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Análise Filme Escritores da Liberdade

Por:   •  3/3/2021  •  Dissertação  •  2.038 Palavras (9 Páginas)  •  494 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

PSICOLOGIA APLICADA À ADMINISTRAÇÃO

NOME: ALINE TAVARES BASTOS

CARTÃO: 265377

TURMA: B

ANÁLISE FILMICA

PORTO ALEGRE-RS

2020


A professora Erin Gruwell é uma docente recém-formada que decide lecionar num colégio que tem um programa de integração voluntária. O foco da história é a turma 203.

O desafio enfrentado pela professora é grande: os alunos que encontra pelo caminho são marcados pela descrença, pela desobediência, pela desmotivação. São jovens oriundos de famílias desestruturadas, vítimas de abandono e descaso. Os alunos ignoram a sua presença, a desrespeitam, agridem uns aos outros e fazem pouco caso do material escolar.

Erin logo nota que aquilo que ela planejava não desperta interesse nos jovens. Os adolescentes, cada vez mais desinteressados nos estudos, fazem com que a professora reveja a sua metodologia de ensino.

Motivação e Condicionamento

A motivação têm suas origens nas impulsões interiores; assim sendo, o próprio ser humano traz em si seu potencial e a fonte de origem do seu comportamento motivacional. Vemos no filme que a motivação da professora tem origem interna.

Quando a ação tem como origem o potencial propulsor, interno à própria pessoa, aquilo que se observa em termos comportamentais é realmente identificado como motivação.

Na busca do desencadeamento lógico, descobre-se a importância da infância na determinação das características da personalidade adulta. Podemos identificar que o que foi construído na infância da personagem com o Movimento dos Direitos Civis, sendo seu pai militante ativo na ocasião, acabou por motivar um desejo genuíno de Erin de fazer a diferença escolhendo uma escola para lecionar que possui um programa de integração.

A diferença entre o condicionamento e a motivação é que no primeiro caso, a atividade comportamental cessa com o desaparecimento da variável exterior, enquanto no segundo, a pessoa continua a agir por si mesma o tempo necessário para que sua necessidade interior seja satisfeita.

A professora se acha engajada num processo criativo, que sente a alegria de ter contribuído parar o desenvolvimento dos alunos, buscando desenvolver laços afetivos, totalmente opostos ao condicionamento. A ideia de criar um Diário para os alunos acaba por desenvolver estes laços.

Em relação aos alunos, estes estão condicionados a escola no princípio, pois não há o menor interesse em estudar, a grande maioria tem passagem pela polícia e estar na escola na verdade é uma espécie de imposição, eles têm de escolher a escola ou um reformatório. Porém com a chegada da professora e com a demonstração de que ela não está ali apenas para ensinar o trivial, mas sim que existe uma verdadeira vontade de fazer a diferença à vida destes jovens. Mediante a isso eles se sentem motivados a estudar e acaba refletindo em suas notas que antes eram repletas de F e agora passaram para um B.

Há dificuldades que podem ser encontradas quando se procura trabalhar com pessoas realmente motivadas. Há várias cenas no filme que vemos a chefe do departamento da escola completamente contrariada, pois Erin não segue o modelo padrão da escola, de certa forma passando por cima da autoridade de Margaret Campbell, chefe deste departamento, indo pedir apoio de suas ideias ao Dr. Carl Cohn, uma autoridade acima do diretor da escola.

Através da busca de oportunidades de utilizar seu potencial em atividades de maior complexidade, Erin foi conversar com o Dr. Carl Cohn para pedir autorização para seus projetos com os alunos, como passeios educacionais, que seriam financiados por ela mesma.

A turma permanece motivada porque Erin promove uma estratégia que permite a turma evitar tarefas repetitivas.

Há grande diferença entre o movimento, causado pelas reações aos agentes condicionantes extrínsecos ao indivíduo, e a motivação, que nasce das necessidades intrínsecas e que encontra sua fonte de energia nas emoções, assim sendo, ela pode então ser compreendida como algo interno a cada um. Apesar do seu caráter claramente intrínseco, a motivação pode servir-se de fatores existentes no meio ambiente como meios de satisfazer uma necessidade interna, mas isso não significa que sua compreensão possa ser reduzida à busca desses fatores em si mesmos. Neste ponto podemos relacionar que o filme no primeiro momento nos mostra que a motivação da professora é intrínseca, contudo, ao desenrolar da trama vemos que o ambiente escolar acaba também influenciando sua motivação.

A satisfação de necessidades humanas passadas não torna o homem passivo e acomodado à vida, pelo contrário, ela o predispõe a iniciativas mais ousadas rumo a sua auto realização e, assim, jamais se atinge um estado de plena saciação. O filme mostra isso quando Erin começa a arranjar outros empregos, o primeiro em uma loja de departamento e o segundo em um hotel, para pagar os gastos com livros novos para os alunos e também passeios para eles.

O emprego de estratégias condicionantes ofereceu sempre uma maior simplicidade de aplicação na prática, trazendo também maior rapidez em termos das reações comportamentais das pessoas, que eram o principal objetivo daquilo que se considerou com ação motivadora. Observamos isso na história perante o fato de que os professores da escola se condicionam a cumprir a cartilha por comodismo e conservadorismo. Conclui-se então que esta escola não é um ambiente motivador, mas sim condicionante tanto para alunos como professores.    

A motivação deve ser compreendida como uma predisposição interna e inerente ao ser humano, que inverte a ordem dos fatores.

Liderança

A proatividade da professora começa quando ela se propõe conhecer seus alunos fazendo um jogo, onde os alunos devem pisar numa linha vermelha quando a resposta é sim para uma série de perguntas relacionadas com a realidade de onde esses jovens vivem que é de grande violência.

Alguns dias depois é dada aos alunos de forma indireta a responsabilidade da entrega de uma tarefa que é escrever diariamente em seus Diários, além disso, o aluno que se sentir a vontade pode deixar num armário o Dário para que a professora leia-o. Conforme os alunos vão se sentindo a vontade os Diários vão ficando no armário. Conforme a leitura a professora entende que cada aluno tem um estilo diferente de trabalhar na tarefa proposta.

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