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PSICANÁLISE AMERICANA, INGLESA E FRANCESA

Por:   •  22/3/2016  •  Dissertação  •  884 Palavras (4 Páginas)  •  3.401 Visualizações

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A Psicanálise no Pós Guerra

PSICANÁLISE AMERICANA

Nova York

Há uma emergência da escola culturalista.

Margareth Mead, junto aos povos polinésios, e das discussões de Kardiner e Benedict A cerca da vida sexual e dos costumes conjugais no contexto de diferentes culturas.

O principal expoente desta vertente do freudismo é Erik Erikson, que acompanhou o desenvolvimento infantil em povos indígenas americanos.

Chicago

Liderado por Alexander desenvolveu-se inicialmente uma psicanálise mais integrada à ordem médica, o que se reflete em seus trabalhos pioneiros no campo da psicossomática.

Movimento ficou conhecido como Self Psychology.

Enfatiza os estados limites, as condições Borderline, os estados de despersonalização e a importância do estudo da psicose.

Califórnia

Liderada por Otto Fenichel, um representante da esquerda freudiana, a psicanálise na Califórnia conviveu com o recrudescimento da questão da análise leiga ao mesmo tempo em que se expunha a um desejo de inovação. Um bom exemplo disso são as pesquisas de René Spitz sobre os desenvolvimentos simbólicos e perceptivos da criança em seus primeiros anos de vida.

No conjunto, a psicanálise americana não parece ter de fato assimilado a herança dos imigrantes de modo a gerar um sistema de pensamento original capaz de encontrar grande expressão fora das fronteiras do próprio país. Ao mesmo tempo, grande parte desta renúncia a uma referência mais diretamente freudiana, cuja expressão neofreudismo parece representar bem, se traduziu em uma psicologia conformista e pragmática.

PSICANÁLISE INGLESA

Formação de três grupos distintos, mas não separados geograficamente.

1. O grupo formado em torno de Melanie Klein reuniu-se a partir da adesão às teses do último Freud segundo uma tentativa de reinterpretação original. A pulsão de morte, o papel da agressividade e o tema da integração – fragmentação constituíram desenvolvimentos importantes pois levaram à construção de um novo modelo psicopatológico em psicanálise e também a uma reformulação da metapsicologia e da clínica psicanalítica.

2. A posição do grupo liderado por Anna Freud e Edward Glover pode-se dizer muito mais ortodoxa e restritiva. A filha de Freud na verdade representava a voz de uma série de imigrados, com formações e concepções relativamente distintas acerca da psicanálise. Autores que tendem a se unificar em torno da situação hostil que sobrevém após sua chegada a Londres. Anna desenvolve uma teoria baseada nos mecanismos de defesa do eu contra a angústia, amplamente marcada pelo tratamento defensivo da pulsão. Apesar de sua intensa atividade em instituições para crianças, o papel da relação primária com a mãe é reduzido, se comparado ao grupo kleiniano. O problema da realidade atual do complexo de Édipo na criança é encaminhado pela conjunção, no tratamento, de procedimentos pedagógicos e psicanalíticos.

3. Mas o grupo inglês que mais frutos deixou para a psicanálise é o dos chamados Independentes (midle group). Menos forçado ao fechamento doutrinário e mais próximo do espírito de tolerância e assimilação de novas idéias, tal grupo parece se nutrir da longa tradição liberal britânica. Uma das fontes de influência para o trabalho dos Independentes pode ser encontrada no movimento estético e ético conhecido como grupo de Bloomsbury. Formado por intelectuais e literatos, como Virginia Woolf, tal grupo valorizava a natureza, a espontaneidade e a contemplação estética, tanto como estilo de vida como atitude sexual.

Em contato com vanguardas estéticas, com tons românticos, e propenso ao experimentalismo, vemos surgir aqui a idéia de que a psicanálise deveria propiciar ao indivíduo uma nova forma de vida mais autêntica e coerente com sua experiência. Um expoente inicial desta tradição dos Independentes é o  casal Strachey. O interesse pelas experiências com grupos (Balint), o trabalho com as neuroses traumáticas, com a privação e desorganização familiar produzidas pela guerra são exemplos desta afinidade com uma dimensão da experiência humana refratária ao enquadramento psicopatológico tradicional. Daí se depreende uma atitude criativa e de suspeita em relação ao setting clássico e ao escopo clínico tradicional da psicanálise.

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