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Psicologia Organizacional e trabalhos no Brasil

Por:   •  28/9/2016  •  Resenha  •  5.419 Palavras (22 Páginas)  •  1.296 Visualizações

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BASTOS, Antônio Virgílio Bittencourt ( et al.) Conceito e Perspectiva de Estudo das Organizações. In: BASTOS, Antônio Virgílio Bittencourt; BORGES- ANDRADE, José Eduardo, ZANELLI, José Carlos  (Org.) Psicologia, Organizacional e Trabalho no Brasil. São Paulo: Artmed, 2004.p.63-90/ 91-141.

RESENHA [1]

Por:

Joely da Silva Pinto Santos[2]

1- APRESENTAÇÃO DOS AUTORES

Antônio Virgílio Bittencourt Bastos: Graduação em Psicologia pela Universidade Federal da Bahia (1976), mestrado em Educação pela Universidade Federal da Bahia (1982) e doutorado em Psicologia pela Universidade de Brasília (1994), com concentração em Psicologia Organizacional e do Trabalho. Atualmente é professor titular de Psicologia Social das Organizações, no Departamento de Psicologia da Universidade Federal da Bahia. Foi membro presidente do Conselho Federal de Psicologia (1986). Atuou como membro da comissão de especialistas em ensino de Psicologia do MEC/SESU (1994-2000).

Jairo Eduardo Borges-Andrade: Possui graduação (1972) em Psicologia pela Universidade de Brasília (UnB) e mestrado (1977) e doutorado (1979) em Sistemas Instrucionais pela Florida State University, Tallahassee. Estágios de pós-doutorado realizados: International Food Policy Research Institute (1990), University of Sheffield e Rijksuniversiteit Gröningen (2001) e Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (2010).Foi pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, entre 1979 e 1993, onde desenvolveu atividades ligadas à gestão de pessoas e de ciência e tecnologia. Desde 1993, é professor titular da UnB, onde faz pesquisa (Aprendizagem, Processos Psicossociais e Mudança nas Organizações), ensino (Graduação, Mestrado e Doutorado) e extensão (Treinamento e Desenvolvimento de Pessoal).

José Carlos Zanelli: Possui graduação em Psicologia pela Universidade de Brasília - UnB (1974), especialização em Psicologia Organizacional e do Trabalho pelo Instituto Sedes Sapientiae (1978), mestrado em Psicologia Social das Organizações pelo Instituto Metodista de Ensino Superior de São Bernardo do Campo (1984), doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas - Unicamp (1992), e três pós-doutorados, o primeiro pela Universidade de São Paulo - USP (1998), com foco nas ações de uma gestão estratégica, o segundo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUC-Campinas (2007), com foco nas teorias e tratamento do estresse nas organizações de trabalho, e o terceiro pelo Instituto Português de Oncologia do Porto - IPO - Porto (2014), com foco na gestão preventiva de riscos psicossociais. Atualmente, é professor do Programa de Pós-graduação em Administração do Instituto Meridional de Passo Fundo e Diretor do Instituto Zanelli – Saúde e Produtividade. É conferencista, em âmbito internacional, na área de interface da Psicologia com a Administração ou, mais especificamente, do Comportamento Humano nas Organizações de Trabalho. Como autor, possuem artigos científicos, capítulos de livros e livros publicados, tanto no Brasil quanto no exterior.

2. CAPÍTULO II- CONCEITO E PERSPECTIVA DE ESTUDO DAS ORGANIZAÇÕES.

O livro Psicologia, Organizações e Trabalho no Brasil (Zanelli, Borges-Andrade & Bastos, 2004) é o produto da colaboração entre a experiência e o conhecimento de vários autores que pesquisam as organizações e o trabalho, nacional e internacionalmente. Desde a sua publicação, revela-se como um  objetivo essencial para a compreensão da história, do contexto, dos temas atuais e perspectivas da Psicologia Organizacional e do Trabalho em território nacional. O capítulo dois, do livro é um trabalho composto pelas perspectivas de vários autores, relacionando a correlação entre organização e trabalho, contribuindo na compreensão da realidade, proporcionando ações significativas ao buscar valor social para o quadro brasileiro. Desde a sua publicação, revela-se como um  objetivo essencial para a compreensão da história, do contexto, dos temas atuais e perspectivas da Psicologia Organizacional e do Trabalho em território nacional. Conceito e Perspectivas de Estudo das Organizações,  Bastos separa as definições de organizações do senso comum das do campo científico, explorando a importância do conceito nas visões propostas: cognitivista, culturalista, institucionalista e neo-institucionalista (abordagens francesa e anglo-saxônica). As principais dimensões do conceito de organização são sintetizadas. Neste capítulo, os autores realizam uma elaborada síntese do que são as organizações como produtos do trabalho humano, o que deve ser levado em conta como um importante suporte teórico para a formulação de estratégias para as organizações contemporâneas, caracterizadas pela progressiva complexidade de sua dinâmica. Bastos, como psicólogo clínico e organizacional brasileiro, orienta como uma ferramenta conceitual os determinantes e consequentes, tanto no nível dos indivíduos quanto da organização por meio de análises de processos organizacionais. Ao longo do estudo afirma-se que no âmbito em que vivemos, estamos sempre em contato com distintas organizações, e as mesmas, a depender da forma como são exercidas são responsáveis pela qualidade de vida do homem, uma vez que estas são elementos cruciais para o funcionamento da sociedade. Embora segundo o autor, este seja um campo de estudo fragmentado e disperso, há vários conceitos ao longo do texto a fim de esclarecer a diferença de organizações de senso comum e do campo científico, com base na visão: cognitiva, culturalista, institucionalista e neo-institucionalista. No segundo capítulo percebemos que quando se tratando de organização, há uma definição voltada a ações, tanto para designar algo como para construí-lo, porém quando passamos para o terreno científico há diversas perspectivas explícitas sobre o termo. Portanto para se fizer um estudo direcionado, Bastos (2004) se baseia em definições de outros autores, como o pioneiro Barnard (1938/1979) que afirma que a cooperação, a participação e a aptidão para a comunicação distinguem a longevidade de uma organização. Já segundo Etzioni são nada mais que agrupamentos sociais a fim de alcançar objetivos específicos. Esses objetivos unificadores têm como funções principais, indicar uma orientação, justificar as atividades e também são como padrões que permite a avaliação do resultado final. Contudo, não é simples identificar esses objetivos, principalmente devido a sua pluralidade.
Com uma abordagem criativa e com base nas diferentes conceituações o autor ressalta a partir das metáforas pospostas por Morgan (1994/1996) modelos e tabelas que elucida a organização como sistema e a definição de organização referente às metáforas que são impostas sobre ela. Há também uma nova perspectiva relacionada à ciência e produção de conhecimento, sendo elas a ciência normal e contra normal. A partir desse estudo são apontadas duas tensões no processo organizacional. Na primeira tensão há um conflito entre a análise de organização, como uma entidade ou como um processo. Na segunda tensão há uma referência a interpretação destes fenômenos se é determinados pelas ações do indivíduo ou se as ações do mesmo são produtos dos fenômenos de uma organização.  
Tendo em vista o modo como se concebe as teorias de análise conceitual das organizações, temos quatro abordagens principais. A visão cognitiva que sugere ao processo pelo qual o organismo representa no ambiente em relação a si próprio. A visão culturalista que remete a sistemas entrelaçados atribuídos a acontecimentos sociais. A visão institucionalista que tem como função regulamentar as instituições materializadas em organizações e estabelecimentos que pode ser dividido em dois polos: as análises sociológicas denominadas de neo-institucionalíssimo e as análises econômicas denominadas de nova economia institucional. Além desses três pilares temos também o campo neo-institucionalista, que reflete na realidade contemporânea. Para entender esse conceito temos que partir de um estudo desde o princípio das teorias de análise assim podemos concluir que é concebível que as estruturas organizacionais sofrem mudanças e influências além do seu campo de atuação, que podem ser provenientes de normas ou valores. Desta forma percebe-se que é fundamental a legitimidade, podendo levar ao isomorfismo institucional. O conceito do NEO pode ser um modelo de estrutura organizacional mais amplo que auxilia nas mudanças das estruturas organizacionais.  
É compatível afirmar que o autor mostra diferentes níveis de análise, sejam elas de indivíduo, grupo, organização ou indústria. Neste capítulo o suporte teórico que serve para a formulação de estratégias organizacionais caracterizadas pela complexidade da sua dinâmica é o que deve ser levado em conta. Assim como o conceito do estudo que remete a uma abordagem direcionada a diversos campos de estudo, sendo um deles a administração.

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