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PLANEJAMENTO E GESTÃO DOS RECURSOS ENERGÉTICOS

Por:   •  21/9/2020  •  Relatório de pesquisa  •  1.360 Palavras (6 Páginas)  •  163 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ

ATIVIDADE 1 - EEN 912

PLANEJAMENTO E GESTÃO DOS RECURSOS ENERGÉTICOS

Luis Felipe Boscaro Stringuetti – 2017016627

Introdução

Essa atividade tem por objetivo apresentar os principais indicadores de desempenho do setor energético brasileiro de 2019, nas áreas de petróleo, gás, bioenergia, energia elétrica, carvão mineral e setores intensivos em energia, além da análise de dados agregados das cadeias energéticas e comparações internacionais.

A Empresa de Pesquisa Energética - EPE, em coordenação com o Ministério de Minas e Energia – MME, e com a participação de agentes do setor energético e de outros ministérios (ANP, ANEEL, ANM, ONS, CCEE, PETROBRAS, ELETROBRAS e MAPA), concluiu o levantamento dos dados das cadeias energéticas brasileiras de 2019. Isso permitiu elaborar as análises mencionadas, em complementação com informações de boletins mensais das secretarias do MME e de outras instituições.

O Quadro Energético Brasileiro

A Oferta Interna de Energia – OIE1, em 2019, foi de 294 milhões de tep (toneladas equivalentes de petróleo), ou Mtep, mostrando aumento de 1,4% em relação a 2018, e recuo de 3,8% em relação a 2014, ano de recorde da OIE (305,6 Mtep).

A tabela 1 mostra a composição da OIE de 2018 e 2019, na qual se observa um aumento na participação das fontes renováveis, de 45,5% para 46,1%.

A oferta do agregado Lenha e Carvão Vegetal teve leve crescimento, de 0,8%, tendo altas de 3,1% nas carvoarias (carvão vegetal destinado à produção de gusa) e de 3,8% no uso da agropecuária, e recuo de 2,3% no setor residencial. Nos produtos da cana, houve aumento de 5,9% na produção de etanol e estabilidade na produção de açúcar.

A figura 1, anterior, ilustra a estrutura da OIE de 2019. Observa-se, no gráfico central, as vantagens comparativas da participação de 46,1% das fontes renováveis na matriz energética brasileira, contra apenas 10,8%, nos países da OCDE(2) (a maioria desenvolvidos), e de 14,2%, na média mundial. De 2018 para 2019, aumentaram a participação nas renováveis: etanol e bagaço 0,6 ponto percentual; eólica 0,3; biodiesel 0,3; solar 0,2 e lenha/carvão vegetal 0,5. O agregado “Outros” recuou 0,7 ponto percentual (recuo na lixívia de celulose), e hidráulica recuou 1,1.

O Quadro Energético Global

Nos últimos 46 anos, as Matrizes Energéticas do Brasil e de outros blocos do mundo apresentaram significativas alterações estruturais. No Brasil, houve forte aumento na participação da energia hidráulica, da bioenergia líquida e do gás natural. No bloco da OCDE, houve forte incremento da energia nuclear, e a seguir, do gás natural. Em “Outros” países, houve forte incremento do gás natural. Em todos os blocos houve recuo na participação de derivados de petróleo. Na biomassa sólida, a OCDE apresenta expansão de 1973 para 2019, situação oposta à verificada no Brasil e nos outros países. De fato, na OCDE, já não se verifica a substituição de lenha por combustíveis fósseis, movimento ainda acentuado no resto do mundo. Na OCDE, há expansão do uso da lenha na indústria de papel e celulose, e em aquecimento ambiental.

A redução de 17,3 pontos percentuais do petróleo e derivados na matriz energética da OCDE, entre 1973 e 2019 reflete o esforço de substituição desses produtos, decorrente principalmente dos choques nos preços de petróleo, ocorridos em 1973 (de US$ 3 o barril para US$ 12), em 1979 (de US$ 12 para US$ 40), e a partir de 1998, quando teve início um novo ciclo de aumentos. A partir de 2016, já se observou alguma reversão de tendência, em razão da retração nos preços de petróleo. No Brasil, a máxima participação do petróleo e de seus derivados na matriz energética ocorreu em 1979, quando atingiu 50,4%. A redução de 11,2 pontos percentuais entre 1973 e 2019 evidencia que o país, seguindo a tendência mundial, também desenvolveu esforço significativo de substituição desses energéticos fósseis, sendo digno de nota, nesse caso, os aumentos da geração hidráulica, da produção de biodiesel, e dos usos de derivados da cana, como etanol carburante e bagaço para fins térmicos. Em termos de presença de fontes renováveis na matriz de energia, é notável a vantagem do Brasil, registrando 46,1% de participação em 2019, contra 10,8% da OCDE e 16% dos outros países. O mundo fica com um indicador médio de 14,2%.

Estrutura da Oferta de Eletricidade no Brasil

Em 2019, a expansão líquida da capacidade instalada de geração elétrica foi de 8.817 MW. As fontes renováveis, responsáveis por 94% da expansão, aumentaram a proporção em 0,5 ponto percentual na potência total, indo para 83,6%. A expansão hidráulica foi de quase 5 GW e a solar de mais de 2 GW (com geração distribuída).

O Setor de Petróleo e Gás Natural no Brasil

Em 2019, a demanda total de derivados de petróleo ficou em 2.052 mil bep/dia, montante 1,2% superior

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