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Desenvolvimento e aprendizagem Escola da Ponte

Por:   •  18/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.574 Palavras (15 Páginas)  •  761 Visualizações

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Introdução

Nesse trabalho temos como objetivo levar o entendimento aos que leem e se interessam pelo desenvolvimento de teorias da aprendizagem.  Teorias que são explicadas diversamente em sua origem e condiciona conceitos diversos do homem, e que dentro de um mesmo referencial é possível haver abordagens diversas.  Só para citar algumas dessas teorias falaremos então do construtivismo a teoria da qual abordará as estratégias de conhecimento do individuo durante sua vida, o conhecimento é então construído.  A inteligência múltipla, porque há razões para considerarmos importante essa teoria principalmente para as explicações na educação. A teoria humanista onde o ensino é centrado no aluno, é na escola que a criança tem chance de desenvolver sua autonomia. O comportamentalista onde o homem é consequência das influencias do meio ambiente.

Onde será que hoje se encaixa a educação escolar?

 Rubem Alves, psicanalista, educador, teólogo e escritor brasileiro pensava na educação bem diferente do que se vê na realidade das escolas.  Esse grande homem, teve a certeza presenciada e vivida da educação escolar a qual tanto sonhava e não sabia que existia em Portugal. Faremos relação breve das teorias na educação escolar com a “Escola da Ponte” e assim perceberá onde se encaixa hoje os ensinamentos da vida do aluno. Poderá desse modo contribuir para uma mudança na vida dessas crianças.

“A aprendizagem é construir o novo acreditando no melhor”.

Abordagem Tradicional

Cumprir o “programa”essa é a lógica da escola tradicional. Agências governamentais ditam o tipo de conhecimento e habilidades que serão aplicadosno “programa”;  professores são responsáveis em transmitir (despejar) todo o conteúdosistematicamente, não podendo questionar. Os alunos sentados em fileiras recebendo o que é transmitido.

A educação é sempre uma “aventura” coletiva de partilha: de afetos esensibilidades, de conhecimento e saberes, de expectativas e experiências, de atitudes e valores, de sentidos de vida...

Pensar a educação numa lógica burocrática e corporativa de mera adição, confrontação ou justaposição de “papéis educacionais” (em que cada “parceiro” ou “agente” se manteria acantonado na sua ilha de “autonomia’, sósaindo dela em momentos ritualizados para cumprir uma função estatutária ou organizacional) é pensar a educação numa perspectiva profundamente redutora, social e culturalmente perversa. (Rubem Alves: A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir -Centro de formação Camilo Castelo Branco: “Trabalho Cooperativo e Mudança de Atitudes Profissionais na Escola do 1º Ciclo do Ensino Básico”, 2010; pag.115 – 116)

O professor nessa abordagem assume o papel de transmissor de conteúdo, compete a ele informar e conduzir os alunos nos objetivos estabelecidos pela escola. Por causa da estrutura burocrática que o sistema lhe impõe, este se encontra isolado em sua sala de aula como se fosse uma ilha, não havendo compartilhamento com as outras salas. Segundo Mizukami, 2013 o papel do professor está intimamente ligado à transmissão de certo conteúdo que é predefinido e que constitui o próprio fim da existência escolar.

O método frequente utilizado é o de exposição, o professor fala e o aluno escuta passivo sem ter a oportunidade de contribuir na construção do conhecimento, que, aliás, não está sendo construído, já chega pronto e depois será exigido desse aluno um trabalho intelectual após a exposição do professor, como exercícios e avaliações.

Que relação podemos fazer dessa abordagem com a Escola da Ponte que Rubem Alves escreveu em seu livro: “A Escola Com Que Sempre Sonhei Sem Imaginar Que Pudesse Existir”? Nenhuma! A Escola da Ponte é completamente diferente! Vamos apontar diferenças.

Na escola da Ponte não tem salas de aula divididas em séries, pelo contrário, lá tem uma grande sala, onde todos os alunos e professores se reúnem de maneira organizada. Os professores não dão aula, estão ali disponíveis para tirarem as dúvidas dos alunos. “Nós não temos, como nas outras escolas, salas de aulas. Não temos classes separadas, 1º ano, 2º ano, 3º ano... Também não temos aulas, em que um professor ensina a matéria” (Rubem Alves).  

Mizukami, 2013, diz que o professor detém os meios coletivos de expressão. As relações que se exercem na sala de aula são feitas longitudinalmente, em função do mestre e de seu comando. A maior parte dos exercícios de controle e dos de exame se orienta para a reiteração dos dados e informações anteriormente fornecidos pelos manuais ou pelos apontamentos dos cursos.

Nessa abordagem o professor detém o poder de decisão em relação à metodologia, conteúdo, forma de interação em sala de aula, avaliação e conduz em direção ao objetivo. Ao aluno cabe memorizar todo o conteúdo, não importando se ouve compreensão ou não do material, e no final é avaliado. Na escola da ponte, o professor não dita as regras, não está ali pra transmitir, e sim ajudar os alunos nas suas dúvidas; o conteúdo é montadode forma relevante e com a participação deles, montam grupos de   estudo buscando estudar o que estão interessados em apreender.

Abordagem Sócio-cultural

Numa abordagem sócio-cultural a educação assume caráter amplo e não se restringe as situações formais de ensino-aprendizagem. (Mizukami, 2013). Na visão de Paulo Freire a escola não fica limitada a escola em si e nem um processo de educação formal, a educação assume um traço amplo.

A relação professor-aluno é horizontal e não imposta. Para que o processo educacional seja real é necessário que o educador se torne educando e o educando, por sua vez, educador(Mizukami, 2013).  Fazendo uma relação dessa abordagem com a escola da ponte, os alunos mantém um diálogo com os professores, fazendo a troca de saberes. Na escola da ponte os professores não se comportam como se fossem os detentores do conhecimento, tanto que, para planejarem o currículo há a participação dos alunos.

O professor procurará criar condições para que, juntamente com os alunos, a consciência ingênua seja superada e que estes possam perceber as contradições da sociedade e grupos em que vivem (Mizukami, 2013). A forma que a escola da ponte coloca essa ideia em prática é através de suas assembleias. As crianças participam da organização interna na escola, com isso elas se preparam para o exercício da cidadania; os alunos e os professore reúnem-se e discutem juntos os problemas da escola, “aprendemos a respeitar regras e a respeitarmos uns aos outros e a decidir o que é melhor para nós”. As crianças costumam desde cedo a discutir sobre os problemas da escola, com isso elas estão aprendendo também a olhar pra os problemas dacomunidade e do país onde vivem.

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