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SÉRIES INICIAIS: METAS E DESAFIOS DA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Por:   •  6/4/2022  •  Artigo  •  4.647 Palavras (19 Páginas)  •  101 Visualizações

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SÉRIES INICIAIS: METAS E DESAFIOS DA

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Raiane Gomes de Oliveira

        

Orientador(a): Profª Maralisa Travassos Haickel de Oliveira Alves

Valparaíso –GO

2018

        

SÉRIES INICIAIS: METAS E DESAFIOS DA

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Raiane Gomes de Oliveira

Curso de Complementação Pedagógica

Orientador(a): Profª Maralisa Travassos Haickel de Oliveira Alves

RESUMO

Este artigo tem por objetivo apresentar e discutir concepções acerca da alfabetização e do letramento, bem como seus principais objetivos e desafios nas séries iniciais. Para isso, precisamos entender um pouco mais sobre a história da escrita, que nasceu através da necessidade de as pessoas se comunicarem, para poder viver em sociedade. Em meados da década de 20, o termo alfabetização passou a ser usado para se referir ao ensino inicial da leitura e da escrita. Com o passar dos anos, começaram a ser realizadas algumas pesquisas a respeito do desenvolvimento da alfabetização, pois se fazia necessária para o aprimoramento e entendimento de qualquer diálogo. Aproximadamente na década de 80, através desses estudos, foi observado um grande número de pessoas “alfabetizadas”, porém consideradas analfabetas funcionais, que podem ser pessoas que decodificam os signos linguísticos, mas não conseguem compreender o que de fato estão lendo. Com o passar dos anos e o aperfeiçoamento dos estudos, nasceu o termo letramento, que é a capacidade que o indivíduo tem de ler, escrever e saber como usar esses seus conhecimentos adquiridos em situações reais do dia a dia.

Palavras-chave: Alfabetização. Letramento. Séries iniciais.

ABSTRACT

This article aims to present and discuss conceptions about literacy and literacy, as well as its main objectives and challenges in the initial grades. For this, we need to understand a little more about the history of writing, which was born through the need for people to communicate, to be able to live in society. In the mid-1920s, the term literacy began to be used to refer to the initial teaching of reading and writing. Over the years, some research on the development of literacy began to take place, as it was necessary for the improvement and understanding of any dialogue. Around the 1980s, through these studies, a large number of "literate" people were observed, but considered to be functional illiterates, who may be people who decode the linguistic signs but can not understand what they are actually reading. With the passing of the years and the improvement of the studies, the term literacy was born, which is the individual's ability to read, write and know how to use their acquired knowledge in real situations of everyday life.

Keywords: Literacy. Literature. Initial series.

  1. INTRODUÇÃO

Não existe um tempo certo para apresentar a leitura e a escrita à criança, desde que não seja algo exagerado ou forçado, pois apresentar não é o mesmo que alfabetizar de maneira precoce, fazendo apenas com que ela se familiarize com o mundo das letras. Cabe ressaltar que: “ aprendizado e desenvolvimento estão inter-relacionados desde o primeiro dia de vida da criança" (VIGOTSKI, 2007, p.95).

A maioria das crianças conseguem reconhecer algumas letras entre os 2 e 3 anos de idade, aproximadamente entre os 4 e 5 anos já conseguem identificar a escrita. Uma maneira de facilitar essa aprendizagem é utilizando materiais que ajudem na parte visual das crianças, como por exemplo, livros coloridos com desenhos e imagens, bloquinhos ou tapetes com letras.

Uma importante ideia salientada por Mello (2005), “que aprender a escrever não depende apenas da vontade do educador, mas é preciso que faça sentido para a criança, porque esse aprendizado só acontece se for realmente necessário”.

Uma forma interessante para apresentar esse mundo letrado às crianças é através da ludicidade, tornando esse conhecimento recreativo. Assim já podemos dar o primeiro passo para a alfabetização.

O desenho e o faz de conta são fundamentais para o desenvolver da linguagem escrita. Nesse sentido, Oliveira (2011, p.237) enfatiza que: “A criança, com a ajuda do desenho e do faz de conta, vai tornando mais elaborado o modo como utiliza as diversas formas de representação da escrita”. A representação simbólica – faz de conta e desenho – é uma etapa anterior e uma forma de linguagem que leva à linguagem escrita, sendo, portanto, uma estratégia que leva da forma inicial até às formas superiores da linguagem escrita.

Vale salientar que é dever do professor garantir  uma relação didática entre ensino e aprendizagem, por meio do processo de interação e de diálogo, ampliando as formas das crianças serem e estarem neste mundo, e ter em mente a formação individual da personalidade do aluno.

Nessa direção, o primeiro passo é entender como o aluno aprende, ou seja, como se desenvolve. Para isso, precisamos compreender que a pessoa se desenvolve em três dimensões: no aspecto emocional, intelectual e no aspecto físico.

Observamos que todos esses aspectos estão relacionados entre si, ou seja, um depende do outro. Como exemplo, a criança, que repete o ano, vai se tornando tímida ou agressiva, com poucos amigos. O seu complexo de inferioridade declina-se e sua autoestima se eleva. Porém, se não for descoberta a causa do problema, a tendência é de a criança regredir (BOCK, FURTADO, TEIXEIRA, 1999).

O aspecto emocional, que também pode ser chamado de afetivo, tem relação com a maneira de a pessoa agregar suas experiências e organizar seus sentimentos, ou seja, o modo como lida com ele mesmo em relação ao que vive. Exemplo: o medo da criança em relação ao comentário de sua professora no desempenho de uma atividade, a alegria de receber um presente.

O aspecto intelectual está relacionado à capacidade de pensamento e raciocínio, ou seja, capacidade de achar soluções para os problemas que se apresentam no dia a dia e a criança vai se desenvolvendo e amadurecendo aos poucos. Exemplo: A criança que usa um banquinho para alcançar um pacote de bolachas dentro do armário percebeu que sua altura não era suficiente para apanhá-las, planejou sua ação por meio do uso de uma ferramenta – o banquinho – e conseguiu realizar a ação.

Já o aspecto físico-motor, tem relação com o crescimento orgânico da criança, com o desenvolvimento físico, no qual a criança nasce com uma determinada capacidade para aprender. Exemplo: a criança que consegue procurar um brinquedo debaixo da cama por já conseguir coordenar os movimentos das pernas, pés, tronco, braços e mãos.

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