Trabalho Interdisciplinar Apresentado ao Curso Pedagogia – Licenciatura

Licenciatura em pedagogia

sheron rodrigues martins

produção de texto individual

        

Agudo

2021

produção de texto individual

Trabalho interdisciplinar apresentado ao Curso Pedagogia – Licenciatura.

Agudo

2021

INTRODUÇÃO

Esse trabalho tem como objetivo promover a reflexão sobre a necessidade de o professor conhecer e efetivar teorias que valorizam a formação do pensamento crítico, a partir da participação ativa do aluno no contexto da sala de aula. Para isso, é preciso considerar que os indivíduos não nascem educadores, mas tornam-se na medida em que se educam, também no contato com o outro, sendo este um processo permanente de apropriação, mediação e transformação do conhecimento e construção da identidade docente.

DESENVOLVIMENTO

Avaliação da Aprendizagem

A avaliação do processo ensino-aprendizagem, apresenta dois tipos de concepções: classificatória e formativa.

A avaliação classificatória tem como função básica a classificação dos alunos, sendo realizada ao final de um curso ou unidade de ensino. Classificando os estudantes de acordo com os níveis de aproveitamento previamente estabelecidos. A autora Chueiri (2008), ressalta a avaliação para classificar o desempenho do aluno, como sendo uma das concepções mais tradicionais sobre o ato de avaliar e que esta mesma se faz presente nas escolas até hoje em dia.

Para Luckesi (2003), o conceito de avaliação, amparado na concepção tradicional de ensino, traz o avaliar com a função de prática de exames, em que, apenas verificam os resultados obtidos por meio de provas orais ou escritas, e que, por conseguinte, valorizam-se os aspectos cognitivos com a ênfase na memorização dos conteúdos. Logo, o ensino centraliza-se na figura do professor, ficando os alunos na posição de receptores passivos a receberem os saberes transmitidos pelo professor, sendo os conteúdos descontextualizados da realidade dos mesmos.

 A avaliação formativa é aquela que tem como função controlar, com o intuito de verificar se os estudantes estão alcançando os objetivos propostos anteriormente. Esta função da avaliação visa, basicamente, avaliar se o aluno domina gradativamente e hierarquicamente cada etapa da aprendizagem, antes de avançar para outra etapa subsequente de ensino-aprendizagem.

A avaliação formativa permite ao professor detectar e identificar deficiências na forma de ensinar, auxiliando na reformulação do seu trabalho didático, visando aperfeiçoá-lo (Cunha, 2014). Para que seja realizada com eficiência, ela deve ser planejada em função de todos os objetivos, deste modo o professor continuará seu trabalho ou irá direcionar de modo que a maioria dos alunos alcance plenamente todos os objetivos propostos.

Essas duas formas da avaliação devem ser utilizadas de forma integrada para se garantir a eficiência do sistema de avaliação e assim tendo como resultado final a excelência do processo ensino-aprendizagem. Por outro lado, é importante lembrar, que é necessário em todos os casos levar em conta a realidade administrativa da instituição como, por exemplo, o número de alunos, objetivos, conhecimento técnico do professor, materiais, etc.

História da Educação

Estudar a História da Educação é imprescindível para se tornar um bom educador, pois nos leva à reflexão sobre os diferentes métodos didáticos já utilizados e sua eficácia. Também leva os alunos a refletirem sobre o porquê de se estudar determinadas matérias e temas. Deve-se tem em mente que estudar história da educação é estudar também a história da humanidade. Só é possível compreender a educação e a Pedagogia relacionando-as com os fatores políticos, econômicos, culturais e sociais.

Segundo alguns historiadores, a educação sempre aconteceu ao longo do tempo, de uma forma espontânea e dinâmica. A interação com o mundo e com outros indivíduos sempre nos levou a algum tipo de aprendizado, observando um integrante mais velho da tribo caçar, observando os fenômenos da natureza, o comportamento religioso nos rituais, entre outros. Nos primórdios das civilizações as crianças começaram a frequentar a escola para aprender a ler, a contar histórias, escrever, entre outras coisas. Em algumas civilizações os pais das crianças eram responsáveis pela sua educação. Durante a idade média, os estudantes eram influenciados pelo pensamento conservador da época e a educação era desenvolvida de acordo com os rígidos dogmas da Igreja Católica (Aranha, 2006).

Após a reforma protestante e o renascimento, o conhecimento passa a ser organizado para ser transmitido pela escola através da figura de autoridade do professor, como figura detentora do saber e garantidor da ordem e da disciplina (Hilsdorf, 2003).

Esse modelo de educação se propagou pelo século XVIII até meados do século XIX, quando alguns pensadores começam a questioná-lo. Há, a partir daí, uma ressignificação da figura do aluno e, por consequência, da relação professor-aluno (Aranha, 2006).

Conhecer os fatos históricos que nos trouxeram ao modelo educacional que conhecemos hoje é importante, pois nos traz reflexões sobre nosso mundo, bem como nos leva a conhecer nossa trajetória como humanidade.

Currículo Escolar

O currículo escolar abrange as experiências de aprendizagens implementadas pelas instituições escolares e que deverão ser vivenciadas pelos estudantes. Nele estão contidos os conteúdos que deverão ser abordados no processo de ensino-aprendizagem e a metodologia utilizada para os diferentes níveis de ensino. Ele deve contribuir para construção da identidade dos alunos na medida em que ressalta a individualidade e o contexto social em que estão inseridos. Além de ensinar um determinado assunto, deve aguçar as potencialidades e a criticidade dos alunos.

Nessa perspectiva, a função da teoria curricular é compreender e descrever fenômenos da prática curricular. É através da teoria que teremos a compreensão do objeto e intenções de um determinado grupo social. Temos como teorias do currículo:

Teorias tradicionais: também chamadas de teorias técnicas, foram promovidas na primeira metade do século XX, sobretudo por John Franklin Bobbitt, que associava as disciplinas curriculares a uma questão puramente mecânica. Nessa perspectiva, o sistema educacional estaria conceitualmente atrelado ao sistema industrial. Têm como objetivo principal preparar para aquisição de habilidades intelectuais através de práticas de memorização. Esse tipo de currículo teve origem nos Estados Unidos e tem como base a tendência conservadora, baseada nos princípios de Taylor, esse que igualava o sistema educacional ao modelo organizacional e administrativo das empresas. Dessa forma, o currículo era visto como uma instrução mecânica em que se elaborava a listagem de assuntos impostos que deveriam ser ensinados pelo professor e memorizados (repetidos) pelos estudantes (Silva, 2009).