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A Atividade Individual

Por:   •  5/10/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.845 Palavras (12 Páginas)  •  77 Visualizações

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ATIVIDADE INDIVIDUAL

Matriz de atividade individual

Disciplina: Contabilidade Financeira

Módulo: Atividade Individual

Aluno: Vicente de Paulo Teles Junior

Turma: Contabilidade Financeira-0622-2_5

Tarefa: Análise Demonstrações Contábeis – Magazine Luiza (2019 e 2020)

Introdução

A Magazine Luiza é uma empresa das maiores varejistas do Brasil, que tem como diferencial a logística e a tecnologia de atendimento aos clientes. Organização fundada em Franca/SP em 1957, a companhia cresceu e hoje se tornou referência em e-commerce com mais de 1000 lojas em 23 estados do país. As demonstrações financeiras do ano em vigência objetivam evidenciar a real situação em que a companhia se apresenta para negociações e tomadas de decisões por parte de diretores e investidores.

Essa atividade tem por objetivo analisar o relatório e apresentar os resultados das análises dos demonstrativos de contabilidade da Magazine Luiza, levando em consideração as dados adquiridos no balanço patrimonial (BP) e na demonstração de resultado do exercício (DRE) referente aos anos de 2019 e 2020, levando em consideração os critérios abaixo:

- Análise Vertical;

- Cálculo do Índice de Liquidez;

- Cálculo da Estrutura de Capital;

- Cálculo da Lucratividade;

- Cálculo da Rentabilidade;

- Conclusão sobre a Situação Econômica e Financeira.

Análise horizontal

A análise horizontal tem o objetivo de avaliar o crescimento ou a redução dos itens de contábeis durante todo o exercício sociais analisados, permitindo dessa forma uma análise tendenciosa.

Por meio da análise horizontal relacionada ao balanço patrimonial da empresa, referente aos anos de 2019 e 2020, conseguimos notar um crescimento em torno de 20% em seu ativo. Podemos observar que os itens que demonstraram a maior variabilidade estão no ativo circulante da empresa, trata-se do ativo da conta caixa e equivalentes, que teve um crescimento de 609% comparado ao ano de 2019, além dos demais ativos circulantes com variabilidade de 488% a maior ao compararmos os dois anos de exercício. Ao confrontar com o passivo para compreender as origens dos recursos, observamos que o crescimento está concentrado no passivo circulante, mais especificamente na linha de empréstimos e financiamentos, com a uma crescente dívida de curto prazo, variando em torno de 20240%.

Também podemos mencionar um crescimento no componente de investimento, do ativo não circulante, sendo este o item de maior variação, 37% a maior que 2019. Ao realizar a análise horizontal sobre a DRE da empresa, podemos notar que houve uma elevação de 41% na receita operacional bruta. Ainda analisando o balanço patrimonial podemos notar, que mesmo com o lucro da empresa nos dois anos, houve uma redução de 58% no comparativo entre os anos. Os indicadores que mostraram a maior variabilidade foram os custos dos bens/serviço vendidos, com um crescimento de 46%, as despesas operacionais, com elevação de 54%, e as despesas com vendas, com a oscilação a para maior de 43%. Além disso, houve reduções relevantes nas receitas, em específico na linha de “outras receitas operacionais” que reduziu para -77% frente ao ano anterior e na linha de “receitas financeiras”, que apresentou uma variação para -69%.

Por fim ressaltamos que temos como considerar análise horizontal para a linha de “impostos sobre o lucro na DRE”, pois o resultado no primeiro ano de exercício foi negativo e no segundo ano foi positivo. Logo, não se conseguimos ter uma análise matemática conclusiva e comparativa, dessa forma desconsideramos o indicador da planilha.

Vale ressaltar que como os resultados de 2019 foram negativos e os resultados de 2020 foram positivos, não foi possível uma análise horizontal da linha do imposto de renda na DRE. Portanto, matematicamente, é incoerente chegar a uma conclusão lógica de comparação, de modo que este componente é excluído desta análise.

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Análise vertical

A análise vertical objetiva apresentar a participação e relevância percentual de cada demonstração contábil em comparativo a soma do seu respectivo grupo. Essa análise é relevante, pois a partir dela conseguimos saber quais itens mais contribuíram na formação do lucro ou prejuízo da empresa naquele respectivo exercício.

Através da análise vertical do balanço patrimonial, encontramos os resultados abaixo:

A maior parte dos ativos da Magazine Luiza estão concentrados nos ativos circulantes, em ambos os exercícios, sendo 66% no ano de 2020 e 65% no ano de 2019;

 As contas mais relevantes entre os ativos líquidos são as aplicações financeiras (24%) e os estoques. O custo dos bens/serviços vendidos tem um grande impacto. O índice representou 73% do lucro líquido em 2019 e 75% em 2020;

No ativo não circulante podemos reparar que a maior concentração está nos imobilizados com a representação de 16% em 2019 e 17% em 2020;

Relacionado ao passivo total podemos notar que a organização apresenta uma dependência muito grande de capital de terceiros nos anos analisados, e além de já ter 60% de participação no ano de 2019 ainda houve um crescimento de 8% nessa dependência, chegando ao um total de 68% de capital de terceiros no ano de 2020.

Nos dois anos de exercício as contas mais influentes no passivo são as de fornecedores, representando 29% em 2019 e 34% no ano de 2020, e arrendamento de mercantil com 10% nos dois anos;

Referente ao patrimônio líquido, podemos ver que sua diminuição está representada principalmente no índice de capital social, que saiu de 31% no ano de 2019 para 27% em 2020.

Por meio da análise vertical para a DRE, encontramos os seguintes fatos:

A companhia evidenciou lucro ambos os anos, de acordo com seus respectivos exercícios, porém podemos ressaltar uma redução na receita liquida da empresa frente ao seu lucro, chegando a ficar com pouco mais de 1% de participação no ano de 2020, isso representa uma queda de 4% comparada a participação no ano de 2019;

Nota-se um enorme efeito sobre os custos de vendas dos bens/serviços. Onde em 2019 este índice apresentou 73% de receita líquida e 75% em 2020.

Por fim reparamos uma redução de 2% no impacto do resultado bruto da empresa que sai de 27% em 2019 para 25% em 2020 e na elevação do impacto fiscal, que no ano de 2019 havia representado -2% e no ano de 2020 representou um aumento chegando a 0,05%, podemos notar que essa elevação é considerar a partir da participação das despesas entre os dois anos.

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Cálculo dos índices de liquidez

Os índices de liquidez nos mostram a saúde financeira da organização e como está a competência da mesma em cumprir com os acordos assumidos com os terceiros. Com outras palavras, é uma forma de avaliar se companhia tem a real condição de pagar as contas adquiridas através de recursos adquiridos no por dívidas de longo e curto prazo. Os índices de liquidez são divididos em quatro categorias diferentes, são eles:

Liquidez imediata: Mostra a capacidade financeira de curto prazo da empresa em relação aos compromissos de curto prazo. ou seja, tendo em conta a gestão do fluxo de caixa;

Liquidez corrente: Nos mostra quanto a empresa tem disponível de capital de giro para liquidar as suas dívidas de curto prazo. Estima-se que o melhor valor possível seja acima de 1, para que a empresa consiga ter capital de giro suficiente e conseguir sanar suas dívidas dentro do prazo de 12 meses;

Liquidez seca: É um índice muito parecido e com uma função semelhante ao da liquidez corrente, a diferença é que nesse caso desconsideramos o efeito dos estoques no capital de giro da companhia, pois se entende que o capital investido em estoque não traz retorno. Logo, se essa categoria ficar muito abaixo podemos notar que existe um alto grau de dependência dos estoques para a empresa, dessa forma dificultando a mesma de honrar seus compromissos de curto prazo;

Liquidez geral: Como o nome já bem sugere, esse índice é responsável por mensurar a capacidade total da empresa em honrar com suas obrigações, levando em conta todos os seus recursos, seja de curto ou longo prazo;

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Como a liquidez imediata da empresa é menor que 1, podemos concluir que a companhia não detém capital imediato bastante para honrar com os seus compromissos de curto prazo, também se nota que a liquidez imediata da empresa teve um crescimento de 367%, saindo de R$0,03 para R$0,11 de recursos disponíveis a cada R$1,00 de dívidas de curto prazo.

Em relação a liquidez corrente podemos reparar que está acima de 1, logo podemos afirmar que a organização tem condições capitais suficientes para honrar com seus compromissos de curto prazo, com uma capacidade de solvência. Ainda podemos afirmar que relacionado ao nível de investimento, em 2019 a empresa passava mais segurança aos seus investidores do que o ano de 2020.

Falando um pouco sobre a liquidez seca da empresa, podemos afirmar que com a redução de R$1,20 em 2019 para R$0,89 em 2020, e com isso chegando a um patamar inferior 1, a companhia não detém capital suficiente para honrar com as seus compromissos no referido ano.

Por fim a liquidez geral da empresa está acima de 1, podemos entender que a organização detém capital acessível suficiente para honrar com todas as obrigações, mesmo que tenha diminuído cerca de 22% de 2019 para 2020.

Cálculo da estrutura de capital

Os índices de estrutura de capital servem para nos mostrar o nível de endividamento da empresa, analisando se companhia é segura e garante aos capitais de terceiros, além da sua política de arrecadação e distribuição de recursos. As estruturas são separadas da seguinte forma:

•Endividamento geral: Tem como objetivo indicar o ativo financiado, evidenciando o quanto a empresa depende de capital próprio ou de capital de terceiros;

•Composição do endividamento: Evidência qual a política econômica que a organização utiliza para captar recursos de terceiros e o prazo dos mesmos;

•Imobilização do capital próprio: Analisa quanto do ativo, imobilizado e intangível é

mantido por seu próprio capital, assim como se é necessário capital de terceiros para realizar tal operação;

•Imobilização de recursos não correntes: Mensura a quantidade de capital de terceiros que foi necessário para financiar os investimentos no ativo: “investimentos, imobilizado e intangível”;

•Passivo oneroso sobre o ativo: Evidência se existe ou não a dependência de instituições financeiras dentro do financiamento dos ativos;

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Podemos repara que houve um crescimento do endividamento da empresa no segundo de exercício, elevando assim a necessidade de recursos de terceiros para honrar com suas dívidas e consequentemente o risco para os acionistas e investidores. Ainda é notável uma elevação na composição do endividamento da empresa, que chegou aos 76,89% no ano de 2020, tornando a condição mais critica no que se refere a análise de estrutura de capital.

Realizando agora a análise da imobilização do capital próprio da empresa, reparamos que mesmo com o crescimento do índice, saindo de 65,61% em 2019 para 80,70% em 2020, este resultado evidencia que mesmo com a elevação da sua imobilização de capital, ela ainda tem saldo próprio suficiente para financiar o ativo investimentos, imobilizado e intangível. Ao fazermos a análise do grau de imobilização dos recursos não correntes, reparamos que os números também têm um crescimento, porém permanecem abaixo durante os dois anos de exercício, dessa forma podemos concluir que as aplicações executadas são financiadas também por recursos próprios a longo prazo, sendo necessário apenas uma adequação dos recursos no que se refere as participações societárias, imobilizado e intangível.

Por fim, notamos que o passivo oneroso sobre o ativo cresceu de 20,70% em 2019 para 22,99% em 2020. O que podemos afirmar que a empresa cresceu a sua dependência de recursos onerosos de instituições financeiras para realizar a quitação das aplicações realizadas no ativo.

Cálculo da lucratividade

Os indicadores de lucratividade têm o objetivo de verificar as margens utilizadas no resultado da organização, desde o produto até a eficiência do negócio. Esses resultados são adquiridos através da DRE e são divididos da seguinte forma:

•Margem bruta: Representa a lucratividade dos bens, produtos ou serviços que uma empresa vende.

•Margem operacional: Avaliar a eficiência operacional de uma empresa em relação ao seu lucro líquido;

• Margem líquida: Avalia o lucro líquido da organização em relação ao faturamento;

• Giro do ativo: Analisar se o lucro líquido da empresa é suficiente para cumprir o investimento total realizado pela empresa no ano em questão;

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A margem bruta nos mostra que houve uma redução de pouco mais de 2% saindo de 27,19% para 24,72%, nos respectivos exercícios de 2019 e 2020, isso indica que a lucratividade sobre o produto comercializado foi reduzida de 2019 para 2020.

A empresa ainda teve uma redução de 6,57% para 1,45%, nos respectivos exercícios de 2019 e 2020, o que indica que uma queda no ganho operacional da empresa, logo uma perda de eficiência do negócio. Este é o valor que sobre das vendas após a dedução dos custos do produto.

Em relação a margem liquidam podemos afirmar que a empresa gera lucro, devido os seus indicadores estarem positivos, porém notamos uma queda na lucratividade da empresa, saindo de 4,99% em 2019 para 1,50% em 2020, o que acompanha a queda já verificada na margem operacional.

Por fim o indicador do giro do ativo nos alerta que a organização saiu de R$0,99 para cada R$1,00 em 2019, para um giro de ativo de R$ 1,17 para cada R$1,00 investido no ano de 2020, o que podemos concluir que o lucro líquido no período de 2020 foi bastante para cobrir as aplicações.

Cálculo da rentabilidade

Os indicadores de rentabilidade verificam o retorno estabelecido sobre os investimentos executados pela empresa. Esses indicadores são divididos da seguinte forma:

• Retorno do patrimônio líquido (ROE): Sua função é mensurar o retorno sobre o patrimônio investido na empresa e o retorno que a empresa proporciona aos investidores;

• Retorno dos investimentos (ROI): Sua função é mostrar quanto a empresa ganhou em relação ao investimento total. Também visa descobrir os retornos da empresa, ou seja o payback.

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Analisando o ROE podemos verificar que a empresa apresentou uma rentabilidade de 12,2% em 2019, ou seja, um retorno de 12,2% para os seus investidores. Porém em 2020 a rentabilidade da empresa caiu para 5,3%. Com esses dados podemos concluir que mesmo no ano de 2020 ainda foi um pouco vantajoso realizar o investimento na Magazine Luiza, dado que um retorno da taxa SELIC que pagou 2,75% a.a. seria ser muito menos vantajoso, por exemplo.

A partir do ROI, verificamos que teve uma queda de 5% em 2019 para 1,8% em 2020, o gerou uma elevação do payback da empresa que saiu de 20 anos em 2019 para 57 anos em 2020. Isso nos mostra que a empresa acresceu 37 anos em seu tempo total necessário de recuperação aos investimentos totais no negócio.

Conclusão sobre a situação econômica e financeira da empresa

Podemos chegar a conclusão que na aferição do Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultado do Exercício da Magazine Luiza, referente aos anos de 2019 e 2020, em ambos os exercícios a empresa obteve lucro, porém em seu segundo ano a empresa obteve um resultado abaixo do esperado pela organização. Esta redução nos lucros se deu principalmente devido a redução da eficiência operacional que causou uma maior despesa operacional e comercial no ano de 2020.

Referente à gestão de fluxo de caixa, conseguimos afirmar que existe espaço para melhoria com foco em impedir perdas financeiras de forma desnecessárias, tendo em vista que a liquidez imediata fechou em 0,11 no ano de 2020. A companhia também apresentou capacidade de capital de giro para sanar suas dívidas dentro dos 12 meses, dessa forma considerada solvente por conter uma liquidez corrente acima da unidade. Porém podemos identificar ainda uma grande dependência de seus estoques, que deve ser analisada com relevância por sua gestão e nas tomadas de decisões da companhia.

Em relação ao endividamento geral da Magazine Luiza o mesmo é considerado um pouco alto, mostrando que chegou a quase 68% de dependência de capital de terceiros no ano de 2020. Ainda verificamos que a maior parte do endividamento da companhia está concentrado no curto prazo, ou seja, 12 meses, fator chave que deve ser considerado em todas as estratégias da empresa. No entanto, o grau de imobilização de seus recursos não correntes se manteve da unidade nos dois anos, o que evidencia que também existe investimento com recursos de terceiros e em longo prazo, nos mostrando que a organização tem feito uma alocação correta e adequada dos respectivos recursos dos sócios e investidores.

Finalmente, podemos verificar que mesmo com uma queda do ano de 2019 para o ano de 2020 a Magazine Luiza ainda se apresentou interessante aos seus sócios e acionistas, pois ainda que tenha reduzido quase 7%, ainda obteve uma garantia financeira de seu custo de oportunidade de capital investido quando comparamos com a taxa SELIC do respectivo período.

Referências bibliográficas

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OLIVEIRA, A. et al. A Análise das Demonstrações Contábeis e sua Importância para Evidenciar a Situação Econômica e Financeira das Organizações. Gestão e Negócios, 2010.

REIS, A. Demonstrações Contábeis: Estrutura e Análise. Ed. Saraiva, 2009.

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Acessado em 08 de julho de 2022.

BONA, A. Indicadores de Liquidez, 2019. Disponível em: https://andrebona.com.br/indicadores-de-liquidez-corrente-seca-imediata-e-geral-entenda/ Acesso em 08 de julho de 2022.

Tabela Selic acumulada: veja como a taxa evoluiu nos últimos anos. NUBANK, 2021. Disponível em: https://blog.nubank.com.br/tabela-selic-acumulada/ Acesso em: Acesso em 12 de julho de 2022.

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