Resenha do Filme No Filter

Resenha do Filme No Filter

O Filme conta a história de uma publicitaria de 37 anos chamada Pia que dedicou 14 anos da sua vida sendo  responsável pelo marketing digital de uma agência chamada blackboard, mostra ser bem sucedida em sua carreira. Atualmente tem percebido uma serie de fatores estressantes que tem a tirado do sério.

Ela é substituída por uma blogueira e Youtuber famosa chamada Emília Dimitri, que passa a ser sua supervisora, seu chefe Bastian alega que Pia esta ultrapassa e não cabe mais na era das redes sociais e das novas tendências.

Ela é casada com um artista plástico que está há dois anos se apoiando totalmente em Pia financeiramente e não a ajuda na casa, além de ter um filho que podemos chamar de “rebelde” que não aceita os conselhos da sua madrasta e não se importa com a casa em que ele mora.

Pia começa a demonstrar um quadro de estresse e pânico, desde o inicio do filme podemos ver a quantidade de medicamentos que a personagem principal toma para conseguir enfrentar o seu dia. Porém, após alguns ataques Pia fica muito mal e sem saber como agir, pois até o psicólogo que ela passava só aumentava a dosagem dos remédios conforme o quadro clinico piorava.

Um dia ela foi até um Guru pedindo ajuda para o que estava sentindo, ele fez um processo de acupuntura e disse algumas frases motivacionais para ela e depois disso ela se sentiu sem filtro e em toda situação que a estressava ela colocava para fora tudo que pensava, sem nenhum tipo de filtro.

Depois disso ela se sentiu livre, descobriu o prazer que tinha em sua própria companhia, colocou todo tipo de pressão que sentia para fora e nunca mais teve crises, se separou do marido, pediu as contas no emprego, se resolveu com o vizinho que não abaixava a música durante suas noites de sono, se resolver com seu amor do passo e por fim descobriu que queria desfrutar mais da liberdade e tranquilidade que ela havia conquistado.

Análise da Personagem Pia baseado na Terapia Cognitiva comportamental.

Baseando-me na Terapia Cognitiva Comportamental, inicialmente faria uma sessão de avaliação com a paciente para conhecê-la melhor e identificar os principais objetivos que teria durante as sessões de terapia. No decorrer da avaliação conheço a rotina da paciente e descubro alguns pontos muito importantes sobre a forma com que ela lida com os problemas. Seus pensamentos automáticos disfuncionais trazem para ela a sensação de dependência das situações e das pessoas que ela vive, como se uma escolha que ela tomasse para mudar sua realidade pudesse fazer tudo sair do lugar e faria com que ela perdesse o controle.

Após identificar os pensamentos automáticos e faze-la os identificar, trabalharíamos com a mudança deste pensamento, não só mostrando que este controle que ela tem sobre sua vida é um motivo para que ela continue vivendo as mesmas situações por longo tempo. Mas também que o controle na verdade é quando ela faz o que se sente bem em fazer, quando ela se preocupa com ela mesma e se coloca em primeiro lugar nas situações, quando ela começa a olhar para a vida dela como uma bexiga prestes a estourar, e que ela precisa esvaziar e colocar tudo para o lado de fora.

No decorrer de cada sessão trabalharíamos situações pontuais e atuais como, por exemplo, o seu trabalho, depois seu relacionamento conjugal, seu convívio social, sua alimentação, com toda certeza iria priorizar cada problema na sequencia que a paciente achar mais importante, sempre pedindo feedback sobre os assuntos abordados e deixando tarefas a serem seguidas no seu dia-a-dia para que ela consiga identificar sozinha quais pensamentos podem ser alterados e substituídos, antes de passar por novas crises de ansiedade e pânico.

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