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Resumo Documento Sumaré e Alto da Boa Vista

Por:   •  11/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  6.241 Palavras (25 Páginas)  •  12.778 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA - UNIPAMPA

CAROLINE SÓKORA, EDUARDA FERNANDES, LUCAS MORAES, MARCELA WEBER, RHUANDER LUCERO, SABRINA LAMANA.

SEMINÁRIO DE SUMARÉ E ALTO DA BOA VISTA

São Borja

2015

O presente trabalho elaborado tratara de uma fração do livro: Teorização do Serviço Social: Documento de Araxá, Teresópolis é Sumaré, trazendo também esboços da obra de José Paulo NETTO, Ditadura e Serviço Social, uma analise do Serviço Social no Brasil pós-64 a qual discorrerá sobre o Seminário do Alto da boa vista.

O trabalho visou contextualizar o profissional do Serviço Social no âmbito da realidade brasileira e constatar os fatores que foram determinantes  para mudanças na prática profissional. Tratou também de enfatizar a fenomenologia, dialética, práxis, historicidade, epistemologia dando definições a elas da qual se articulam com o Serviço Social da época.

O Seminário de Sumaré foi o III Seminário Nacional de Teorização de Serviço Social e aconteceu no dia 20 a 24 de novembro de 1978 e contou com a participação de 25 Assistentes Sociais das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e porto Alegre os quais tiveram como temas a serem discutidos, o Serviço Social e a cientificidade, o Serviço Social e a Fenomenologia e o Serviço Social e a Dialética, temas que também foram tratados no seminário do Alto de Boa Vista, que ocorreu seis anos após, em novembro de 1984, no Colégio Coração de Jesus, no Rio de Janeiro, no processo derradeiro da ditadura, porém este com mais foco em aproximar a prática do Serviço Social com os conceitos apresentados nos seminários anteriores (Araxá, Teresópolis e Sumaré).

Para compreender a cientificidade, de acordo com a CBCISS se apresentam suas possibilidades; a primeira seria passar a explicar os fenômenos através da fenomenologia, analisando os fenômenos particularmente. A segunda possibilidade seria mudar totalmente as fontes naturais de analise e criar um novo método que não analisa apenas os efeitos, mas sim como é produzida a ação. Essas duas possibilidades são opostas uma a outra, e trazem dificuldades. Mas o que está em discussão e a concepção de um conhecimento científico dos fatos sociais.

A cientificidade descreve um modelo regulador, que visa á elaboração de métodos e encontrar um caminho para se aprofundar na pesquisa. A pesquisa cria normas que tornam mais simples encontrar o caminho, sempre se aperfeiçoando. Segundo a CBCISS “Na realidade histórica de seu dever, o procedimento científico é ao mesmo tempo: aquisição de um saber, aperfeiçoamento de uma metodologia e elaboração de uma norma”. É um processo evolutivo em constante movimento. A ciência parte da construção do objeto e essa construção nunca está acabada, sempre surgindo novas adversidades.

Seguindo a tese de Howard Goldstein, ele assegura que o Serviço Social tem uma base comum de conhecimento. Trazendo dois questionamentos: primeiro Goldstein afirma que a prática do Serviço Social é orientada por várias teorias e 

[...] conceitos que explicam as várias dimensões da personalidade, a dinâmica dos grupos e das famílias e a atividade das organizações e das comunidades prepara o assistente social para selecionar e utilizar, com liberdade e flexibilidade, os que forem aplicáveis às suas tarefas (CBCISS, 1986, p.121).

E o outro questionamento e mais importante de acordo com Goldstein, e onde ele colabora com sua obra, aborda que a compreensão das ciências sociais e do comportamento ao serem sistematizados serve como embasamento adequado com a prática do serviço social.

        De acordo com essas afirmações o autor classificou conhecimentos aplicáveis na prática do serviço social em quatro grandes níveis: conceitos gerais, conceitos funcionais, estratégias e ações. Sendo conceitos gerais diversos conceitos que ajudam a compreender grandes bases de entendimento de fenômenos, por exemplo, teorias e conceitos de personalidade. Conceitos funcionais são para compreensão de fenômenos particulares, tais como aspectos da teoria da comunicação e da dinâmica de grupo. Estratégias como roteiros a se seguidos para efetivar a aplicação dos conhecimentos. Ações são os procedimentos a serem colocados em prática através das bases teóricas.

Posteriormente, Goldstein desenvolve a primeira parte de sua obra na qual ele trata sobre a prática do serviço social, analisando essa teoria através do modelo topológico da pesquisa, dispõem: o método fenomenológico, o quadro de referência estrutural-funcionalista, o quadro de análise sistêmico e o estudo comparativo. Dessa maneira informando que o serviço social tem seus próprios meios e objetivos. Com influência de três sistemas: o sistema-assistente social, o sistema-cliente e o sistema-mudança.

        Para concluir a primeira parte de seu trabalho, Goldstein cria um modelo da prática do serviço social, que agrega: como processos desenvolvidos pelo sistema-cliente: a solução de problemas e a aprendizagem; como processo desenvolvido pelo sistema-assistente social: a intervenção; como processo bidirecional: o processo de comunicação. Esses processos ocorrem no decorrer de três fases da prática do serviço social: a inicial, a nuclear e final.

        Já na segunda parte de sua obra, Goldstein propõe expressar a operacionalidade de seu modelo técnico, disponibilizando normas gerais para as ações profissionais. Segundo essa proposta, essas normas gerais se aplicam a várias teorias e também a diferentes tipos de “cliente” e ambientes.

        Para que o serviço social seja considerado como prática científica, não pode ser apenas para transformar situações ou como técnicas terapêuticas. O caráter científico do serviço social deve ser baseado no conhecimento e conceitos próprios ou motivado das ciências humanas. Assim poderá apoiar as teorias de Goldstein como contribuição da construção do serviço social cientifico.

Reflexões Sobre o Processo Histórico Científico de Construção do Objeto do Serviço Social.

No Estado de Minas Gerais de 19 a 26 de março em 1967 em Araxá o Centro Brasileiro de Cooperação e Intercambio de Serviços Sociais (CBCISS) providenciou um encontro de 38 Assistentes Sociais do qual resultou o I Seminário de Teorização de Serviço Social que gerou a formulação do Documento de Araxá (D.A), que expõe o básico do Serviço Social, como aspectos da metodologia da ação etc. Foram realizados mais encontros proporcionados pela CBCISS juntamente com o Serviço Social, onde seu objetivo era fazer uma ampla analise critica do Documento de Araxá ao fim de cada encontro era feita uma síntese de tudo que foi debatido e tratado. Entre os pontos ausentes de maior significância do Documento de Araxá, dentro dos aspectos gerais sobre o caráter do Serviço Social, o que mais esteve apontado foi à falta de definição do objeto, pois o Serviço Social não tinha                                                                                                                                                                                                                                                                   um objeto especifico.

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