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Análise do filme mar adentro

Por:   •  2/11/2016  •  Abstract  •  2.030 Palavras (9 Páginas)  •  1.781 Visualizações

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FACULDADE INTEGRAL DIFERENCIAL – FACID DEVRY

CURSO DE PSICOLOGIA (BLOCO 4)

ERICA SANARA DA SILVA CUNHA

LAYNNE KELLY DOS SANTOS ANDRADE

MAISA BASTOS NUNES

MARIA SUZANY DA SILVA RIBEIRO

ANÁLISE DO FILME “MAR ADENTRO”

TERESINA – PI

2016

ERICA SANARA DA SILVA CUNHA

LAYNNE KELLY DOS SANTOS ANDRADE

MAISA BASTOS NUNES

MARIA SUZANY DA SILVA RIBEIRO

ANÁLISE DO FILME “MAR ADENTRO”

Análise de filme apresentada à disciplina Teorias e sistemas: Fenomenologia, Existencialismo e Humanismo para obtenção parcial de nota.

TERESINA – PI

2016

Dados do filme

Mar adentro é um filme espanhol, com coprodução francesa e italiana, de 2004, do gênero drama, dirigido por Alejandro Amenábar, que também compôs a trilha sonora, foi produtor juntamente com Fernando Bovaira e roteirista com Mateo Gil.

O elenco foi composto por: Javier Bardem como Ramón Sampedro, Belén Rueda como Julia, Lola Dueñas como Rosa, Mabel Rivera como Manuela Sampedro, Celso Bugallo como José Sampedro, Clara Segura como Gené, Joan Dalmau como Joaquín, Alberto Jiménez como Germán, Tamar Novas como Javier Sampedro, Francesc Garrido como Marc, José María Pou como Padre Francisco, Alberto Amarilla como Hermano Andrés, Andrea Occhipinti como Santiago, Nicolás Fernández Luna como Cristian e Raúl Lavisier como Samuel Titans.

Descrição do filme

O filme retrata a vida do personagem Ramón Sampedro. Podemos acompanhar o andamento de seu processo na justiça pelo direito da eutanásia e conhecemos sua história. Quando jovem, em uma praia, dá um mergulho em uma parte particularmente rasa, bate com a cabeça em uma pedra e fica tetraplégico. A partir desse acontecimento ele perde seu sentido de viver, já que era um rapaz viril, ativo e independente, que aos 20 anos já havia dado a volta ao mundo como mecânico de barcos e tinha uma noiva. Porém, após o acidente, passa a depender dos familiares para tudo, diz para sua noiva ir embora, sentindo-se muito incapaz e como um peso para sua família. Não aceita usar a cadeira de rodas, pois segundo ele “aceitar a cadeira de rodas seria viver de migalhas do que eu já tive”.

Gené fez uma reportagem contando a história de Ramón, o que faz com que uma advogada tome conhecimento e aceite o seu caso sem cobrar nada. Já no primeiro encontro com ela, Ramón verbaliza que quer morrer, pois a vida para ele naquele estado não estava sendo digna, se encontrando numa profunda angústia diante da vida.

Rosa, uma radialista, descobre sobre Ramón e vai visitá-lo, tenta convencê-lo de que é melhor viver, esta também conta a ele todos os problemas pelos quais passou na vida e ainda assim está ali viva. Ele se sente julgado por rosa, continuando com o mesmo pensamento de querer a morte.

Na sua relação com sua família, há uma falta de comunicação entre Ramón e o pai, um senhor de idade, e entre ele e o irmão mais velho existe um conflito de ideias, pois ao mesmo tempo que este anseia pela morte, o irmão, um homem simples, não aceita, pois “enquanto estivesse vivo ninguém iria morrer naquela casa”. Manuela, esposa de seu irmão, que cuidava de Ramón, não tomava parte na discussão, mesmo quando intimada pelo marido. O sobrinho, Xavier, era como um filho para Ramón e lhe ajudava a construir seus projetos juntamente com o avô.

Júlia, a advogada, resolve ler tudo o que Ramón escreveu até o momento e dá início à publicação de um livro, para usar no processo de pedido de eutanásia.

Ramón recebe a visita de um padre também tetraplégico, que o aconselha a desistir de se matar, porém Ramón justifica sua escolha dizendo “que uma vida que elimina a liberdade não é vida”. E o padre retruca que “uma liberdade que elimina a vida, não é liberdade” e sem sucesso, o padre vai embora.

Rosa se apaixona por Ramón e não consegue mais viver longe dele, sendo assim passa a querer sua companhia sempre. Constitui-se um triângulo amoro em que Ramón ama Júlia e Rosa ama Ramón, mas segundo o próprio, “a pessoa que me amar, será aquela que me ajudará a morrer”.

 Depois de dois pedidos de eutanásia negados, Ramón diz a Rosa que se verdadeiramente ela o amasse deixaria ele morrer. Rosa resiste no começo e Júlia é quem se mostra disposta a morrer junto com Ramón, mas ela tem uma doença degenerativa que chega a um ponto em que esquece quem é Ramón e quem acaba o ajudando a morrer é Rosa. Às escondidas, com a ajuda dos amigos que havia preservado, Ramón toma cianureto de potássio, levando a cabo seu desejo de morrer após 28 anos, 4 meses e alguns dias de espera.

Análise do filme

Nesse momento, relacionaremos alguns temas existenciais com suas respectivas cenas no filme, a começar pela liberdade.

No filme desde o início a cena pela janela de Ramón Sampedro é uma linda paisagem. Os movimentos remetem liberdade. Logo depois dessa cena aparece o texto “Escolha seu lugar preferido. Relaxe, agora está lá”, simbolizando o desejo de liberdade. Para Sartre, é através da liberdade que o homem escolhe o que há de ser, escolhe sua essência e busca realiza-la, ele é responsável por tudo aquilo que escolhe e faz, não há desculpas para ele. Essa liberdade não é absoluta, já que o homem vive de uma existência completa situada no tempo e espaço, pois é limitada pela sociedade com suas regras, as quais temos que nos submeter, por isso em alguns momentos o homem entra em conflitos com o meio social a qual pertence. Em uma de suas falas Ramón Sampedro diz “Afinal, todos vamos morrer, não é? Então, por que se sentem chocados porque digo que quero morrer? ” Ele sempre diz que “a morte é sua amiga”, ele vive esse conflito com o meio social, pois para ele a liberdade era a morte, então ele decide lutar na justiça pelo direito de decidir sobre sua própria vida, o que lhe gera problemas com a justiça, a igreja e até mesmo seus familiares. Para ele a morte o livraria das condições físicas limitadas. A eutanásia, para Sartre, é um ato consciente e reflete uma escolha, querer a morte. No filme Ramón não perde o poder de ser ator e agente digno até ao fim, pois o interesse individual se mostra acima da sociedade, que com suas leis e códigos, visam proteger a vida.

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