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O Racismo na Escola

Por:   •  24/1/2019  •  Dissertação  •  477 Palavras (2 Páginas)  •  195 Visualizações

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O racismo na escola é uma prática recorrente, já que esta foi criada para atender padrões europeus dos séculos XIX e XX. Assim, muitos alunos negros têm dificuldade em adaptação ao conhecimento que os é imposto visto que este se distancia de sua vivência.

Assim, quando o aluno negro está nesse meio, as práticas dentro de sala de aula e da escola são quase contrárias ao que ele aprendeu na sua experiência, gerando às vezes evasão escolar ou, até mesmo, o dito fracasso escolar. Esse ambiente, que teoricamente seria de acolhimento, passa a ser um ambiente em que as pessoas negras não participam, são excluídas.

Exclusão essa não só por parte dos alunos — que em grande maioria, reproduzem discursos preconceituosos de seus pais — mas também por parte de professores, como foi exposto no texto: uma professora se dirige ao seu aluno dizendo que as entidades que ele cultuava são erradas, são “demônios”, após o aluno dizer que não acredita nas práticas religiosas cristã. Tudo isso cria um ambiente hostil ao aluno, fazendo com ele não tenha interesse em apreender o conteúdo acadêmico, desrespeite professores e agentes escolares, já que não o respeitam.

Esse conjunto de fatores faz com que, na infância, os alunos sofram traumas que alterem o seu modo de se relacionar com as pessoas; alterem a sua personalidade. Portanto, esses alunos adotam práticas de resistência, ou seja, práticas que os façam reviver a forma negra de olhar o mundo, fazendo-os sobreviver. Práticas tais como apenas criar vínculos afetivos com quem segue preceitos religiosos iguais ou parecidos, gerando uma rede de apoio uns aos outros.

Outra forma de resistir é assumir as características que os agentes escolares, munidos de preconceito, os impõem. Assim, os alunos passam a encenar práticas das religiões de matriz africana de forma exagerada — quase como um chacota — afim de gerar riso, como forma de amenizar o sofrimento.

De uma forma ou de outra, percebe-se que em ambas as situações descritas tanto no texto, quanto acima, o isolamento é produto comum. Assim, para poder se encarar essa questão frente a frente, práticas escolares devem ser todas. Um exemplo de prática seria a implementação efetiva da Lei 10.639/03 que obriga as escolas a utilizarem em seu cronograma escolar, conteúdos de história africana e a relação do povo africano e o brasileiro, por meio de feiras culturais, seminários e semanas de conscientização. Outra proposta viável é trazer os familiares de alunos que seguem religiões comparecerem na escola para participar de palestras e explicar suas vivências relacionadas à sua espiritualidade em confronto com as adversidades impostas pela hegemonia cristã.

Professores devem entender a subjetividade do aluno e assim, adaptar e/ou alterar as aulas para que todos sejam contemplados e principalmente entender que nem sempre o aluno é isolado e faz badernas por querer e sim por não se sentir bem, se sentir acolhido naquele ambiente.

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