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Resenha filme: 12 homens e uma sentença

Por:   •  8/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  845 Palavras (4 Páginas)  •  358 Visualizações

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Análise do filme 12 homens e uma sentença

O Filme de 1957 se passa em um tribunal, para um julgamento do caso de assassinato, o jovem acusado do assassino tem 18 anos e supostamente matou o próprio pai, um histórico em que sofria agressões recorrentes do pai desde a infância, o jovem em sua defesa alega que estava no cinema no momento do crime, porém não se lembra do nome do filme, contra o rapaz há duas testemunhas e ao lado do corpo havia uma faca que o jovem tinha comprado uma faca idêntica no mesmo dia.

Então 12 homens de classes sociais diferentes são convocados para julgar o jovem, se considerado culpado a sentença de morte seria irreversível, no inicio a maioria dos jurados querem tomar uma decisão rápida através de uma votação, 11 homens são a favor da condenação e um está em duvida se realmente deveria condenar o jovem.

Os onze homens que são a favor da condenação tentam mostrar ao jurado numero 8 as provas que há contra o rapaz, a argumentação do jurado é que não tem certeza se o acusado é realmente culpado, preocupado com a importância da decisão, tenta uma reflexão sobre o principio da inocência.
        no decorrer do filme, mediante os argumentos que vão surgindo os membros do grupo começam a mudar de opinião, há conflitos que vão surgindo, mediação e alteração de conceitos.

O filme trás questões sobre gestão de grupos, tipos de liderança, o líder dos jurados para que o processo ocorra mais rápido sugere que haja uma votação, porém como não há a unanimidade que é necessária para absolver ou condenar, é sugerido que os 11 homens que estão em maioria e são a favor da condenação mostrem seus pontos de vista para convencer o único que ainda tem duvidas, porém os 11 homens que tinham certeza absoluta no inicio, com as argumentações que vão surgindo começam mudar a opinião ao longo do filme, mostrando o quanto o grupo pode sofrer influencias.

Outro ponto facilmente observado no filme é que inicialmente a recusa da ponderação sobre inocente e culpado se dá pelos interesses individuais, o desejo de ir embora o mais rápido possível, com as argumentações fica visível que as experiências pessoais dos jurados são usadas como base em seus julgamentos, ficando expostos inclusive os próprios preconceitos, os estereótipos, suas vivências anteriores entram como fundamentos, por ser um grupo de personalidades e contextos sociais bem distintos, mesmo não tendo vivência anterior uns com os outros é notável o que afirma Schulz o ser humano possui três necessidades básicas: a de inclusão (perceber-se e sentir-se aceito, valorizado, integrado ao grupo), de controle (poder, autoridade, responsabilidade por si e pelo grupo) e de afeição (ser respeitado, estimado, aceito, reconhecido em suas competências). A expressão e manejo dessas necessidades variam de acordo com a maturidade emocional do individuo e do grupo.

Ao propor uma votação secreta a pressão do grupo fica menor, ser anônimo permite ao ser humano expor sua opinião sem medo da opressão ou de não ser aceito pelo grupo, quando a votação volta ser aberta novamente a essência de cada jurado fica mais exposta, o grupo influencia o individuo e o individuo influencia o grupo,entre os que  eram a favor da condenação, que não tinham nehuma duvida sequer estavam totalmente pautados em suas experiências ou preconceitos individuais, o dono da oficina por exemplo por ter como base um discurso preconceituoso e elitista em que todos que nascem na  favela só podem ser marginais o que automaticamente faria com que o jovem fosse culpado, o mesmo acontece com o jurado que o filho o abandonou já tinha o discurso pronto que nenhum filho presta ou respeita o pai como se deve esperar, e só se convenceram quando estes mesmos aspectos são confrontados.
        Os grupos são um coletivo e no geral devem ter o mesmo objetivo, porém é impossível separar a   subjetividade  como  singularidade  de  cada  ser,  e essa singularidade e manifestada nas personalidades e vivências anteriores das pessoas, seus valores, suas estruturas, sendo assim é importante
ser considerados  todos os aspectos das personalidade de seus membros com relação as dimensão de dependência (autoridade) e interdependência (intimidade) além da dimensão tempo entre tantos outros fatores, a complexidade do grupo no caso do filme se dá principalmente por ser um grupo de pessoas totalmente diferente uma das outras, porém extremamente necessária dentro dos objetivos do juri, quanto mais diferentes maior seria a troca e assim se evitaria um julgamento com uma única visão pautada de uma única vivência, o conflito foi fundamental para a resolução, todos os aspectos fazem sentido, a sala fechada, o período em que passam em reclusão são todos aspectos próprios para proporcionar o debate, quantos mais tempo passam juntos mais influência um exerce sobre o outro, o grupo que se inicia sem afinidade alguma se transforma, as diferenças complementam-se e o objetivo da unanimidade vai ultrapassando o individuo e vira o processo grupal.

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