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RESENHA DO FILME QUEIMADA

Por:   •  5/7/2017  •  Resenha  •  531 Palavras (3 Páginas)  •  1.743 Visualizações

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Resenha crítica do filme Queimada

Gilo Pontecorvo, 1969.

A história acontece em uma ilha fictícia que se encontra sob domínio português chamada “Queimada”, recebe este nome porque quando os portugueses chegaram à ilha, encontraram índios vivendo lá. Na tentativa de derrotar os índios e obter a terra apenas para eles, resolveram queimar a ilha e, deste modo, venceram os índios. Com a morte de todos os nativos, trouxeram negros da África como escravos para trabalharem na plantação de cana de açúcar. A ilha tinha a população composta por negros onde eram submissos há uma pequena porcentagem de brancos lá existente.O filme em questão explicita temas recorrentes da historia da escravidão. À exemplo da grande pedra branca onde sepultavam escravos que morreram durante a travessia(cemitério branco dos negros), o extermínio de nativos, a importação de mão de obras para as lavouras de cana de açúcar , e a estratificação social composto por uma minoria branca e rica no poder e uma maioria escravizada negra.

O filme tem como personagem principal dois homens, William Waker, um agente inglês mandado pela Inglaterra a essa ilha para incitar uma revolta e alcançar objetivos políticos e econômicos.  A Inglaterra, um império pioneiro no capitalismo industrial que ansiava por portos abertos e mercado consumidor, interveio com a articulação de guerra civil na ilha de Queimada. O objetivo de William era induzir um escravo que tivesse coragem de ir contra os portugueses para incitar outros escravos a revolucionar. Já na ilha, conhece  José Dolores, o outro personagem principal que era escravo e tinha características de um líder revolucionário. A Inglaterra faz de Jose Dolores um líder revolucionário o induzindo a revolucionar para acabar com a exploração dos negros ,tendo assim o inicio de uma revolta contra os colonizadores portugueses e por conseqüência a expulsão dos portugueses , a “independência” da ilha e logo após a dissolução do exercito rebelde. Na ilha de Queimada declara-se o principio de que todos são iguais perante a lei, mas que acaba sendo uma falsa idéia de liberdade. Numa das justificativas de Walker ele declara: “ é melhor que sejam os habitantes locais dominados pelas regras da ditadura do livre mercado do que novamente subjulgados a Portugal e reduzidos à condição de escravos, meros bens ou coisas não sujeitos de direitos, mas tão só de obrigações.

A ilha de Queimada vivenciou este processo de espera de melhoria de vida, porém amargaram uma escravidão em que se deixa de ser escravo sem realmente deixar de sê-lo, os trabalhadores são propriedades dos seus senhores e condicionados a servir- assim como mencionado por Dolores “ o que temos em nosso país é uma civilização  dos brancos e que é melhor sermos não civilizados, pois é melhor sabermos aonde ir e não sabermos como, do que sabermos como e não termos onde ir”; “um homem que trabalha para alguém, ele se chama trabalhador mas continua sendo escravo. Nessa condição isso será sempre assim: existem os donos de terras e os que cortam cana”. Diante disso, Dolores reinicia após 10 anos uma revolução  em nome dos mesmos ideais que a Inglaterra havia lhe ensinado, influenciando assim na economia.

O preço pago pelo Estado nacional foi ter formado um revolucionário

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