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Estudo de Caso Que horas ela Volta

Por:   •  24/10/2023  •  Resenha  •  661 Palavras (3 Páginas)  •  62 Visualizações

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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ

UNIVERSIDADE DE FORTALEZA – UNIFOR

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS

CURSO DE PSICOLOGIA

17/10/2023

Análise do filme “Que horas ela volta”:

Regina Casé interpreta uma mulher chamada Val que foi trabalhar e morar na casa de seus empregadores para conseguir dinheiro. Esse dinheiro é para dar maior conforto para sua filha Jéssica, que liga para sua mãe falando que irá para a cidade fazer um vestibular. Val atua nos múltiplos serviços que eles pedem para que ela faça. É nítido que as tarefas que ela deveria exercer se confundem com outras que não deveriam ser suas obrigações. Sua relação com os filhos dos proprietários da casa é de maior proximidade e carinho, até mesmo para esconder delitos, pois eles sentem-se cuidados por ela e retribuem sentimentalmente os carinhos dado por ela, como se ela atuasse como mãe também. (Nossa senhora…)

A dinâmica da fala de Bárbara “Você é quase da família” mostra um desrespeito e diminuição do trabalho de Val. Como se ela, por ser da família, não pudesse reivindicar melhores condições de existência e individualidade. Uma cena emblemática é a do presente que Val pensa que poderia ser usado no aniversário de sua patroa. Totalmente esnobada, Bárbara pede para que Val não mostre as peças de xícaras que ela comprou como presente, mostrando ali que ambas não são pertencentes do mesmo “mundo”, classe social.

A chegada de Jéssica traz uma sensação de não pertencimento, ela é o incômodo, principalmente para a pessoa mais chata do local: Bárbara. Já o seu marido demonstra curiosidade e interesse na garota, o filho mais velho sente-se inseguro pois Jéssica demonstra criticidade e segurança em seus posicionamentos. Val, por sua vez, vê uma filha que é estranha, não se comportando de forma semelhante. Uma é condescendente e a outra é disruptiva, são opostos que acabam se chocando.

Numa cena, A garota pergunta quem ensinou a Val tantas leis do “não pode” já que a todo momento sua mãe fala que diversas coisas não se pode fazer, já que ela é empregada e a menina só sua filha, não devendo usufruir das cortesias dos patrões. São as regras no papel e as regras reais, os ditos e não ditos, até mal ditos. Pobre Jéssica, estava sendo agraciada pelo patrão de sua mãe apenas por vontade dele de assediar a garota. Triste que isso seja uma dura realidade. Chega um ponto que se torna tão absurdo a cena na qual José Carlos, um “tonhão” de uns 60 anos, pede uma jovem de aparentemente 17-18 em casamento, num rompante de loucura.

A menina entende seu lugar no mundo, não aceitando ser tratada de qualquer forma, mas de modo digno e responsável apesar de ainda ser jovem. Val, por ter sido explorada e não ter desenvolvido sua criticidade e senso de limites, num ato de sobrevivência permite os abusos de serviços e trabalhos.

Algumas pessoas acreditam que os outros devem favores dados. Alguns acreditam piamente que são deuses entre nós. A classe média que acredita ser rica é triste e infeliz, pois são apenas falsas representações das figuras que nunca alcançarão, os verdadeiros ricos que mi e bilionários. Tratar seus iguais

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