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O Fracasso Escolar

Por:   •  15/6/2017  •  Resenha  •  1.012 Palavras (5 Páginas)  •  819 Visualizações

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ANDRÉIA DE SOUZA

LAUANA CANTELLI LOPES DA SILVA

ANÁLISE CRÍTICA

PATO BRANCO-PR

MAIO/2017

De acordo com o documentário “Pro Dia Nascer Feliz”, que retrata a desigualdade da educação no Brasil e baseando-se nas discussões feitas em sala, podemos explorar as expectativas, os paradigmas e as dificuldades que jovens, professores, organizações e pais vem sofrendo ao decorrer do tempo, Pois a escola que surge com o objetivo de promover melhorias na qualidade de vida dos indivíduos que vivem em sociedade, acaba por produzir o insucesso em milhares de jovens.

Com base no documentário podemos utilizar como exemplo a história de Valeria, uma aluna de escola pública com poucos recursos físicos e didáticos, fato este que não barrou na jovem o dom para a poesia, em contrapartida ao decorrer do documentário, vemos que a mesma não deixou de escrever poesias em momento algum de sua vida, o que nos remete que, mesmo com poucas condições de ensino, mesmo com a falta de incentivo de sua professora, a qual não acreditava em seu potencial, a escola em si, ainda assim servia de estimulo, tinha sentido para a jovem, fazendo com que a mesma explorasse sua habilidade para a escrita.

Charlot (Nova Escola, p.18) afirma “a escola ideal é aquela que faz sentido para todos e na qual o saber é fonte de prazer.” Diante dessa afirmação vê-se que a escola que se deseja é a que promova saberes que o aluno entenda, assim como bem representado na história citada acima.

Como retratado no documentário, pode-se verificar que os alunos buscam conhecimentos que lhe sejam uteis, os quais possam ser aplicados no meio social valorizando a particularidade e principalmente a realidade de cada jovem, visto que escola representa na maioria das vezes obrigação a qual somada de teorias tradicionais tornam-se sem sentido.

Caldas (2005) retrata que a escola e, lamentavelmente, muitos psicólogos, insistem em atribuir a causa do fracasso escolar da criança a questões intelectuais ou emocionais “individuais”. O “problema emocional” passa a ser a explicação para a dificuldade de aprender, não sendo levado em conta o que a escola produz, em termos emocionais, na criança que tem constantes insucessos acadêmicos; da qual é preciso também avaliar em que medida a mesma preserva seus alunos de outras complicações psicodinâmicas, ajudando na superação de suas dificuldades, ou em que medida a escola se encarrega de confirmá-las e agravá-las.

Assim como relata Patto (1981; Caldas 2005)  não se trata de negar a existência de problemas emocionais, conflitos, dificuldades familiares ou outras questões individuais das crianças. A questão é não estabelecer relação causal linear entre estes fenômenos e a capacidade para aprender. É preciso pensar na rede de agentes produtores da incapacidade. Além disto, mesmo quando há fenômenos psicodinâmicos que possam trazer impedimentos ao desenvolvimento saudável da subjetividade da criança, é preciso avaliar como é que a escola se relaciona com estes fenômenos.

Pode-se considerar também o papel que o professor desempenha dentro da instituição escolar, onde o mesmo muitas vezes se vê desestimulado, ao se deparar com a falta de ferramentas adequadas para aplicação de atividades, levando a desistência do mesmo em propor novos métodos de ensino, o que acaba inúmeras vezes por provocar o fracasso escolar.

Como bem cita Tapia e Fita (2003, p.88), se um professor não está motivado, se não exerce de forma satisfatória sua profissão, é muito difícil que seja capaz de comunicar a seus alunos entusiasmo e interesse pelas tarefas escolares; desta forma é definitivamente, muito difícil que seja capaz de motivá-los.

Pois como explica (Pozo 2008) não se trata apenas de que os professores levem em conta como os alunos fazem seu trabalho na hora de planejar as atividades de instrução. Além disso, trata-se também de gerar uma nova cultura da aprendizagem a partir de novas formas de instrução; tratando-se de que os professores organizem e planejem suas atividades levando em conta não só como seus alunos aprendem, mas principalmente como querem que seus alunos aprendam. Para isso, é preciso compreender em que consiste uma boa aprendizagem, conhecer as dificuldades que enfrentam os alunos para ajudá-los a superá-las, pois em teoria, todos deveríamos conhecer essas dificuldades, já que todos fomos soldados antes de sargento, alunos antes de professores e também alunos ao mesmo tempo que professores até porque estamos em uma sociedade da aprendizagem.

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