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A ÉTICA PROFISSIONAL

Por:   •  22/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.989 Palavras (8 Páginas)  •  111 Visualizações

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INTRODUÇÃO

As leis foram constituídas para organizar as formas de agir e pensar das pessoas. Porém, as leis não são exatamente o que são, mas aquilo que os seres humanos deveriam ser. E este “deveriam ser” é normatizado como aquilo a ser seguido, aquilo que socialmente é aceito. A violação da lei traz o sentido do que é imoral e moral, certo e errado, etc.

Portanto, a ética funciona como um legislador da moral da pessoa, aquela que vai determinar o que é correto ou não para ela dentro de determinada sociedade. Ética significa “ethike” em grego que era utilizado para definir determinado tipo do saber, “ethike” originou-se do substantivo “éthos” e “êthos”, nos quais significava respectivamente o estudo da morada dos seres vivos e costume, estilo de vida e ação. O progresso da Ética como ciência trouxe a reflexão crítica do saber ético sobre os costumes e modos de ser (atuação) e como tal também estão presentes na psicologia individual, social ou de grupo.

A psicologia individual reflete o homem individual e explora como ele busca a satisfação dos seus impulsos instituais. Entretanto, há outros fatores envolvidos na mente: um objeto, um modelo, portanto, um outro. Seguindo esse raciocínio. O individuo se relaciona com os pais, irmãos, amigos, etc. na influência de um número escasso de pessoas.

A psicologia de grupo vai pensar num indivíduo influenciado por um número considerado de pessoas, deixando a "relação" para a psicologia individual. Assim, a psicologia social pensa no individuo participante de uma nação, raça, profissão, instituição ou um grupo de pessoas que foram ocasionalmente organizadas por objetivos em comum. Quando o ser humano é interrompido desta interligação desperta em sua mente o instinto social, no qual podemos observar sua constituição desde a infância influenciada pela família.

A psicologia de grupo está nos seus primórdios, porém já abrange um grande número de temas como: a formação de grupos, os fenômenos mentais, etc.

CAPÍTULO I

A DESCRIÇÃO DE LE BON DA MENTE GRUPAL

Freud definiu a mente grupal utilizando das teorias de vários autores, como de Le Bon, assim como também da psicologia (que se interessava pelas predisposições, os impulsos instintuais, os motivos e os fins de um indivíduo, suas ações e suas relações), e afirmando que mesmo se a Psicologia chegasse a resposta de todas essas indagações, ainda se depararia com o por que indivíduos sob uma certa condição, pensam, agem e sentem distintamente do esperado, seria por causa dessa junção de pessoas que o cercam e o fazem parte de um “grupo psicológico”.

Desta forma, deixa as seguintes questões: “O que é, então, um ‘grupo’? Como adquire ele a capacidade de exercer influência tão decisiva sobre a vida mental do indivíduo? E qual é a natureza da alteração mental que ele força no indivíduo?”

Le Bon atribuía ao grupo um “ser provisório”, formado por seres distintos, mas que quando grupo era parte de uma “mente coletiva”, pensando, agindo e sentindo de formas diferentes do que se estivessem isolados.

Para Freud era necessário se expor na unicidade do grupo, o elo que os uni, característica do mesmo. Ressaltando o inconsciente como preponderante na vida orgânica e nas operações da inteligência, citando que os atos conscientes são frutos do inconsciente, que são, sobretudo, influências hereditárias: “A maior parte de nossas ações cotidianas são resultados de motivos ocultos que fogem à nossa observação”.

Continuou dizendo que para Le Bon quando um indivíduo pertence a um grupo se torna homogêneo a ele, e não consegue sobressair suas qualidades, tendo um caráter médio, características diferentes do individuo isolado, busca, assim, três fatores: o primeiro, é o “poder invencível”, no qual se rende aos instintos (diferente do sozinho que se manteria em coerção) se num grupo irresponsável, o sentimento de responsabilidade se extingui; para Freud, é a repressão dos impulsos instintuais inconscientes, que aparentariam como mau qualquer atitude inovadora, pois seria diferente da “ansiedade social”, essência da consciência. O Segundo fator, é o contágio, incidi num fenômeno hipnótico, no qual o individuo num grupo sacrifica seus interesses pelo interesses coletivos, fato controvérsio a natureza humana, mas possível quando inserido no grupo. A terceira causa, são as “características especiais” do individuo no grupo com relação a um isolado. Tais características podem ser vistas no sujeito que perde sua personalidade consciente, sugestionável, se contradizendo em seu caráter e hábitos. Denominado “estado de fascinação”, o ser hipnotizado obedece ao hipnotizador. Assim, seus anseios e discernimentos se apagam, se inclinando ao hipnotizador, fazendo também, parte do dito “grupo psicológico”, que não se sente consciente dos seus atos, sendo sugestionado a ter comportamentos impetuosos, no qual se agrava quando em grupo, já que se tem o incentivo mútuo.

Freud diferencia o contágio da sugestionabilidade, o primeiro seria os efeitos nos integrantes do grupo, no qual um influencia o outro. Enquanto, no outro há um fator hipnótico.

Segundo ele, o individuo isolado, pode ser um culto, enquanto em grupo um bárbaro (que age por instinto), sendo instintivo, impetuoso, feroz, enérgico e heróico como os primitivos. O grupo é impulsivo, mutável e irritável, pode ser generoso ou cruel, heróico ou covarde, entretanto não é capaz de perseverar pela sua própria preservação, são imediatos, não esperam a realização dos seus instintos, se consideram onipotentes, sem pensar que há impossibilidades. São influenciáveis, sem críticas, sem incertezas, por isso são exorbitantes, extremados (ódio furioso). Apesar de ter consciência da sua força, quer ser dirigido por alguém forte ou violento, sendo oprimido e tendo aversão ao inovado, se voltando ao tradicional. Nos grupos a devoção é motivadora, enquanto no isolado a motivação é o interesse pessoal. Outro fato, é que o grupo esta sempre muito abaixo nas capacidades intelectuais do indivíduo, sendo suscetível a “palavra” e manipulação, não é ansioso pela verdade, mas pelas fantasias, não sabendo até como os distinguir. Prefere a realidade psicológica, se rendendo aos impulsos plenos de desejo.

Para Le Bom O grupo instintivamente necessita de um chefe, possuindo um anseio de ser subalterno de qualquer um que se afirme como líder, tal chefe precisaria dos seguintes caracteres: acreditar fielmente numa idéia, vontade forte e imponente, ter “prestígio” (ser respeitado e admirado, de forma que os outros não

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