Resenha do Filme Tempos Modernos

FACULDADE ANHANGUERA DE RIBEIRÃO PRETO

CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

DISCIPLINA DE FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

ALUNAS:

AIMAR LÚCIA M. FINOTTI                               RA: 4573914240

IVANETE DE LOURDES DA SILVA       RA: 3883718191

JÚNIA ADRIANO WIEZEL                         RA: 4342832491

LÚCIA APARECIDA FERNANDES         RA: 4931923957

PROFESSORES:

PROFA. MA. LAURA SANTOS

PROFA. MA. EDILENE CRISTINA VAZ VAEZ GOMES

TUTOR PRESENCIAL: ALEXANDRE CARLO DO NASCIMENTO

TUTOR À DISTÂNCIA: JAKES CHARLES ANDRADE DE FIGUEIREDO

RIBEIRAO PRETO, 18 DE SETEMBRO DE 2012.

ETAPA 1 –

O filme Tempos Modernos (1936), produzido por Charles Chaplin, no início do século XX, mais precisamente em 1936, inicia mostrando ao fundo um grande relógio, símbolo dos tempos modernos, onde tempo é dinheiro, monstrando assim a verdadeira essência do capitalismo, há inclusive uma cena onde é apresentada ao dono da fábrica uma “máquina de alimentação”, que prometia reduzir o tempo de refeição dos trabalhadores, máquina essa que não foi incorporada ao sistema produtivo apenas por não ser prática.

No tocante as questões sociais apresentadas no filme podemos citar entre tantas: o desemprego, a fome, a exclusão, as doenças, principalmente as neurológicas e psicológicas,a miséria, a desigualdade social  e a exploração da mão de obra trabalhadora, essa última que define melhor o Capitalismo.  

Logo nas primeiras cenas vemos um rebanho de gado indo para o abatedouro e também um “rebanho de gente” correndo para o “abatedouro-fábrica”, onde o trabalhador é obrigado a desempenhar funções como animais, sem raciocinar.

O filme nos apresenta inúmeras vezes o papel abusivo dos poderosos, como, por exemplo, no caso da polícia reprimindo greves, manifestações de desempregados, ou até prendendo uma criança faminta por ter roubado um pedaço de pão. No entanto, não é percebida em momento algum nenhuma atitude semelhante com patrão, que tudo vê e tudo pode, que explora e maltrata o trabalhador.

De acordo com o texto sugerido para leitura, vemos no Brasil da década de 30, as grandes cidades com uma população numerosa, consequência do êxodo rural. Havia então uma grande oferta de mão de obra, porém essa mão de obra precisava ser disciplinada para o trabalho. Para atingir esse objetivo disciplinador o Estado lançou mão de estratégias tanto institucionais, quanto ideológicas, usando o Serviço Social e o Assistente Social como figuras importantes na realização desse processo.

O Serviço Social surge no Brasil, no momento que a Igreja Católica cria um movimento com o objetivo de recristianizar a sociedade. Com o crescimento tanto da industrialização quanto da população urbana surge a necessidade de controlar a classe operária. O Estado absorve então parte das reinvidicações populares como por exemplo: alimentação, moradia, saúde, etc, facilitando assim sua manipulação e o dominio sobre ela.

Para conseguir um controle mais amplo dessa classe, o Estado promove então, instituições de assistência, usando o Serviço Social como um representante da classe dominante entre a classe trabalhadora, entre as quais citamos:

• CNSS (Conselho Nacional de Serviço Social) 1938;
• LBA (Legião Brasileira de Assistência) 1942;
• Fundação Leão XIII, 1946;
• SESI (Serviço Social da Indústria)1946 e outras.

O texto dá um grande destaque à Fundação Leão XIII, criada em 22 de janeiro de 1946 pela Igreja Católica que se tinha como objetivo prestar assistência tanto moral quanto material e religiosa aos moradores das favelas do Rio de Janeiro.

        A Fundação foi a primeira grande instituição governamental de assistência que atendia a população carente em diferentes áreas e assim conseguia também ter um controle disciplinador sobre a mesma. A atuação do Serviço Social na Fundação era praticamente uma legitimação da ajuda.

        Com o surgimento das instituições citadas acima, surge também um movimento com o objetivo de reconceituar a profissão do Assistente Social e, em 1990 o Serviço Social rompe com o tradicionalismo e começa a construção de  um projeto ético-político voltado a reflexão ética , da democracia e da liberdade.

        Observamos que as questões sociais retratadas ao longo do filme Tempos Modernos e do Brasil são as mesmas. A diferença é que no filme não visualizamos a atuação do profissional do Serviço Social, profissão que embora ainda sem uma teoria ou metologia, já existia desde o final do Século XIX.

ETAPA 2

O texto de Maria Lucia Martinelli, fala da origem do Capitalismo considerando o período, as circunstâncias, e a forma de vida socioeconômica em cada momento histórico. Surgiu com o fim do regime feudal, trazendo grandes mudanças nas atitudes e no modo de viver das pessoas em geral. As classes sociais desde o princípio foram divididas entre os que possuíam os meios de produção, o lucro e a exploração da força de trabalho, da mão de obra.  A história não para aí, a vida continua e os conflitos são relevantes a cada época vivida. Surgem as primeiras crises, os que detinham o poder e o lucro, queriam aumentar suas riquezas, aquele modo de trabalho, aquela forma de economia (a base de troca) já estava tomando novo rumo, novos interesses surgiam de ambos os lados. Os donos das terras, os produtores, os senhores, se tornavam comerciantes. Os camponeses, os artesãos, que antes eram obrigados a trabalhar nas terras dos seus senhores, sem pagamento algum, e que, além disso, tinham de pagar taxas e impostos para o Estado, agora recebem salário pelos seus trabalhos, apenas para seu sustento, porque o lucro de todo o esforço, de todo o trabalho executado, ficava para os burgueses que aumentava cada vez mais sua riqueza.

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