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Estudo de caso

Por:   •  7/5/2015  •  Resenha  •  2.655 Palavras (11 Páginas)  •  352 Visualizações

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Epidemiologia e Bioestatística

Estudo sobre a Dengue

     

                          Trabalho entregue como parte da avaliação da

                         disciplina de Epidemiologia e Bioestatística,                            

                         ministrada pela Profª Raquel Ramalheira   do

                         curso de graduação em Enfermagem

Faculdade Anhanguera – Unidade 3

Enfermagem

Campinas – Abril/2015

Participantes do Grupo

Ana Paula de Souza/ RA 8074819988

Angel Mayra de Souza/RA 8205952459

Ivan Felipe da Silva/RA 7631707108

Mônica de Azevedo Lacerda/RA 8946175610

Niédja Alves dos Santos/RA 8091875469

Rosemary Aparecida Roque/RA 8059778047

UMA BREVE HISTÓRIA DA EPIDEMIOLOGIA

Primórdios – A Clínica e a Estatística

Baseia-se em três eixos principais: a clínica, estatística e medicina social, evoluindo como disciplina científica.

Inicialmente na Grécia Antiga existiam enfermos que se sujeitavam a encantamentos, preces, manobras físicas e medicadas visando à cura; sua padroeira é Panacéia, umas das filhas do Deus grego Asclépio, Higéia sua outra filha promovia a saúde através da harmonização do homem e ambiente, equilibrando-os entre os elementos fundamentais: terra, fogo, ar e água. Surgem os conceitos de higiene e higiênico com foco na promoção da saúde no âmbito coletivo principalmente.

A distribuição das enfermidades nos ambientes e o conhecimento anteriormente narrado surgem o raciocínio epidemiológico. Muitos autores acreditam ter nascido com Hipócrates.

A era romana contribui com a realização dos censos periódicos, registro compulsório de nascidos e óbitos conhecido na atualidade como estatísticas vitais. Estas formações ideológicas focavam a medicina individual, com caráter mágico-religioso, amuletos, orações e cultos a santos, protetores da saúde. Os enfermos pobres eram atendidos por religiosos como caridade, ou por leigos, barbeiros e outros, já os doentes da aristocracia, corte, exército eram atendidos por um médico eclético de Roma, em geral escravos gregos altamente valorizados monetariamente. A tradição racionalista grega foi revalorizada no Renascimento emergindo a ciência moderna; origina-se a clínica moderna e a ciência epidemiológica, baseada nos fundamentos hipocráticos, dá-se a teoria da Constituição Epidêmica com a história natural das enfermidades, conceito posteriormente visto como doutrina preventivista.

Houve uma luta contra os leigos e religiosos para a legitimização do projeto político-científico, clínica integrada à racionalização, saúde coletiva e individual não se distinguia. Constrói-se um saber técnico, reforça - se o estudo do enfermo individualmente, investigado sistematicamente e recolhido no âmbito hospitalar. Define-se patologias, lesões, através do conhecimento da fisiologia moderna. A medicina científica, com a teoria microbiana viabiliza as práticas médicas contemporâneas.

O segundo eixo, a estatística está diretamente relacionada à politilização ao modo de produção capitalista, surgimento do conjunto de poderes políticos, o Estado moderno com os conceitos de governo, nação e povo.

Sir Edmundo Halley (1656-1742), desenvolvia técnicas de análise de dados (tábuas da vida), primeiro instrumento metodológico da estatística. Daniel Bernouilli (1700-1782) criou a teoria das probabilidades, derivaram fórmulas para estimar anos de vida, análises de custo-benefício de intervenções clínicas.

Pierre Simon Laplace (1749-1827) consolida a teoria das probabilidades, questões de mortalidade e fenômenos em saúde, aperfeiçoou métodos de análises de números complexos e dos estudos caso-controle.

Lambert Adolph Quetelet  (1796-1874) cria o índice de superfície corporal, descrição de fenômenos biológicos e social, dados de morbidade e mortalidade.

Em 1839 Willian Farr cria o registro anual de mortalidade e morbidade para a Inglaterra, institucionaliza o sistema de informação em saúde.

A integração entre a clínica e a estatística, referindo-se ao coletivo, tem a saúde como dependentes das condições sociais e política, o engajamento e a preocupação sociológica para a transformação da situação da saúde, faz surgir a idéia sanitária, considerada como uma medicina social por se tratar de uma prática.

O Terceiro Elemento

Na França com a Revolução de 1789, implantou-se a medicina urbana, saneando espaços e isolando áreas consideradas nocivas à saúde. A integração bioecológica em saúde, gera os conceitos de cidade saudável e promoção da saúde e das boas condições nutricionais.

Na Alemanha, emerge medidas compulsórias de controle e vigilância das enfermidades, tendo o Estado como responsável, impondo regras de higiene individual.

Com o advento da Revolução Industrial, surgem as doenças ocupacionais, condições de vida e saúde deterioradas, emergindo um problema urbano. Une-se o saber clínico, método numérico e engajamento social, juntamente com a organização institucional.

Medida Científica: Idade Média Epidemiológica?

A Panacéia recebe um teor científico, enfoque higiênico à coletividade, como determinante nas questões da saúde.

O avanço da ciência e os estudos da bacteriologia, patologia e fisiologia, fortalecem a medicina organicista, descobertas de doenças de natureza infecto contagiosa, abordando a cura individual com enfoque ao coletivo;

A hegemonia da biologia experimental e teoria microbiana, com base laboratorial, pesquisa básica sobre doenças infecciosas, reforça a separação entre o individual e o coletivo, privado e público, biológico e social, curativo e preventivo.

A Sagração da Epidemiologia

Em 1918, é inaugurada a Johns Hopkins School of Hygiene and Public Health, tendo à sua frente como primeiro diretor, William Welch, que se afastara de seu cargo na Faculdade de Medicina. O programa de escola de saúde pública foi então difundido por todo mundo com apoio integral da fundação Rockefeller tendo esta instituição como modelo.

Wade Hampton Frost (1880 – 1938), médico sanitarista, a convite de Welch assumiu a pasta de epidemiologia na universidade Johns Hopkins tornando –se o primeiro professor de epidemiologia em todo mundo e como investigador,  seus trabalhos utilizavam novas técnicas estatísticas para os estudos das  variações na incidência e prevalência de enfermidades transmissíveis, com a intenção de avaliar seus determinantes genéticos e sociais.

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