posição como única garantia de um agir consciente e comprometido que leva á busca de respostas.

Estas reflexões se fazem necessárias para que o professor tome consciência de como o seu papel é essencial para a expansão e a utilização da avaliação como um processo que auxilie o aluno na construção do conhecimento e possibilite ao professor agir face aos resultados, replanejando dessa forma, o seu trabalho.

Fazer uma análise sobre as concepções avaliativas que são utilizadas pelos professores  em sua prática educativa, vem contribuir para instigar uma prática avaliativa focada na aprendizagem e não na verificação e classificação dos alunos.

Nos dias de hoje a avaliação  continua sendo o centro das discussões na área educacional, dessa forma, elaboramos o seguinte problema de pesquisa: A avaliação da aprendizagem na realidade investigada, está voltada para o medir e testar, ou é concebida em uma perspectiva formativa?

Para responder este problema buscamos refletir sobre a importância do ato avaliativo em sala de aula, na perspectiva qualitativa e não quantitativa, pois, ainda hoje no cotidiano, muitos professores a utilizam para ter um domínio sobre os alunos  ou como punição, para os que não apresentam um comportamento considerado adequado.

Desenvolvimento

A avaliação é um processo contínuo de pesquisa que visa interpretar os conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças esperadas no comportamento em função dos objetivos, a fim de que haja condições de decidir sobre alternativas do planejamento do trabalho, do professor e da escola como um todo (PILLETI, 1991,p.190).

Durante muito tempo, a avaliação da aprendizagem escolar esteve pautada na seleção e na classificação de alunos. O “erro” foi considerado como determinante da incapacidade do aluno frente a determinados conhecimentos e comportamentos, não sendo analisado como parte  integrante do processo de aprendizagem.

Não são recentes, porém, as teorias que incluem o erro como parte fundamental deste processo, uma vez que, ao analisarmos a falha do educando em determinada etapa do desenvolvimento escolar é possível detectar e localizar as causas que o levaram a errar, sendo  que estas podem ser de natureza didático pedagógicas, físicas, emocionais, culturais ou ambientais.

Dentro de uma perspectiva sócio interacionista, a observação do “erro” tanto quanto do “acerto” em um conjunto de ações específicas, servem como diagnóstico para compreensão da zona de desenvolvimento real e proximal do educando. Embora a passagem de um nível para o outro seja rápida e dinâmica, o erro ou as hipóteses levantadas pelos alunos em testes ou atividades propostas, podem ser interpretados de uma maneira que favoreça a  aprendizagem (ROSA, 2009). Desta forma, é preciso que o avaliador, no caso, o professor, tenha um bom entendimento de que modalidade de avaliação se adéqua à perspectiva pedagógica adotada tanto pelo professor, quanto pela instituição de ensino.

Historicamente uma característica predominante no cotidiano escolar entre os professores no que se refere à avaliação, é a classificação dos alunos em bons ou maus, acreditando-se que a avaliação é, muitas vezes, a punição para os alunos tidos como “maus” e prêmio para os “bons”. Dessa forma, a avaliação da aprendizagem tem sido associada à execução de provas bimestrais, que tem como objetivo apenas medir o conhecimento adquirido pelo aluno em um tempo determinado, os resultados das provas tornam-se mais relevantes do que a aprendizagem concreta do mesmo. Luckesi (2002) pontua que historicamente a avaliação sempre esteve associada  à pedagogia do exame. Professores quando questionados sobre o que é avaliar, recorrem a respostas como: fazer provas, trabalhos, comportamento, etc. Estas respostas muitas vezes, são ligadas a instrumentos de avaliação e não ao ato de avaliar o aluno como um pressuposto à melhoria da qualidade da aprendizagem.

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