A RELAÇÃO DAS ABORDAGENS DE PAVLOV, SKINNER, ROGERS E NEILL NAS ABORDAGENS TRADICIONAL, COMPORTAMENTAL E HUMANISTA COM O LIVRO “PINÓQUIO ÀS AVESSAS”

UNIVERSIDADE PAULISTA

CURSO DE PSICOLOGIA

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO:

TEORIAS DA APRENDIZAGEM (PDTA)

TRABALHO:

A RELAÇÃO DAS ABORDAGENS DE PAVLOV, SKINNER, ROGERS E NEILL NAS ABORDAGENS TRADICIONAL, COMPORTAMENTAL E HUMANISTA COM O

LIVRO “PINÓQUIO ÀS AVESSAS”

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo fazer uma análise entre o livro “Pinóquio às avessas”, escrito por Rubem Alves, e as Abordagens Tradicional, Humanista e Comportamental, bem como relacionando, também, com Pavlov, Skinner, Rogers e Neill.

Nosso objetivo é analisar cada uma destas abordagens e suas aplicações e influências na vida do personagem principal do livro, Felipe.

Sumário

Abordagem Tradicional1

Abordagem Comportamental2

Abordagem Humanista de Neill3

Abordagem Humanista de Carl Rogers5

Conclusão6

Bibliografia7

Abordagem Tradicional

Na abordagem tradicional, concebe-se o aluno como sendo uma tábula rasa, ou seja, como se fosse um papel em branco no qual as informações vão sendo inseridas,sendo que tais informações chegam do meio externo. O professor, nesta abordagem, é o detentor de todo o conhecimento, junto com outras instâncias tais como família, escola, igreja etc. É concebido como um adulto “pronto e inacabado” e o aluno como uma pessoa que necessita ser atualizada e informada. Não há diálogo entre aluno e professor, o aluno é o receptor.

Tal abordagem se relaciona ao livro “Pinóquio às avessas” pois podemos perceber que ao longo do livro o professor é sempre a instância máxima do ensino, pois para ele o aluno ainda é um “molde de um adulto” onde precisa ser lapidado e informado para se tornar um “profissional de sucesso”.

O protagonista do livro, Felipe, é submetido em sua escola,  aos modelos clássicos de ensino, ou seja, aqueles já pré-estabelecidos pela sociedade. Tal ensino é aplicado na sociedade na forma de diploma como objeto de hierarquização. Há uma visão individualista no processo educacional.

No livro pode-se aplicar a expressão proposta por Paulo Freire, onde falava que a educação era “bancária”, ou seja, “depositava” o conhecimento no aluno, onde este último era desprovido de seus próprios pensamentos. Felipe indagava o porquê de estar aprendendo aquilo, e a resposta era:  “ porque está no programa de ensino.”

No final do livro vemos que após sucumbir ao sistema tradicional de ensino, Felipe se torna aquilo tudo que a sociedade queria que se tornasse, mas também, acaba virando uma pessoa infeliz consigo mesmo. Tal desfecho se deve ao fato de que foi implementado em Felipe um sistema de ensino onde suas aptidões inatas foram anuladas.

Abordagem Comportamental de Skinner

     Felipe, antes de ingressar na escola, tinha uma grande curiosidade de como seria, em que o seu desejo de respostas para suas perguntas era elevado. No entanto, suas expectativas não foram as melhores, seus questionamentos se mantiveram sem esclarecimentos pelo fato dos mesmos serem “taxados” de inúteis para aquele momento. Era necessário aprender apenas o que a sociedade/governo concebesse como útil para aquele determinado estágio de aprendizagem.

      Sendo assim, o comportamentalismo se faz forte em grande parte desse livro, no qual o individuo precisaria se adaptar-se ao que a sociedade o implica. Mostrando que seus determinados comportamentos antes de ingressar na escola, não serão desejáveis. Segundo o pensamento “O homem é a conseqüência das influências ou forças existentes no meio ambiente”, Skinner, Burrhus Frederic. O comportamento operante é usado nessa situação. No qual é reforçado a ação do individuo, seja ela positiva: O aluno tirou uma boa nota em português e foi elogiado pelo comportamento esperado. Esse reforço usado pelo operante faz com que seja mantido nesse ato. Seja ela negativa: O aluno estava mantendo o seu comportamento desejável, quando dois colegas iniciaram uma conversa ao seu lado (estimulo aversivo) e então seu professor observando que isso iria prejudicar o aluno, retira esse estimulo, mantendo esse reforço. Usado também na forma de punição, seja ela por apresentação: O aluno não vai como esperado e acaba tirando notas vermelhas (abaixo da média), é comunicado em forma de boletim que o individuo não acompanha os objetivos esperado por aquela sociedade. Seja ela por retirada: É tirado o seu estimulo gratificante. No caso do aluno, perderá o seu tempo de lazer para poder se dedicar ao ensino que não tinha aprendido, para que não seja reprovado.

        Esse comportamento mostra que o individuo precisa se moldar para aquela determinada sociedade em questão. Sendo assim, Felipe precisou aprender coisas sem levar em conta aquilo que ele realmente gostava, mas sim o que estava na sua realidade.

Abordagem Humanista de Neill

          Summerhill,  era um internato onde convivem meninos e meninas de 5 a 16 anos. Foi fundada em 1921 com o intuito de fornecer liberdade às crianças para poderem crescer emocionalmente, e dando tempo para se desenvolverem naturalmente.  

          Neill, o educador progressista, fundou a Summerhill na idéia da escola se adaptar as crianças e não as crianças se adaptarem à escola, dando as crianças liberdade para se desenvolverem naturalmente em um ambiente de qualidade. Proibiu na escola, prêmios e castigos. Prêmios que vinham com uma boa nota e castigos que estavam ligados ao fracasso escolar. A escola em si, era a teoria humanista.

          Ao contrário da abordagem humanista a escola de Felipe não era totalmente  centrada ao aluno, podemos perceber isso quando o mesmo sofre um bloqueio da professora no momento em que pergunta sobre o nome do pássaro azul. Nesse momento Felipe sofre uma decepção, já que seus pais lhe diziam que seus professores iriam lhe responder todas suas duvidas.

          "O pai explicou:

          - É assim: você entra para a escola no primeiro ano. Lá vão lhe ensinar muitas coisas. Se você as aprender e tirar boas notas, passará para o segundo ano. No segundo ano, vão lhe ensinar muitas coisas. “Se você as aprender e tirar boas notas, passará para o terceiro ano...”

          Felipe achou que ao entrar na escola, tudo seria mais fácil e que ele poderia aprender sobre tudo o que tivesse em mente. Mas ele percebeu, que não era assim. Ele queria aprender sobre os pássaros e não podia, pois a professora de português só entendia de português, e não de pássaros.

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