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O Resumo do Texto 1: “A Psicologia como ciência”

Por:   •  23/2/2023  •  Trabalho acadêmico  •  733 Palavras (3 Páginas)  •  100 Visualizações

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PSICOLOGIA EXPERIMENTAL

23/02/2023

# Resumo do Texto 1: “A Psicologia como ciência”

Na segunda metade do século XIX, qualquer área do conhecimento que quisesse ser caracterizada como ciência deveria assumir o estatuto de cientificidade das ciências físico-naturais, especialmente, a Física. Neste sentido, se a Psicologia tivesse este objetivo deveria, também, obedecer a este estatuto.

O estatuto de cientificidade do qual se comenta é composto pelos seguintes elementos: (1) a previsibilidade da ocorrência de fenômenos da natureza; (2) a transmissibilidade dos achados de pesquisa a outros pesquisadores e quantificação inequívoca do objeto de estudo; (3) formulação de leis generalizáveis e (4) o uso do método experimental ou científico. Cada um desses elementos contém características específicas que os compõem, sendo, portanto, necessário analisá-las. Esta análise se torna imperativa, uma vez que estes elementos são apresentados como impedimentos para se considerar a Psicologia como ciência, levando em consideração o modelo das ciências físico-naturais.

A ciência supõe, necessariamente, a previsibilidade da ocorrência de fenômenos da natureza sobre os quais existem leis empiricamente comprovadas. Esta previsibilidade decorre da ordem existente no universo físico, ordem esta que não se faz presente no universo social e humano. Esta previsibilidade aponta para um a posição determinista em relação ao seu objeto de estudo. Assim, a Psicologia não se alinhou no rol das ciências por não poder estabelecer, claramente, a ordem exigida pelas ciências físico-naturais. No entanto, este ponto de vista pode ser questionado.

Underwood argumenta que “o determinismo é a suposição necessária para a atividade científica”, isto é, os eventos da natureza seguem uma determinada ordem e não são ocorrências espontâneas e caóticas. Mabbot questiona o determinismo absoluto mesmo nas ciências físico-naturais, onde tudo que é observado é uma relação constante (determinismo relativo). Nuttin postula que as leis científicas são probabilísticas e não deterministas. Assim sendo, observa-se que há uma discussão intensa acerca da previsibilidade da ocorrência de eventos da natureza, a qual aponta para diferentes concepções de determinismo em relação às variáveis e aos fenômenos psicológicos.

Com relação à objeção que versa sobre a possibilidade de se transmitir aos outros pesquisadores os achados de pesquisas, e a Psicologia não teria esta capacidade por tratar de variáveis intangíveis que não são suscetíveis de quantificação, algumas aspectos podem ser discutidos.

Na maioria dos casos, a Psicologia trabalha com constructos hipotéticos (variáveis que não podem ser observadas diretamente), tais como: a motivação, a aprendizagem, o pensamento, as atitudes, os valores, a personalidade dentre outros. Neste sentido, estes constructos hipotéticos precisam ser definidos para que se possa ter acesso a eles. O pesquisador, então, procede definindo operacionalmente estas variáveis sob a forma de definições experimentais e mensuradas. Desta forma, os intangíveis se tornam acessíveis a quaisquer pesquisadores com domínio pleno da terminologia aplicada aos constructos hipotéticos, além da possibilidade de quantificá-lo.

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