Resenha filme Boy Interrupted

BOY INTERRUPTED

O documentário Boy Interrupted aborda a história de um garoto, Evans Scott Perry, que se suicidou com 15 anos de idade, contado pela mãe, que consegue expor claramente seus pensamentos durante os depoimentos e pelo pai, que via a história de seu irmão se repetir. O garoto falava constantemente sobre morrer, se suicidar, jogar-se da janela, com a maior calma do mundo, causando estranheza para seus pais e professores da escola. Ele apresentava uma espécie de obsessão e curiosidade pela morte. . As professoras do primário e os pais diziam que ele parecia duas pessoas diferentes em um momento falava que não era feliz e pensava seriamente em morte, mas em outros momentos era o menino alegre e carinhoso.

Evans sempre foi um garoto diferente, afirma sua mãe, ele tinha a visão diferente das coisas. Seu meio irmão Nick dizia que muitas vezes o que para algumas pessoas era insignificante, para ele era algo realmente enorme, sentia os sentimentos e as emoções com maior intensidade. Certamente ele canalizava todos os seus sentimentos na arte, como no violão e na música, as peças de teatro da escola, onde falava muito sobre a morte e também a fuga e esquiva. Todos notavam a negatividade que existia, mesmo de forma implícita. Quando questionado sobre o que era morte dizia ser um evento em que todos se reúnem para falar bem de você.

Aos 10 anos quando estava no quinto ano Evans ameaçou se jogar do telhado ada escola em que estudava, os pais muito preocupados então resolveram interna-lo em uma clínica psiquiátrica. Lá foi diagnosticado com Transtorno Bipolar Depressivo, ao sair da clínica a escola não o aceitou novamente, por isso sua terapeuta indicou um lugar chamado Wellspring em que o uso terapêutico do meio era utilizado para mostrar como viver em grupo.

Depois de passar alguém tempo vivendo em Wellspring Evans se mostrou melhor, e foi transferido para uma escola em New York onde passou a ser um garoto diferente do que havia tentado suicido. Tinha as melhores notas da sala, era elogiado pelo professores, passou a fazer parte de um grupo de amigos. Com a adolescência chegou a voz grossa, a beleza e a popularidade entre as garotas. Nesse momentos ele e seus pais, juntamente com o terapeuta perceberam que ele havia demonstrado um grande avanço, por isso optaram por diminuir o Lítio do tratamento, e nesse momento houve uma regressão no seu desenvolvimento. Tentaram retornar com o tratamento mas não houve efeito e no dia 02 de outubro de 2005 Evans, após uma discussão rotineira com sua mãe escreveu um bilhete expondo seis motivos para viver e seis motivos para morrer, após isso se jogou da janela de seu quarto rumo a morte.

         Com isso podemos perceber nitidamente o Transtorno de Humor Bipolar em Evans, suas bruscas mudanças de humor, ora de depressão, com períodos intercalados de normalidade, a angústia, ansiedade, desânimo e falta de energia, também estão presentes, tudo fica sem graça ou sem sentido, nada o satisfaz. E assim a depressão pode ser intermitente ou contínua, durar algumas horas do dia ou o dia inteiro, durar semanas, meses ou anos. O sofrimento costuma variar de intensidade ao longo do tempo. Em um episódio depressivo grave há perda da autoestima e ideias de desvalia ou culpa. Os pensamentos e os atos suicidas são comuns, e são acompanhados de uma série de sintomas “somáticos”. Evans desde pequeno mostrava indícios de que não era feliz, a vida para ele não fazia sentido e a única coisa que podia trazer alivio seria a morte.

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