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A SAÚDE MENTAL NA INFANCIA E ADOLESCÊNCIA

Por:   •  25/8/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.208 Palavras (5 Páginas)  •  305 Visualizações

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               UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

ABIGAIL VIRGÍNIA MIRANDA DE ALENCAR

SAÚDE MENTAL NA INFANCIA E ADOLESCÊNCIA

A saúde mental infantil na saúde pública brasileira :situação atual e desafios

        

                                             FICHAMENTO

O texto a saúde mental infantil na Saúde Pública brasileira: situação atual e desafios, publicado pela Revista Brasileira de Psiquiatria do ano de 2008;30(4):390-8, retrata como anda a atuação da política pública brasileira em relação a saúde mental infantil e juvenil, mostrando o quanto a mesma precisa de melhorias. É possível observar o caos existente na condição atual referente a saúde mental de crianças e jovens, pelo fato de que as políticas atuais de saúde mental estão na maioria das vezes direcionadas apenas ao atendimento da população adulta e as instituições ainda encontram-se despreparadas para receber esta demanda. Apesar dos projetos de ampliação dos centros de atenção psicossocial (CAPS) referentes ao público infantil e juvenil, as instituições ainda não foram totalmente implementadas para a população em geral, tornando a situação ainda mais delicada.

As questões relacionadas a atenção primaria à saúde mental na fase da infância e adolescência tem sido foco das discussões em saúde em todo o mundo, pois não trata-se de um problema presente apenas no Brasil. Várias conferencias e relatórios internacionais apontam que necessitam de investimentos na atenção primaria pois essa é a forma mais eficaz de produzir um sistema de saúde resolutivo (Buss, 2000).

Desde até o século XIX, a área da saúde mental infantil no Brasil, enquanto campo de intervenção, estudos e cuidados em relação a crianças e adolescentes, não tinha sido estruturada, neste período começou a surgir as primeiras teses em psicologia e em psiquiatria que se referiam ao assunto (Ribeiro, 2006).

Neste período as crianças consideradas normais eram institucionalizadas através das escolas e internatos. Já as crianças tidas como insanas, eram internadas nos manicômios dividindo espaço com os adultos, pois não havia estudos ou instituições especificas voltadas às crianças nesse período. Foi assim que iniciaram os estudos neste campo quando os estudiosos dos problemas infantis focaram suas investigações nas desordens evidentes buscando remediá-las, investindo no aperfeiçoamento da assistência pública em ambientes fechados, visando aos delinquentes, aos retardados e às crianças abandonadas e maltratadas (Sinibaldi, 2013).

Visto este processo histórico, podemos relaciona-lo com as questões apresentadas no texto, o qual, se refere a importância de promover uma melhor assistência para a saúde mental de crianças e jovens.

A importância da necessidade de promover melhorias para esta área, está ligada ao fato de que a maioria dos transtornos mentais podem ser identificados na infância, e com isso as chances de tratamento e intervenções quando o diagnóstico é feito nesta fase tem resultados mais significativos. A autora Sinibaldi, (2013) ressalta ainda que o período da infância é considerado muito determinante para qualquer indivíduo, pois tudo que acontece nessa fase torna-se futuramente um papel fundamental na vida adulta, pois é neste período que acontece o desenvolvimento físico, intelectual e emocional.

Dessa forma os autores Couto, et al. (2008) relatam que a inexistência de políticas de saúde mental infantil em quase todas as partes do mundo torna o desenvolvimento de políticas nacionais de saúde mental para infância e adolescência um empreendimento não apenas necessário, como urgente.

Sinibaldi, (2013) ressalta ainda que, as dificuldades de cuidado com as crianças e jovens também está relacionada ao fato decorrente dos processos históricos, que foram constituídos ao longo do tempo, dos quais não priorizavam este campo de atuação. Porém, as novas proposições buscam redimensionar as questões ligadas a saúde mental e sua relação com a sociedade por meio da criação e instalação de novos mecanismos de cuidado.

Atualmente existem ações direcionadas a melhorar os problemas assistenciais relacionados a saúde mental, que se refere a implantação de uma política especifica para a infância e adolescência integrada a política geral de saúde mental do SUS. O texto ressalta que a principal finalidade desta política é a construção de uma rede de cuidados capaz de responder com efetividade às necessidades de crianças e adolescentes. Neste panorama, incluem-se os Centros de Atenção Psicossocial Infanto-juvenis (CAPSi) que buscam prestar atendimento principalmente para as crianças e adolescentes em sofrimento psíquico intenso (BRASIL, 2004, 2011).

        A proposta de instalar os CAPSi surgiram em 2002, seguindo as mesmas demandas que regem as demais tipologias de CAPS. A questão é que poucas cidades estão aptas para receber este recurso, pois foram planejados para serem implementados em cidades com 200.000 habitantes ou mais, com intuito de atender os casos de maior gravidade conforme deliberação da III Conferência Nacional de Saúde Mental realizada em 2001. Desta forma, o problema em cidades pequenas continua, agravando ainda a situação dos demais CAPS, que sempre se apresentam com poucos recursos para atender uma demanda muito grande de pacientes.

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