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Talento e Superdotação Resenha

Por:   •  16/3/2016  •  Resenha  •  1.580 Palavras (7 Páginas)  •  315 Visualizações

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Talento e Superdotação: Capítulo 1

 1 -  Alto potencial e a alteração da estrutura cerebral:

    A presença de alunos superdotados nas salas de aula é cada vez mais contínua. Porém, devido às suas características peculiares, muitos deles têm passado despercebidos pelos professores.

    Mesmo quando se é desenvolvido um plano específico, direcionado a eles, sendo este de total estímulo, suas necessidades especiais não tem sido atendidas, o que pode colocar em risco o futuro deles.

     Por vezes, locais com baixos níveis de estímulos são ofertados a estes alunos, levando-os a se isolarem e permanecerem acomodados nos cantos, causando assim preocupação.

     Com base nesta avaliação, julga-se de grande importância, ofertar um local rico em estímulos e que favoreça o desenvolvimento pleno destes alunos.

1.1 - O cérebro e seus aspectos biológicos:

     A ciência tem estudado durante anos a estrutura cerebral a fim de compreender quem somos e também como se dá o desenvolvimento da inteligência humana em seus diferentes níveis.

     Para tanto, tornou-se necessária à familiarização com a estrutura básica do cérebro e suas funções espantosas e admiráveis.

     O cérebro é responsável por armazenar ações e também coordená-las de forma ampla (ou não). Sendo assim, é possível afirmar que: nenhum computador por mais veloz e eficiente que seja, conseguirá se igualar a esta fascinante parte da estrutura humana.

      Mesmo com toda a sua importância o cérebro é deliberadamente frágil, necessitando de cuidados relevantes, principalmente por necessitar de vinte por cento do sangue que é bombeado pelo coração. Por ser de extrema fragilidade, precisa ser nutrido e a falta de fluxo sanguíneo pode levar a perda de consciência, podendo estar comprometido também, pela falta de oxigênio, baixo nível de glicose no sangue e a presença de substâncias químicas.

      Assim como outras partes do corpo, o cérebro pode ser considerado como órgão duplo, possuindo dois hemisférios que estão unidos por um denso feixe de fibras, denominado – corpo doloso.

      O neurônio, parte integradora do cérebro é responsável por processar a informação, em um processo de receber e enviar milhões de sinais. Este é composto pelos dendritos e por um axônio.

      Os dendritos recebem os estímulos vindos das células nervosas e o axônio é o transmissor que enviará os sinais recebidos pelas ramificações dos dendritos. As sinapses, pontos de contatos dos neurônios, são consideradas como as mais prováveis armazenadoras de memória e da aprendizagem.

       Todavia, o neurônio não é o único tipo de célula cerebral, pois para atender a todas as atividades, faz-se necessária a presença de outras células chamadas neuroglia, que desempenham o fundamental papel de cercar, nutrir e sustentar os neurônios, isolar os axônios, regular a composição química do espaço extracelular e fazer a remoção dos neurônios mortos, além de reforçar a formação da bainha de mielina.

        A influência dos estímulos que o ambiente proporciona, é fator determinante na produção das células neurogliais, recebendo os estímulos corretos estas células tendem a aumentar, aumentando também, a mielinização.

         Este fator auxiliará no processo da informação recebida, levando-a a ser transmitida com maior velocidade. Estas duas características são encontradas em indivíduos superdotados com muita clareza.

1.2 - Influência do processo ensino-aprendizagem na alteração da estrutura cerebral:

         Os estímulos que o ambiente oferta, poderá aumentar ou diminuir em vinte e cinco por cento no aprendizado dos indivíduos. As informações são qualificadas segundo a força e velocidade que os estímulos proporcionam.                        

         Sendo assim, pode-se dizer que, se a metodologia utilizada favorecer o indivíduo, consequentemente fará também aumentar as ramificações dos dendritos, a complexidade das redes entre neurônios e alterar a quantidade de células gliais. Portanto, atividades desafiadoras de aprendizagem, possibilitarão o aumento progressivo das sinapses, alterando a estrutura cerebral devido à ampla oportunidade de exploração do conhecimento.

       

   

      Em uma pesquisa realizada em 1960 pela cientista Marian Diamond  com lâminas do cérebro de Albert Einstein, observou-se uma maior quantidade de células auxiliares da neuróglia do que deveria ocorrer normalmente em outros indivíduos.

      No ano de 1998, outra pesquisa publicada, também de Diamond, mostrou que as experiências vivenciadas em tenra idade, podem alterar a estrutura física do cérebro, principalmente as experiências intelectuais. Com base em seus estudos Diamond provou que o cérebro pode se aprimorar sempre que necessário.

      Recentemente a cientista deu uma entrevista onde mencionou a importância dos estímulos para o desenvolvimento socioemocional da criança. Não obstante, suas pesquisas vêm mostrando que indivíduos muito inteligentes ou superdotados são biologicamente diferentes dos demais.

     

1.3 – A organização do cérebro:

    O cérebro esta dividido em quatro sistemas maiores com diferenças radicais de estrutura e de química. Dois deles porém, não possuem rede de comunicação verbal.

    Na área interna do cérebro encontra-se o primeiro sistema - o sistema autônomo, ligado ao controle da vida vegetativa. O segundo sistema chamado sistema límbico ou mente emocional, este contribui diretamente e significativamente para o processo de aprendizagem.

    O terceiro sistema conhecido como neocórtex, utiliza a maior parte da massa cerebral, pois abriga os dois já citados. Ele também é responsável por realizar o processamento dos dados sensoriais, a tomada de decisões, o início e o controle das ações. Já o quarto sistema denominado córtex pré-frontal, é região mais desenvolvida e evoluída do neocórtex.

    Diante desta separação nos colocamos diante de quatro cérebros diferentes. No entanto, fica a cargo dos pais e dos educadores proporcionar oportunidades para o pleno e efetivo desenvolvimento deste cérebro.

1.4 – Os hemisférios do cérebro:

   Outro fator relevante para se compreender como se organiza a aprendizagem e o desenvolvimento da inteligência é entender os hemisférios do cérebro. Conhecendo-os, fica clara a necessidade de se ofertar diferentes experiências educacionais.

    Roger Sperry cita em suas pesquisas, que mesmo diferentes, suas funções não são exclusivas, mas cada hemisfério pode ser considerado como especialistas em suas funções.

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