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Resenha Do Filme Duas Vidas

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Por:   •  30/12/2014  •  426 Palavras (2 Páginas)  •  11.613 Visualizações

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Resenha do filme Duas vidas

Trata da vida de um executivo de 40 anos, consultor de imagem bem-sucedido mas com uma vida emocional e familiar desequilibrada, não se dá bem com o pai. Um dia, surpreende um menino rondando a sua casa, aparentemente é ele próprio aos oito anos de idade. A partir destes encontros com o menino começam a vir à tona diversos conflitos entre a realidade e os sonhos de infância. Superadas as dificuldades iniciais, o homem acaba "adotando" o menino, fazendo uma verdadeira viagem no tempo e dentro de si resgatando os valores originais que estavam esquecidos.

Em uma cena com a jornalista que conhece em um voo, ela sustenta alguns princípios do coaching: “quantos de nós conseguimos ser aquilo que sonhamos quando criança?”

Ao revisitar a própria história tem a oportunidade de passar sua vida a limpo. Marcas do passado, os medos, as culpas são enfrentadas e ressignificadas. Somos produtos desses acontecimentos, bons e ruins, que nos ajudaram a ser quem somos agora. Ao rever os fatos do passado, o protagonista sensibiliza-se diante de sua fragilidade de criança, que ao mesmo tempo trazia consigo valores genuínos e sonhos abandonados. O filme sugere que alguns elementos da sua infância o fizeram adquirir a conduta rígida no adulto, a partir das qualidades presentes na criança que foram reprimidas. Quem é que não tem um rascunho que precisa ser passado a limpo, uma criança interior que precisa de acolhimento ou uma dor infantil que precisa ser enfrentada? Não seria bom ter a oportunidade de dar a mão a nossa criança interior (desamparada) e juntos enfrentarmos o momento presente?

O filme gira em torno de diálogos franco sobre escolhas entre o adulto e sua infância, com suas características pessoais. O conflito maior está nos sonhos abandonados da infância e os mecanismos de defesa que mantiveram estes sonhos aprisionados no passado, entre as aspirações infantis e os desejos fabricados, entre as fantasias e as realidades cruéis, frustrantes, impactantes.

Em DUAS VIDAS, o pequeno Rusty afirma: “Eu cresci e virei um fracassado”. Esta afirmação mostra claramente o contraste entre a visão de mundo do menino comparada a realidade vivida pelo adulto e que as experiências da vida vão imobilizando a sensibilidade e inocência da infância.

O filme é uma metáfora do processo terapêutico, que nos oportuniza a possibilidade de resgatar nossa criança, integrando nossa existência. O passado vai para seu lugar, sem deixar nunca de fazer parte do que somos hoje, através da aceitação de cada pedaço da nossa totalidade de ser. Esse parece ser o maior e mais bonito recado de DUAS VIDAS.

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