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Gestão estratégica de pessoas e inovação: estudos de caso no contexto hospitalar

Por:   •  1/5/2017  •  Resenha  •  523 Palavras (3 Páginas)  •  506 Visualizações

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O artigo escolhido tenta avaliar as relações entre variáveis do contexto organizacional e de gestão de pessoas e as inovações, considerando três estudos de caso em instituições hospitalares. Com os objetivos iniciais de analisar e comparar os aspectos organizacionais e de gestão de pessoas que contribuem para a implementação de inovações e durante o processo foi adicionado o objetivo de demonstrar de que maneira a pesquisa em Administração poderá informar a implementação de inovações no setor da gestão da saúde. Os estudos de caso foram conduzidos em dois hospitais no Brasil, ambos no estado de São Paulo, e em um nos Estados Unidos, em Ohio, que foram escolhidos por fazerem parte de um grupo de hospitais que têm demonstrado sucesso constante na adoção de inovações, entre outras características em comum.

No Brasil, os setores públicos e privados têm a preocupação de buscar inovações tecnológicas na área de assistência, mas tem pouca busca em inovação ligadas ao processo ou a gestão. O que pode ser explicado pelo conservadorismo das organizações da saúde que as impede de lidar com uma cultura avessa às mudanças, à distribuição de conhecimentos e à aprendizagem, fatos que são vitais para os processos de inovações.

Os estudos de caso foram realizados no período de 2007 a 2010, baseados em entrevistas semiestruturadas, com membros da alta e da média gerências, envolvidos com decisões estratégicas, de inovações e/ou de gestão de pessoas, e na análise de documentos internos, relatórios e nos sites das organizações. Na primeira parte das entrevistas foi coletado dados específicos dos entrevistados, na segunda parte foi necessário compreender a atividade de cada entrevistado, o setor no qual atua e os principais órgãos internos ou pessoas da estrutura organizacional com os quais se relaciona. Já na terceira, foi levantado dados específicos sobre as inovações e os seus processos organizacionais envolvidos e após isso foi feita uma comparação dos dados das diferentes fontes para a sua validação.

Quanto à inovação e ao modelo organizacional, as três organizações pesquisadas são reconhecidas pela capacidade de incorporar inovações. Já quanto às características dos modelos organizacionais, os hospitais pesquisados encontram-se em estágios distintos de desenvolvimento organizacional.

Os dados analisados não permitem relacionar diretamente os aspectos organizacionais e de gestão de pessoas às inovações mencionadas pelos entrevistados, mas ao comparar os três hospitais, há informações suficientes para afirmar que a existência de determinadas variáveis organizacionais e de gestão de pessoas pode favorecer a inovação. E o alinhamento das políticas e práticas de gestão de pessoas aos objetivos e valores organizacionais também tem papel fundamental para a inovação nas organizações.

A pesquisa demonstrou que quando a estratégia organizacional considera objetivos de inovação e quando as variáveis do contexto organizacional e as políticas e práticas de gestão de pessoas estão alinhados a esses objetivos, a organização da saúde é capaz de superar as limitações culturais e organizacionais inerentes à sua prática.

A pesquisa tem o problema de não considerar elementos presentes em outras organizações hospitalares diferentes das escolhidas para os estudos de caso. E também os

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