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A Psicologia do Desenvolvimento

Por:   •  11/3/2022  •  Resenha  •  542 Palavras (3 Páginas)  •  96 Visualizações

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Ao nascer, o bebê é um ser vulnerável e inapto de sobreviver por meio de seus próprios recursos, tudo a ele deve ser compensado e fornecido por uma mãe ou adulto cuidador, bem como, os cuidados de alimentação e higiene. Esse contato afetivo contínuo instituirá relações de apego que vêm garantir e favorecer seu desenvolvimento biopsicoafetivo. 

Os sentimentos maternos que criam esse clima emocional que chega ao bebê uma variedade de experiências vitais muito importantes por estarem interligadas, enriquecidas pelo afeto materno. Tais experiências são essenciais na infância, pois, nesse período, os afetos são de altíssima pertinência, maior do que em qualquer outro período posterior da vida, visto que, do ponto de vista psicológico, grande parte dos aparelhos sensórios, que ainda não amadureceu e perceptivos, como consequência, a atitude emocional da mãe serve para orientar os afetos para com o bebê e conferir qualidade de vida à sua experiência. A vivência de uma relação calorosa, íntima e contínua, mostra-se essencial à saúde mental do bebê.

Quando o bebê e/ou a criança é privada desse tipo de relação, sofre uma série de efeitos prejudiciais. A ausência parcial dos pais gera angústia, exagerada necessidade de amor, fortes sentimentos de vingança e, consequentemente, culpa e depressão. Eles por serem pequenos, não sabem lidar com as emoções, sua forma de reação a tais perturbações poderá resultar em distúrbios nervosos, em uma personalidade instável. A ausência quase que total, observada, por vezes, em instituições de abrigos, creches, aumenta a gravidade dos danos no desenvolvimento psicoativo, sendo que a ausência total, por sua vez, pode abalar a capacidade da criança de estabelecer relações futuras com outras pessoas.

Para as crianças e os bebês que são deixados para a adoção, à mudança do cuidador afeta o curso do seu desenvolvimento emocional, as alterações do familiar para o não familiar causam desconforto, sofrimento, atraso na orientação e na sua adaptação ao meio. Como consequências, no sentido de que as ligações emocionais se tornam cada vez mais superficiais e indiscriminadas. Elas tendem a crescer como pessoas que não têm ”calor” em seus contatos com seus semelhantes.

A maternagem, enquanto intervenção psicológica visa: a) suprir a carência de cuidados maternos dos bebês abandonados na maternidade, oferecendo-lhes uma figura constante e de referência; b) estabelecer um vínculo afetivo; c) intervir através da palavra, do afeto, e da disponibilidade do cuidador, contando ao bebê sua história de vida e tudo o que lhe está acontecendo, assim como lhe oferecer perspectivas positivas de futuro; d) acompanhar, ininterruptamente, o bebê desde seu nascimento, seja no próprio hospital ou na instituição de abrigo para a qual seja encaminhado, até a passagem, gradual, para os cuidados da mãe, no lar adotivo.

Desse modo, os bebês e crianças abandonados ou entregues para os cuidados institucionais contam apenas com o suporte social como fator de proteção para seu desenvolvimento. Esse suporte social vem da rede social de apoio incluindo recursos da comunidade. Para todas as demais crianças e bebês institucionalizados seria indispensável a disponibilidade de maior número de cuidadores que pudessem atender de forma constante e personalizada às suas necessidades físicas e emocionais. E, sobretudo, faz-se necessário acelerar os processos de adoção por parte dos órgãos competentes responsáveis para que bebês e crianças institucionalizadas integrem-se em uma família o mais precocemente possível.

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